Bruno Capinan – Gozo (2009)
Sexta feira, dia de darmos espaço às produções independentes, seja elas de ontem ou de hoje. Artista independente interessado em divulgar o seu disco no Toque Musical, basta fazer contato.
Estamos aqui para avaliar e ouvir o seu trabalho. Por certo, estamos interessados em material de qualidade e para participar da nossa divulgação existem alguns critérios básicos e de bom senso. Necessariamente o material não precisa ser lançamento ou inédito. Pessoalmente, eu até prefiro postar produções mais antigas e que não tenham sito publicadas em outros blogs. Álbuns recém lançados eu só publico com a autorização ou solicitação do artista.
Para hoje, temos aqui uma divulgação, o cd do artista brasileiro, radicado no Canadá, Bruno Capinan. “Gozo” é um disco lançado lá fora (Canadá, Estados Unidos e Europa) e ainda inédito no Brasil. Recebi a solicitação, através de seu empresário, para a postagem do disco há poucos dias atrás. Ainda não tive a oportunidade de ouví-lo com mais atenção, mas logo de passagem deu para sentir que é coisa boa. Sua música tem diversas influências o que a torna um pouco inclassificável. Eu diria que se trata de uma ‘word music’, a música com influências mundiais. Se fosse lançado no Brasil poderíamos talvez chamá-la de música popular brasileira dos novos tempos, coisa semelhante ao que é produzido hoje pelos artistas da nova geração da MPB. A capa me fez lembrar um disco do Caetano Veloso da década de oitenta. Faltou mesmo foi a contracapa e os encartes. Infelizmente eu acabei esquecendo de pedir ao artista para anexar esses complementos. Todavia, vocês poderão conhecer melhor Bruno Capinan e seu trabalho através do site.
Confiram aí e dêem as opiniões…
Carioca E Sua Orquestra – Chorinhos Brasileiros (1963)
Depois do riso vem o choro. Justo na semana das postagens de humor, alguém pediu discos de chorinho. Eu, no clima, respondi que aquela era semana do riso, o choro viria depois. Acabei esquecendo disso, mas daí me veio às mãos este disco do Maestro Carioca. Ao contrário do que se espera num disco de choro, com um grupo ao estilo de um regional, este, curiosamente é interpretado por uma orquestra de danças. Carioca dá a essa série de clássicos chorinhos uma roupagem mais alegre e dançante. O chorinho vai para o salão, cai na gafieira…
Lançado originalmente no início dos anos 60, como muitos outros títulos da Musidisc, teve seu relançamento, ainda em vinil, nos anos 80 pela Sigla/Som Livre. É, sem dúvida, um excelente disco, que merece relançamentos. Outra curiosidade neste álbum diz respeito ao título, “Chorinhos Brasileiros”. Tô doido para conhecer o chorinho argentino, americano ou italiano… 🙂 será que existe? Tudo bem, a gente entende o pleonasmo. Se é para enaltecer nossa arte musical, está valendo 😉 Para quem não é muito ligado no gênero Choro, ao ouvir este lp irá se surpreender. Confiram…
Madrigal Renascentista – Israel Para Ouvir E Sonhar (1978)
Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, marcando presença em nosso Toque Musical, temos o grupo Madrigal Renascentista. Na postagem do disco anterior eu não cheguei a fazer uma apresentação sobre eles, o que nos leva agora a dar umas ‘resenhadas’.
O Madrigal Renascentista é um grupo coral surgido em Belo Horizonte na segunda metade da década de 50. Ele foi formado, inicialmente, por um pequeno grupo de estudantes de música liderados pelo então jovem regente Isaac Karabtchevsky. Seu objetivo era a música feita para coro ‘a capella’, ou seja uma música exclusivamente para vozes. Num primeiro momento, o grupo estava interessado em interpretar canções concebidas na Renascença. Nomes como Claude Janécquin, Orlando di Lassus, Giovanni Perluigi da Palestrina e Cláudio Monteverdi, passaram a ser redescobertos e apresentados ao público. O grupo tomou corpo a partir dos primeiros ensaios na casa do Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca e em seguida na residência da família da cantora/solista Maria Lúcia Godoy, que também participava do coral. A primeira apresentação do Madrigal aconteceu em 1956, em Belo Horizonte. No repertório, além da música renascentista havia também peças do folclore brasilerio. Esta apresentação, de muito sucesso, institucionalizou de vez o Madrigal Renascentista como uma sociedade artística, garantindo-lhes o apoio inclusive do Presidênte JK. Graças a este, o coro fez sua primeira turnê internacional em diversos países da Europa. Jucelino também deu uma força, levando o Madrigal para cantar na inauguração da nova capital federal. Daí em diante o coro foi a cada dia conquistando palcos, públicos e boas críticas, nacionais e internacionais. Continuam ainda hoje super atuantes e cada vez mais reconhecidos com um dos mais importantes grupos corais do mundo (vejam o site). Ao longo de todo esse tempo gravaram diversos discos. Entre eles o álbum “Israel para ouvir e sonhar”, gravado no Estúdio Bemol, em 1978. O disco foi idealizado em homenagem aos 30 anos do Estado de Israel. Nele encontramos versões em português de uma série de músicas tradicionais do folclore judaico. Essas versões foram feitas pelo ator e poeta Salomão Zylbersztajn. A regência é do Maestro Afrânio Lacerda. Para completar o belo trabalho fonográfico, temos a capa com desenhos do artista plástico Chanina.
Luiz Claudio – Programa Olhar Brasileiro (2010)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu também faço parte do grupo de discussão do cantor mineiro Luiz Cláudio. Recentemente, alguém por lá enviou a gravação de um programa de rádio dedicado ao artista. Embora não fosse um material inédito, em termos do repertório, não deixou de ser interessante como uma pequena amostra de quem foi este artista.
O que temos aqui é um registro parcial e editado de um programa da Rádio USP, produzido e apresentado pelo radialista Omar Jubran, chamado “Olhar Brasileiro”. No programa ele faz um apanhado da carreira do artista e nos apresenta alguns de seus melhores momentos. Infelizmente a gravação do programa não estava completa, me parece que faltou mais um bloco, o final. Mesmo assim, temos quase uma hora de Luiz Claudio, que vale a pena ouvir.
Transformei a gravação contínua em um ‘protótipo fonográfico’. Ela agora tem um formato de disco, com direito a capa e contracapa. Uma criação exclusiva para os amigos do Toque Musical 😉 Como se tratava de uma gravação de rádio e em baixa qualidade, resolvi também dar um ‘trato’ no som e incluir à parte uma outra versão do repertório, extraído de vinil. Espero que vocês gostem… 🙂
Airto Moreira – Free (1973)
Olá amigos cultos e ocultos! Eis aqui um disco que há tempos eu venho pensando em postar, não por ser raro ou fora de catálogo aqui no Brasil. Mas principalmente por ser um lp que eu adoro. Só não o fiz antes por um certo escrúpulo, considerando que este trabalho é coisa de gringo e lá fora ainda está à venda. Por outro lado, pensei em tantos outros que já postei aqui e também no fato de que este disco já foi publicado em dezenas de blogs, inclusive internacionais. Posso até estar sendo retumbante nesta postagem, porém, acredito que entre os meus caros visitantes, muitos estarão ouvindo “Free” pela primeira vez. Outros, apenas relembrando e constatando sua beleza. Quem conhece um pouco de jazz moderno, ‘fusion’ e música instrumental americana, sabe bem quem são os craques que tocam com Airto neste que foi o seu quarto álbum internacional, gravado pelo conceituado selo CTI, de produtor Creed Taylor em 1972 e lançado no Brasil no ano seguinte. À começar pela esposa e parceira Flora Purim, participam do álbum: Alan Rubin, Burt Collins, Chick Corea, Garnett Brown, George Benson, Hubert Laws, Jay Berliner, Joe Farrell, Joe Wallace, Keith Jarrett, Mel Davis, o brasileiro Nelson Ayres, Ron Carter, Stanley Clarke e Wayne Andre. Tive que listar todos, pois seria uma injustiça ocultar alguns desses nomes. Aqui só tem fera! Quanto ao repertório, encontramos cinco faixas com músicas de Airto, Chick Corea, Flora Purim, Keith Jarrett e Victor Assis Brazil. Taí, um belíssimo trabalho que merece toda a nossa atenção. Confiram…
Parada 5 (1969)
Mandando brasa no domingo, hoje nós iremos com o conjunto Parada 5. Esta postagem não é exatamente para atender pedidos, embora por inúmeras vezes já tenha sido solicitada. Resolvi postá-lo depois de confirmar que em outras fontes ‘a parada’ já secou ou anda, em termos de qualidade, bem abaixo do esperado. Assim, para botar os pingos nos ‘is’, aqui vai a versão TM.
Para os que não sabem, o grupo Parada 5 é uma dissidência do The Pop’s. Depois da saída do guitarrista J. César, em 1967, para formar o grupo Os Populares, no ano seguinte foi a vez de Sílvio, Valdir e Parada. Os três vieram a formar então o Parada 5, liderados obviamente pelo baterista, José Henrique Parada. O grupo gravou apenas dois discos pelo selo Caravelle. Interessante saber que nessa época haviam o The Pop’s, agora apenas com o Pipo, Os Populares do J. César e o Parada 5. Todos os três mantinham até então uma sonoridade semelhante e instrumental. O Parada 5 chegou a ter seu disco lançado na Argentina e era apadrinhado pelo cantor Paulo Sérgio. Na década de 70 o Parada 5 lançou seu segundo e último disco, este por sua vez não mais instrumental. Neste lp encontramos doze faixas instrumentais com temas de sucessos nacionais e internacionais variados. Em alguns aspectos e músicas, pessoalmente, acho que o grupo supera o The Pop’s. Muito bom, confiram… 😉
Vitório E Marieta – Showriso (1965)
Olá amigos cultos e ocultos! Já estamos a duas semanas nessa peleja do riso. Embora ainda tenhamos muito o que mostrar, irei dando uma pausa, vamos aos sortidos, que é para variar, não é mesmo?
Ainda fechando a semana, vou publicar mais um que já estava na boca do forno, prontinho para sair. Segue aqui a dupla Vitório e Marieta, alguém se lembra deles? Eu tenho uma vaga lembrança. Acho que os atores, Murilo de Amorim e Maria Teresa voltaram a interpretar o casal nos anos 70. O presente lp, faz parte da série, “Showriso”, lançada pela Odeon na primeira metade dos anos 60 e obviamente dedicado ao humor. Aqui temos o casal italiano, que pelas ‘peripécias’, mais parece de portugueses. O disco nos traz quatro quadros cômicos com textos de Irvando Luís. A curiosidade fica por conta da participação de Adoniran Barbosa, que aqui faz o papel do ‘Tio Giácomo’, o tio de Marieta. Interessante, confiram…
Kaquinho Big Dog – Tem Um Besta No Banquinho (2010)
Olá amigos cultos e ocultos! Chegamos finalmente na sexta feira, dia dos independentes aqui no Toque Musical. Fiquei aqui procurando algum disco de humor que fosse também uma produção independente. Embora existam muitos e até interessantes, não me passou nada melhor na cabeça do que postar algumas coisas do Kaquinho Big Dog. Eu descobri este artista logo que ele lançou seu primeiro cd na década de 90, através de um programa humorístico de rádio chamado “Acorda Pascoal”, em Belo Horizonte. Pensei que ainda tivesse aquele cd (que é independente), mas não o achei, daí resolvi criar esta coletânea com 30 músicas divertidíssimas, que inclui tanto o primeiro discos como alguns trabalhos posteriores. Aproveitando a única fotografia em boa qualidade do artista na rede, criei também essa capa para ilustrar nossa postagem. Como não encontrei o nome do fotógrafo, não coloquei o seu crédito na contracapa, coisa que eu sempre faço ao utilizar fotografias alheias (desculpe). Modéstia a parte, acho que ficou uma coletânea bem legal. O Kaquinho até que podia usar minha arte para um trabalho oficial, vocês não acham? 🙂
Ao montar esta coletânea, fui procurar algumas informações e fotografias sobre o artista e consequentemente acabei indo parar em seu site. Lá temos toda a sua trajetória artística recheada de vídeos, música e humor. Há inclusive, para se ouvir, versões acústicas de suas músicas, que eu pessoalmente acho até mais interessantes. Kaquinho é uma figura única. O seu humor é do tipo bem popular, mas inteligente. O cara tem boas sacadas e não há como ficar insensível ao humor em suas músicas. Ele também é ótimo em paródias. Confiram, porque vale boas gargalhadas. 😉
PS.: pode ser que algumas das músicas aqui relacionadas não tenha o nome original. Infelizmente elas não constavam nos meus arquivos, daí usei a suposição, hehehe…
Carequinha No Parque Shanghai (1961)
Como eu havia prometido, aqui está o disco do palhaço Carequinha. Embora seja um álbum humorístico, é também um trabalho voltado para o público infantil. Infantil de 50 anos atrás, é bom lembrar. A meninada de hoje em dia está em outra… acho que não se interessam mais por coisas assim. Vale mais como uma recordação para aqueles que foram crianças naquela época.
Temos assim o famoso palhaço Carequinha, que encantou, provavelmente, umas três ou quatro gerações. Neste lp temos o palhaço interpretando, ao lado do Coral Infantil de Irany de Oliveira, com orquestração do maestro Pachequinho, doze canções de autoria de Getúlio Macedo e Hamilton Sbarra, cujo o tema é o parque de diversões. Mais especificamente o tradicional Parque Shangai do bairro da Penha, no Rio. Ele foi criado em 1919 e talvez tenha sido o primeiro parque temático com brinquedos no Brasil.
Lúcio Mauro E Genival Lacerda – As Trapalhadas De Cazuza E Seu Barbalho (1970)
Olá amigos cultos e ocultos. Aqui vai mais um disquinho de humor para espantar um pouco o baixo astral. Temos para hoje o ator Lúcio Mauro fazendo dupla com o cantor Genival Lacerda. Vocês se lembram deles neste quadro humorístico na televisão? Pois eu não. E nem no teatro. Mas sei que eles interpretavam dois personagens, o nordestino pau de arara ‘Cazuza’ e o seu estressado patrão, ‘Seu Barbalho’. Aliás, outro personagem do Lúcio Mauro, igualzinho ao ‘Seu Barbalho’, era o ‘Fernandinho’, um marido cuja esposa o matava de vergonha na frente das visitas com seu shows de burrice. Desse eu lembro. Já “As atrapalhadas de Cazuza e Seu Barbalho” pode ter sido um quadro humorístico de algum programa daquela época. O disco aparentemente foi montado, trazendo alguns ‘esquetes’ da dupla, que vão se alternando nas faixas, com as músicas cantadas por Genival Lacerda. Os textos de humor são do radialista e compositor Luiz Queiroga. Os arranjos para as músicas são de José Menezes.
Arrelia, Lamartine E Altamiro Carrilho – Ride Palhaço (1958)
Os discos de humor são mesmo muito divertidos, mas depois de ouvi-los umas três vezes, já não vemos mais tanta graça assim, principalmente se forem apenas de piadas. Por outro lado, aqueles que são de humor musical a gente acaba até aprendendo a letra e cantarolando sempre. Eis aí uma prova do poder da música, do quanto ela funciona como um veículo diluente, fortificante ou condutor. Através da música tudo toma um outro aspecto, se pode amplificar ou mesmo diluir uma ideia. Isso me fez lembrar do Pachecão, um professor de cursinho pré vestibular, que utilizava da música para fazer seus alunos decorarem a matéria. Ele adaptava os tópicos de estudos em melodias conhecidas, ou seja, ele criava versões tipo paródias, que todos cantavam e acabavam aprendendo. O método do professor eu acabei adotando e adaptando-o para resolver os meus problemas de memória imediata.
Bom, mas voltando ao que eu dizia (antes que eu esqueça), os discos de humor são mais duráveis em nossa mente, e no desejo dela, quando existe a música como base. Eu continuarei postando aqui essas curiosidades, sejam elas cantadas, faladas ou sussurradas. Mas, para que o toque continue sendo musical é preciso haver música. Daí, vamos alternando até mesmo no estilo de humor.
Eu havia separado para esta semana humorística, além do que já tivemos, outros álbuns, como os dos palhaços Carequinha e Arrelia. Embora esses discos caíssem melhor na semana do Dia das Crianças, também são trabalhos cheios de humor e de interesse para os amigos cultos e ocultos do blog.
Temos aqui então, este álbum super bacana, lançado pelo selo do caramujo em 1958. Trata-se, como se pode ver, no título e na capa, de um disco cujo o personagem principal é o palhaço Arrelia, figura que fez muitas crianças rirem e tantas outras chorarem, de mêdo de palhaço. Arrelia interpreta aqui doze músicas do grande Lamartine Babo. Este por sua vez, também participa do disco e quem os acompanha é Altamiro Carrilho e sua bandinha. Embora os elementos que fazem o lp sejam aparentemente circenses, as músicas são todas temas e sucessos de carnaval. E ao contrário do que eu imaginava, estão longe do senso de humor infantil. Confiram o toque…
José Vasconcelos – Eu Sou O Espetáculo (1960)
Olá amigos cultos e ocultos! Não tem jeito, não há como eu fazer uma semana só, quando resolvo postar um gênero específico de disco. Uma semana acaba sendo muito pouco e como eu já havia preparado alguns títulos, não vou parar agora, né? Vamos levando no riso mais alguns dias, depois eu até entro no choro, na fossa e na bossa, ok?
Seguindo, vamos com outro comediante, José Vasconcelos, um dos mais famosos humoristas brasileiros dos anos 60 e 70. Hoje em dia ele anda completamente afastado da vida artística. ‘Pendurou as chuteiras’ e vive recolhido em sua casa, no interior paulista.
Este disco, lançado em 1960 pela Odeon, fez muito sucesso e vendeu horrores. Embora discos de humor e humoristas em discos não fosse uma novidade, a partir deste álbum as gravadoras passaram a dar mais atenção ao gênero. Foi o primeiro disco de humor com mais de 55 minutos e surpreendeu a todos pelo sucesso de vendas. Confiram…
Premeditando O Breque – A Voz Do Premê (1986)
Salve! Aproveito o momento de pausa familiar para fazer a postagem do dia. Hoje eu estou um pouco preguiçoso. Bem que eu gostaria de uma programação postal de pelo menos alguns dias. Deixar que alguém cuidasse das postagens. Eu queria alguma coisa parecida com a ideia este álbum promocional do conjunto paulista “Premeditando o Breque”, dedicado ao radialista. Conforme nos informa a capa e salienta a contracapa, são 2700 segundos de folga para o radialista programador ‘voar à vontade’. “A voz do Premê” é um disco cujo o roteiro foi criado pelo grupo em parceria com Tim Rescala. Trata-se da apresentação das músicas do disco oficial, “O melhor dos iguais” em formato de programa de rádio, onde o conjunto é entrevistado. Participam da comédia Tim Rescala, Arrigo Barnabé, Lulu Santos, Herbert Vianna e Renato Russo. Escuta aí… bobinho como o domingo…
Juca Chaves – Muito Vivo
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Antes de sair para a já tradicional Feira do Vinil e CDs Independentes, vou deixando pronta aqui a postagem do dia. A semana de humor ainda não fez cócegas o suficiente nos nossos ouvidos, por tanto, acho que vou dar sequência. Farei mais uma semana dedicada ao sorriso.
Para o sábado, estou trazendo mais uma vez o Juca Chaves. “Muito Vivo” é um disco que pela capa engana a gente. Parece ser gravado ao vivo, mas não é, o que acaba sendo melhor, afinal disco do Juca ao vivo é piada. Mas aqui, o que temos são 12 de suas mais famosas canções, sempre satirizando o cotidiano social, político ou artístico brasileiro. Não tenho certeza, nem vou verificar isso agora, mas algumas das faixas deste disco estão contidas também no álbum anterior que postei aqui no Toque Musical.
Deixa eu ir… já estou atrasado… até mais…
Claymara Borges & Heurico Fidélis – Pirata Ao Vivo (2003)
Olá amigos cultos e ocultos! Enfim, chegamos à nossa sexta independente, o dia de divulgar os discos e artistas que fugiram do esquemão das grandes gravadoras, que aliás estão começando a entender que o barato agora é promover o artista e não mais o disco, como eles antes faziam. Com a tecnologia aí em nossas mãos, a produção e até a divulgação tornou-se mais fácil. Qualquer um agora pode gravar o seu disquinho independente. Por outro lado, não exatamente pelo fato da facilidade na produção, mas muito mais pela falta de qualidade e criatividade, ao chegarmos nessa situação, percebemos que a banalidade e a mediocridade, hoje impera em todas as áreas, na música, na literatura e nas artes visuais. E isso, por mais que pareça uma anomalia, não deixa de ser uma adequação natural. Vivemos um momento de transição e pelo jeito ainda estamos no início da curva. Muita coisa vai mudar radicalmente, podem esperar…
Putz! Olha eu fugindo, sem querer, do nosso assunto. Acho que comecei assim para chegar nessa dupla de artistas muito divertidos. Eu não sei muito sobre este ‘casal nota 10’, além dos dois discos que tenho deles. Há tempos atrás eu havia postado “Cascatas de Sucesso”, um cd da dupla, lançado pelo selo (?) independente Leblon Records. Agora, recentemente, tive a honra de receber este segundo disco, enviado especialmente para mim (com direito à autógrafos e a promessa de ingressos na primeira fila do ‘big’ espetáculo internacional que eles um dia virão a realizar na Broadway, em Nova York). Obrigado Heurico e Claymara! Fiquei na dúvida logo que recebi pelo correio o cd. Pensei que fosse uma gozação. Recebi um autêntico cd pirata, no estilo camelô 3 por 5. Por um momento eu pensei, “pô, isso é que é contenção de despesas, mais fácil teria sido eles me enviarem apenas o arquivo de áudio junto com as capinhas”. Mas passados alguns segundos, eu logo entendi o conceito da ‘coisa’. Só mesmo a criatividade e o bom humor poderiam criar uma peça fonográfica como essa. Realmente, tudo a ver… um cd pirata original 🙂 Em 1995 Claymara Borges e Heurico Fidélis fizeram um show no bar Sweet Home, no Rio de Janeiro. ‘Acidentalmente’ alguém gravou o espetáculo, o qual acabou se transformando neste inusitado e original cd, vendido apenas no Japão e por encomenda. Aqui no Brasil ele é distribuído gratuitamente, principalmente através do seu blog Toque Musical 😉
Para aqueles que ainda duvidam, ou melhor, desconhecem Claymara Borges & Heurico Fidélis, convido a dar uma pesquisada no You Tube (lá dá de tudo!)
Atenção amigos cultos e ocultos de Belo Horizonte e região! Amanhã, sábado, vai acontecer mais uma edição da Feira do Vinil e CD’s independentes. A festa acontece o dia inteiro, de 10 as 18 horas. Vai ter muita gente vendendo e comprando discos. Colecionadores, lojistas, donos de sebos, todos munidos com preciosidades para todo o gosto. Se você está na cidade, não deixe de conferir. Eu também vou estar!
Ary Toledo – Pois É (1982)
Pois é, dando sequência em nossa semana de humor, eu hoje trago para vocês o Ary Toledo. Este começou como cantor bem humorado e acabou se transformando em contador de piadas ‘manjadas’. Neste disco, um show gravado ao vivo no Teatro Zaccaro, em São Paulo, ele nos apresenta uma série de piadas amarradas em textos de sua própria autoria e também canta algumas músicas, entre elas o seu grande sucesso “Pau de Arara”, de Vinícius e Carlos Lyra.
Chico Anisio Show (1962)
Olá amigos cultos e ocultos! Na semana dedicada ao humor, uma figura que não poderia faltar é o Chico Anísio (ou Anysio). Entre os diversos discos que ele também gravou, contando, cantando ou fazendo piadas com seus tipos, não achei nada melhor que este álbum lançado pela Philips em 1962. Aqui ele interpreta dez dos seus famosos personagens no “Chico Anisio Show”, primeiro programa de humor da televisão brasileira a ser gravado e apresentado em vídeo tape.
Dercy Gonçalves – 80 Anos De Humor, Picardia e… (1987)
Aqui vamos nós com outro disco de humor. Desta vez não é musical, vamos com a Dercy Gonçalves, essa curiosa figurinha secular. Uma atriz e comediante que todos nós já conhecemos bem. Em 1987, comemorando os seus 80 anos, ela apresentou um espetáculo na boate Sambão & Sinhá, dirigido por Maurício Sherman. O show é um monólogo pautado no improviso, rico em palavrões, que nossas vovós não ousariam nunca pronunciar, muito menos ouvir. Dercy, a medida em que ia ficando mais velha, foi ficando também mais desbocada. Não tinha mais papas na língua, uma autêntica ‘língua de trapo’. Acredito que a Dercy Gonçalves chegou num ponto em que misturava Activia com John Walker, estava cagando e andando para tudo. (putz! já estou eu assimilando o espírito da dona…) Mas contam aqueles que a conheceram de perto, que ser desbocada era apenas um tipo, na vida real ela era mais contida. Será? O certo é que realmente não tem como a gente não dar umas boas gargalhadas com Dercy Gonçalves. Ela tem o dom de barbarizar sem chocar ou ofender. Confiram…
Língua De Trapo (1982)
Olá amigos cultos e ocultos! Há muito eu venho pensando em fazer uma semana dedicada ao humor, mas sempre acabo adiando. Desta vez vai ser diferente, fiz aqui uma seleção que vai de grupos musicais à contadores de piadas. Dizem que rir é um ótimo remédio, então nossa semana vai ser curativa e em doses mais que homeopáticas.
Começo com um disco que eu acho ótimo, do grupo paulista Língua de Trapo. Eles começaram no início da década de oitenta e continuam ativos até hoje. Seu trabalho musical é todo pautado no humor, uma característica marcante na mpb daqueles anos. Eles estrearam em disco com este álbum, que para mim é insuperável, ou melhor dizendo, memorável. Ainda hoje guardo de cor as letras de todas as músicas. Em nossas festas, tocar Língua de Trapo numa rodinha ao violão era sagrado. Me lembro até do dia em que comprei este disco. Fui para casa levando as últimas aquisições, compradas na Cotec da Engenharia UFMG.Encontrei no caminho um amigo (recém chegado da Colombia) e fomos juntos ouvir meus novos discos. Chapados, demos boas gargalhadas ao longo de cada faixa que íamos escutando. Quando chegou no final da última música, escutamos uma vinheta, uma voz que parecia alguém falando em russo. Era na verdade uma gravação ao contrário, eu de curioso, soltei a agulha no sulco e rodei o prato do tocadiscos com a mão no sentido contrário. Escutamos então: “Você está estragando a sua radiola!” Essa foi a melhor… filhos da mãe! Eu lá, que nem um bobão, caindo na mais original pegadinha fonográfica. Por essa eu não esperava, mas foi ótima. Rolamos de tanto rir. Muito original…
Altamiro Carrilho – Clássico Em Choro (1979)
Por mais que eu queira fugir das homenagens, não posso esquecer que hoje é comemorado o Dia dos Pais. Melhor dizendo, o dia do papai. Salve, salve todos nós!
Embalando o fim do dia, escolhi este delicioso álbum do Altamiro Carrilho. Para quem não conhece está valendo mais o toque. Um disco muito bacana, ao estilo daqueles do Maestro Peruzzi misturando a música clássica com o samba. No caso de Altamiro o que temos são outros tantos clássicos (bem populares) em versões de choro. Um casamento interessante, que agrada a todos, principalmente ao papai aí, que agora pode escutar tranquilo o disquinho antes de ir dormir. 🙂
Adoniran Barbosa – Programa MPB Especial 1972 (2010)
Como eu havia dito, aqui vai mais uma dose de Adoniran Barbosa. Desta vez, um presentinho especial, exclusivo do Toque Musical para vocês. Temos aqui o áudio do programa de rádio MPB Especial, levado ao ar em 1972. Nessas gravações Adoniran nos apresenta alguns dos seus maiores sucessos, contando também um pouco das histórias dessas músicas. Estão com ele no programa, fazendo o acompanhamento, Luiz Mariozzi no violão e Tiãozinho no cavaquinho.
Esta gravação eu encontrei na rede já faz tempo. Eu sabia que um dia elas viriam abrilhantar nossas postagens, faltava apenas melhorar um pouco o som, refazer a edição das faixas e criar uma roupa modelito vinil, claro! Dei uma trabalhada no áudio retirando alguns chiados, mas resolvi fazer um caminho inverso na edição. Mantive as faixas editadas a seco, mas incluí uma outra versão inteira, sem cortes, onde se pode ouvir melhor todo o programa sem pausas. Acho que valeu o trabalho, não é mesmo? 🙂
PS.: hoje ainda tem mais comemoração, tem Caetano Veloso. Aguardem!
Adoniran Barbosa (1980)
Sábado, normalmente, é dia de festa e hoje pelo visto, teremos muitas celebrações. O Toque Musical, na medida do possível, vem sempre procurando homenagear nossos artistas, seja lembrando um aniversário ou mesmo um falecimento. Não gosto de fazer isso sempre, pois se entrar nessa, fico só por conta das datas. Mas sempre que posso, lembro e principalmente tendo alguma coisa legal para mostrar, eu o faço. Ontem, dia 06 de agosto, foi comemorado o centenário do compositor paulista Adoniran Barbosa. Eu até que não me esqueci, apenas não tive tempo para preparar uma postagem especial. Além do mais, sexta feira é dia do artista/disco independente e como já estava tudo ‘engatilhado’, resolvi transferir minha homenagem para o dia de hoje. Garanto a vocês que esse atraso vai valer a pena. Ainda hoje teremos mais uma dose de Adoniran, podem esperar…
Segue aqui o álbum lançado pela EMI Odeon em 1980, o qual se comemora os 70 anos do artista. Neste disco, super bem produzido, temos Adoniram acompanhado por um time de artista selecionadíssimos. Na linha de frente temos as figuras de Clementina de Jesus, Clara Nunes, Carlinhos Vergueiro, Djavan, Elis Regina, Gonzaguinha, MPB 4, Conjunto Nosso Samba, Roberto Ribeiro, Talismã e Vania Carvalho. A turma da cozinha vem formada por outros não menos ilustres, como Dino Sete Cordas, Cristina Buarque, As Gatas e muitos outros. Os arranjos são do maestro José Briamonte
Gonzaga Leal – E O Que Mais Aflore (2010)
Olá amigos cultos e ocultos! A semana passou voando e eu recomeço já enrolado, atrasado em meus compromissos. Enquanto for possível, vamos de postagens diárias, mas para este ano eu não vou dar garantias desse compromisso, ok? O bicho já está pegando…
Ely Camargo – Canção Da Guitarra (1968)
Seguindo a semana, que passou tão depressa, vou postando aqui mais um disco da Ely Camargo. Adoro essa artista e tenho certeza que muita gente também gosta. Os que não fazem parte desse grupo são talvez aqueles que ainda não abriram os olhos e ouvidos para conhecer melhor o seu trabalho. Ely é uma das mais importantes artista folclorista do Brasil e injustamente uma das menos lembradas. Neste disco de 1968, lançado pelo selo Chantecler, Ely nos apresenta um pouco da obra do compositor Marcelo Tupinambá. Este por sua vez, também é outro artista da nossa música, pouquíssimo lembrado, principalmente nos dias de hoje. Coincidentemente, seu verdadeiro nome era Fernando Lobo, igual ao outro compositor, pai de Edu Lobo. Ele adotou esse pseudônimo para continuar exercendo, paralelo à música, sua formação em engenharia. Só mesmo quem estuda música e história está a par dessas histórias e de quem são ou foram os verdadeiros nomes da música brasileira na primeira metade do século XX. Marcelo Tupinambá, talvez pela distância no tempo, talvez pelos gêneros trabalhados, hoje em dia fique mesmo no limbo, esquecido. Sua obra é muito abrangente, vai do erudito ao popular. Em “Canção da Guitarra”, Ely Camargo nos mostra uma faceta mais descontraida do artista. Temos no lp 14 belas músicas, que vão de batuque, canção, toada, valsa, maxixe e tanguinho. A interpretação de Ely Camargo dá às músicas de Marcelo Tupinambá um aspecto mais ‘folk’ e porque não dizer, até mais agradáveis. Sem dúvida, um belíssimo disco, tem que conferir…
Albertinho Fortuna – Tangos Inesqueciveis (1957)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Para mantermos sempre vivo o nosso ecletismo musical, hoje nós iremos de tango. Temos aqui este raro e precioso disquinho de dez polegadas pelo selo Continental com o cantor Albertinho Fortuna, gravado em 1957. Um disco interessante, a começar pela capa, escolheram uma modelo que encarna bem a figura da ‘amante argentina’, não acham? Levando-se em conta o sucesso do disco “Tangos de ontem e de hoje”, postado aqui em outubro de 2008, do mesmo cantor, acredito que este também irá agradar. Albertinho vem acompanhado pelo maestro Alexandre Gnattali e Sua Orquestra e traz o seguinte repertório:

