Um dos grupos do rock nacional que eu acho mais interessantes é o Analfabitles. Eles foram um dos poucos que não adotaram o estilo predominantemente brega da jovem guarda. Faziam cover de bandas descoladas americanas e inglesas, fugindo da formula tradicional, nada de versões. Em 1968, nos bailes domingueiros da zona sul carioca, os Analfabitles eram a grande sensação. Ficaram apenas nos compactos, tocando música em inglês e de outros, mas longe de serem apenas mais um grupinho de garagem. Eles tinham qualidade e determinação. Não era para qualquer um naquele tempo imitar bandas como, por exemplo, Traffic. Segue então neste toque os dois compactos lançados pelo grupo, de 68 e 69. Divirtam-se…
Os Abutres – Os Abutres Atacam (1969)
Outro grupo dos anos 60 que também merece o toque é Os Abutres. Este disco durante muito tempo era uma raridade. Muito se falava do lp, mas poucos o tinham (pelo menos) ouvido. Como disco continua sendo uma peça rara e cobiçada por colecionadores. Mas desde que surgiram os blogs musicais esta e outras tantas obras raras se tornaram ‘figurinhas fáceis’. Nem por isso perderam seu encanto e interesse. Continuam sempre muito bem visitadas, o que é muito bom, afinal este é o objetivo, resgatar e divulgar.
The Sunshines – O Último Trem (1967)
Eduardo Araujo – O Garoto do Rock (1961)
Já que estou apresentando alguns álbuns sobre os primórdios do rock no Brasil, vamos agora com outro grande nome (embora um tanto quanto esquecido), Eduardo Araújo. Mineiro, Eduardo Araújo é um dos nossos heróis do rock, infelizmente sem o devido reconhecimento de seu papel. Normalmente, é lembrado apenas pela sua participação na Jovem Guarda, mais exatamente pelos hits O Bom e Vem Quente Que Estou Fervendo. Ele começou sua carreira no final dos anos 50, ainda em Belo Horizonte. Em 1961 já estava no Rio de Janeiro, onde gravou este que foi seu primeiro disco, um bolachão de 78rpm. Segundo contam, este é um álbum raro até mesmo para o artista, que até a um tempo atrás andou procurando por este seu álbum inicial. O toque é este…
Beatniks (1968)
Os Beatniks foi o grupo que acompanhava Roberto Carlos no programa Jovem Guarda (TV Record), e que gravou excelentes e raríssimos compactos, pelo selo Mocambo/Rozenblit. Neste compacto duplo temos a versão alternativa ao cover feito pelos Incríveis para o clássico italiano “Era Um Rapaz Que Como Eu Amava Beatles e Rolling Stones” de Migliacci e Lusini Também gravaram covers para “Gloria” (Van Morrison/Them), “Fire” (Jimi Hendrix) e “Outside Chance” (Turtles). Confira mais este toque.
Os Versáteis – Coletânea Especial
Mais um grupo de destaque no cenário pop/rock musical dos anos 60 foi “Os Versáteis”. Acho que se chamavam assim por serem realmente versáteis musicalmente. A turma flertava com o rock da Jovem Guarda, como também com a Bossa e outros generos. Em 68 gravaram com Tom Zé no disco “Grande Liquidação” como banda de apoio. O que temos aqui é uma coletânea com 25 músicas retiradas de 4 álbuns solos que vão do período de 1966 a 68. Como tantos outros grupos da época, quase nada pode ser encontrado na rede sobre esse versátil grupo. Mas o toque inicial está dado, o resto é com vocês….
Os Canibais (1967)
Os Canibais surgiram em 1965, revelados em um programa de TV. Foi graças também às frequentes apresentações do grupo em programas jovens que seu nome foi ganhando popularidade, sendo assim uma das bandas cariocas mais respeitadas em bailes do Rio. Como Os Mugstones, Os Canibais tiveram uma carreira que durou até o início dos anos 70. Em 1970, eles gravaram para a Polydor a canção “Hoje É Dia De Rock” de Zé Rodrix, mas o contrato não vingou e nem foi lançado disco. Com as mudanças de uma nova década, mudou-se também a concepção musical e o nome do grupo para “Bango” (nome de uma especie de canabis encontrada no nordeste Africano). Mas esta é uma outra estória e o “Bango”, um toque que virá em breve.
02. Felizes Juntinhos (Happy Together) (vrs. Romeo Nunes)
03. Lindo Sonho
04. Um Milagre Aconteceu (Magic Potion)
05. Garota Teimosa (Time Won’t Let Me)
06. Quase Fico Nú (Everything You Do)
07. Ao Meu Amor
08. A Praça
09. Descubram Onde Meu Bem Está (Wonder Where My Baby is Tonight)
10. Se Você Quer (See Me Back)
11. Nosso Romance
bonus track:
12. Para o Meu Bem (Ticket to Ride) (Lennon – McCartney – vrs. Aramis) – 1966
The Sunshines (1966)
No final de 1966, este grupo carioca, que também gravou com nome de The Suns, alcançou grande sucesso com o primeiro compacto “O Último Trem, versão de Leno para o clássico “The Last Train To Clarksville”, original dos americanos The Monkees. Daí gravaram dois LPs, este de 66 e outro em 67, além de alguns compactos até o final dos anos 60, quando por fim se separaram. Segue este toque com a promessa de uma outra postagem do álbum seguinte. Aguarde…
The Jordans – Studio 17 (1966)
Um dos expoentes do rock instrumental brasileiro, os Jordans surgiram no final dos anos 50, no programa de Tony e Celly Campello na TV Record. Seu primeiro sucesso, em 1961, foi “Blue Star”, que ficou oito meses nas paradas. “Tema de Lara” também foi outro sucesso que deram a eles o prêmio “Roquete Pinto” como o melhor conjunto da juventude. Lançaram vários discos (lps e compactos) e acompanharam diversos intérpretes da Jovem Guarda. Em 1967, encontraram-se com os Beatles, em Londres. Foram, sem dúvida um dos grupos pioneiros. Toque básico!
Os Mugstones (1967)
Os Mugstones foi também um dos muitos grupos que fizeram parte do cenário rock dos anos 60 no Brasil. Inicialmente se chamavam “Os Poligonais” e gravaram um disco em 66. Infelizmente não há muita informação sobre grupo. Me parece que eles continuaram na ativa até o inicio dos anos 70. Neste disco temos uma salada mista de generos liquidificados que agradavam bem na época. Não adianta me perguntarem o porquê dos modelitos tipo “kilt” – também gostaria de saber o motivo. Alguém pode completar o toque aí?
Sergio Murilo (1959)
Sergio Murilo foi mais um ‘dos primeiros’ do rock no Brasil. Começou sua carreira artística ainda criança como apresentador infantil em um programa de tv. Em 1958 estréiou no cinema, com o filme “Alegria de Viver”, e no ano seguinte se torna cantor na Rádio Nacional. Foi contratado pela Columbia, e grava “Menino Triste” e “Mudou Muito”que fizeram muito sucesso. Em seguida, graças a outros sucessos como “Broto legal”, “Rock de Morte” e “Marcianita” (regravada mais tarde por Caetano Veloso), surge o primeiro LP, “Sergio Murilo”.
Ronnie Cord – Tonight My Love Tonight (1961)
O Ronnie Cord foi outro cantor que esteve a frente dos primeiros passos do rock no Brasil. Embora não fosse exatamente um ‘rocker’, cantava somente música americana, Paul Anka e coisas do genero, o que nos remete a idéia do rock’n’roll. Contudo e apesar de tudo, seu nome será também lembrado na história do rock no Brasil.
Luizinho E Seus Dinamites – Choque Que Queima (1967)
Outro grupo que merece um toque musical é este do Luizinho, guitarrista pioneiro no rock Brasil. Nos anos 50 ele já havia formado o “Blue Jeans Rockers”, grupo de rock and roll clássico, que animou muitos bailes no Rio de Janeiro. Os Dinamites era formado, além de Luizinho (guitarra e vocalista), por Jair (guitarra base), José Antônio (baixo) e Carlinhos (bateria) e Euclides (que também tocou com The Pop’s). “Choque que Queima”, me parece que foi o único disco do grupo. Mas mesmo sendo só um, já valeu demais. Obscuro, raro e esquecido, mesmo assim e talvez por isso mesmo, este disco merece um pouco mais da nossa atenção. Trata-se de um clássico, com certeza! “Luizinho morreu em meados dos anos noventa, deixando a lenda de ter sido um dos precurssores do rock nacional, sem o devido reconhecimento.” FR
The Clevers – Encontro Com The Clevers – Twist (1963)
Bom, como uma coisa leva a outra, vou extendendo um pouco essas postagens dos primórdios do rock no Brasil. Vamos levando até onde o rock começa a ser ‘brasileiro’, o rock nacional. Temos aqui o The Clevers, um dos primeiros grupos vocal-instrumental de pop-rock. Iniciaram em 1962 e de saída fazendo muito sucesso já no primeiro disco, um 78 rpm com arranjo em ritmo de twist para uma canção espanhola, “El Relicario”. O grupo ainda acompanhou vários artistas da época, como Demétrius e Orlando Alvarado. Em 1965 eles mudariam de nome, se tornando “Os Incríveis”. Já apresentei dois discos da banda e um do Manito em postagens anteriores. Neste podemos encontrar os primeiros passos de um grande grupo (que só não foi maior devido a mediocridade e falta de visão de seus empresários). Este toque é básico!
03 – Maria Cristina
The Young Years Vol. 1 e 2 – Raridades do Rock Brasileiro
Sempre tive uma má impressão do Orkut, na verdade nunca me senti atraído por ele. Achava que aquilo era coisa para adolescentes, para gente que tem tempo de sobra para ficar na frente de um computador. Por outra, também não tenho muito saco para um ‘social-virtual’, fazer novos amigos, trocar e-mails e aquele montão de comunidades malucas. Mas, mesmo apesar disso, tenho me deixado render por alguns encantos, principalmente por questões de intercambios musicais. Descobri recentemente por lá uma comunidade bacana “Música Cafona E Jovem Guarda”. Foi de lá que eu trouxe para vocês mais esta curiosidade dos primórdios do rock no Brasil, o álbum “The Young Years”, uma coletânea das raizes do rock nacional. Para um melhor entendimento e esclarecimentos sobre o álbum (no caso, duplo), achei melhor incluir o texto da comunidade, assinado por Rubens Stone. Reproduzo-o na íntegra. O texto é dele, mas o toque é musical! 😉
Sonia Delfino – Canta Para A Mocidade (1961)
Sonia Delfino foi mais uma artista dos primórdios do rock nacional. Tinha talento de sobra para fazer páreo com Celly Campello, mas seu repertório sempre oscilou entre o rock e a bossa juvenil. Acho que ela acabou se perdendo e não conseguindo mais destaque, por ter um trabalho híbrido, ficou meio em cima do muro, sei lá… Ao lado de Sérgio Murilo, ela também apresentou o programa ‘Alô Brotos’, na TV Tupi do Rio de Janeiro, alcançando grande sucesso, mas limitado ao estado carioca. Sonia gravou, além de diversos 78rpm’s e compactos, três LPs – “Alô Broto” de 1962, “Alô Broto Vol. 2” de 1964 e este que apresento para vocês; “Canta Para A Mocidade” de 1961″. Aqui tem a famosa versão “Oh Carol” de Neil Sedaka, contrastando com outras como, “Tome continha de você” de Dolores Duran e Edson Borges. Apesar do obscurantismo e oscilações, Sonia Delfino tem o seu lugar garantido no rock nacional. Espero que este toque contribua para isso.
Tony Campello – c/ Mário Gennari Filhos & Seu Conjunto (1959)
Avanço 5 – Somos Jovens (1969)
Bom, já que toquei na Celly Campello (no bom sentido musical, claro!), vamos dar seqüência e trazer mais algumas ‘coisinhas’ do rock brasileiro e da Jovem Guarda. Aqui temos um dos muitos e até obscuros grupos formados na ‘onda jovem dos anos 60’, o quinteto Avanço 5 e seu único lp “Somos jovens”, lançado (aparentemente) em 69. Infelizmente não há muita informação sobre eles, além do fato de serem também um grupo de acompanhamento para outros diversos artistas da época. Gravaram com Tony Campello um EP também em 69, o “Ritmos da Juventude”. Com relação ao disco que apresento, não há novidades, um repertório típico oscilando entre hits internacionais e a ingenuidade romântica jovem daqueles anos. O ‘albinho’ até que é bem bacana, vale a pena ouvir. Confiram a baixo as faixas desse toque.
Bobo Não Sou
F…Comme Femme
Shut Up
First of may
My Little Lady
Nem Mesmo Você
Não Sou de Ferro
Nem um Talvez
Preciso Esquecer Você
Lost Friend
Good Bye
Celly Campello (1976)
Em 1976, quando por conta de uma novela “Estúpido Cupido”, da Rede Globo, de grande sucesso de audiência que vinha puxado por seu hit de 1958 – Celly Campello voltou a ficar em evidência. Foi daí que nasceu este disco, seu último álbum, que mesmo trazendo o antigo sucesso renovado, com uma boa produção e feito algumas turnês, não conseguiu emplacar uma retomada. Sua carreira passou a resumir-se a apresentações esporádicas pelo interior de São Paulo. Morreu em 2003 em consequência de um tumor, deixando na lembrança seu nome como uma pioneira do rock brasileiro. Apesar dos pesares é um disquinho bacana, que vale o toque musical.Jaime & Nair (1974)
Edu Lobo – Camaleão (1978)
Edu, mais uma vez… Esse merece estar sempre lembrado, ouvido e tocado. Assim, vamos com Camaleão, álbum lançado em 1978, aquele que traz dois grandes sucessos: “Lero lero” e “Memórias de Marta Saré”. Lembrei desse disco quando postei o Boca Livre. Eles também participam. Aliás, foi a estréia do grupo, um momento muito especial ao lado do grande Edu Lobo
Discomunal – Gravado Ao Vivo No Teatro Toneleros (1968)
Este álbum é um registro histórico de um encontro de grandes artistas, ocorrido no Teatro Toneleros em 1968. O show aconteceu para o lançamento de estréia do disco do Quarteto 004, um grupo vocal na linha do MPB 4. O espetáculo foi apresentado pelo escritor e humorista Millôr Fernandes e teve a participação (além do Quarteto 004) de Tom Jobim, Baden Powell, Chico Buarque, Hepteto Paulo Moura, Eumir Deodato e Márcia. Não é preciso dizer mais nada, né? O toque tá dado…
O Melhor Dos Festivais De Minas 1984
Este disco é o resultado de um projeto criado pelo governo mineiro em 1984. Um festival que reunisse os vencedores de outros festivais regionais de música pelo estado. Como é sabido, em Minas Gerais, eventos dessa natureza sempre tiveram vez. Este foi o primeiro, não sei dizer se houve continuidade, afinal projetos e políticas sociais não são o forte dos nossos governos. Quanto ao disco, apesar de ser um álbum simples com apenas oito músicas, não deixa de se uma boa amostra da produção nos festivais mineiros. Isso é que é toquinho mineiro, uai!
Manassés – Pra Você (1987)
Manassés é um artista/músico pouco conhecido do grande público, isso talvez, por estar sempre envolvido nos bastidores. Mestre no domínio de diversos instrumentos de corda, Manassés de Souza começou a se destacar no cenário musical na década de 70. Tocou com alguns dos maiores nomes da MPB, como Chico Buarque, Nara Leão, Amelinha, Zé Ramalho, Mercedes Sosa, Fagner e Elba Ramalho. Até onde sei, ele tem três discos solos gravados: “Manassés”, “Nômades” e este que é um toque muito especial “Pra você” que gosta de música instrumental.
Cristina Buarque – Prato e Faca (1976)
A gente roda, roda e acaba sempre voltando para o samba. Desta vez vamos com Cristina (Buarque), considerada por muitos com a “dama do samba”. Irmã de Chico Buarque, a cantora (e também compositora) adotou o samba como seu ofício maior. Começou sua carreira ao lado do irmão. Gravou pela primeira vez no disco “Onze Sambas & Uma Capoeira” com músicas de Paulo Vanzolini ao lado de outros grandes artistas. O disco que temos aqui foi seu segundo álbum solo. Um dos melhores em sua carreira e que eu recomendo, em mais um toque musical.
Fazenda Modelo – Terra Boa (1976)
Para falar sobre este conjunto, eu hoje, preguiçosamente resolvi incluir um texto do jornalista Aramis Millarch, publicado originalmente no jornal Estado do Paraná, em setembro de 76. Leiam porque este disco é uma raridade pura. Vale conferir este toque musical…
” Terra Boa” (CBS, 137949, setembro/76) temos um novo grupo vocal-instrumental, o Fazenda Modelo, que embora a respeito do qual não se disponha até o momento (21/09/76) maiores informações, pode se afirmar de se tratar de brasileirissimos jovens, preocupados em valorizar a autêntica forma de canção rural brasileira, tão marginalizada pelas ditas elites brasileiras, para expressar as suas criações. Com exceção do sucesso do cearense Ednardo (“Pavão Mysteriozo”) e de uma longa reverência a Luiz Gonzaga, com a inclusão de trechos rápidos de 11 de seus maiores sucessos (” Asa Branca”, ” Chofer de Praça”, ” 17 e 700″, ” Baião”, ” Embalança”, ” Calango da Lacraia”, Derramando o Gas”, ” Forró no Escuro”, ” Siri Jogando Bola”, ” A Volta da Asa Branca” e ” Assum Preto”), todas as demais composições são dos próprios integrantes do Fazenda Modelo. Que, dão um exemplo de “country”: ao invés de simíescas imitações dos caipiras de Nashville & adjacências (válidos, mas para a realidade americana), Beto Prado (violão, baixo, viola de 12 e 10 cordas, guitarra e harmônica), Carlos Papel (violão, vocal), João Guimarães (bateria, percussão), Preguinho (percussão) e Kátia (vocal/ Percussão) mergulham em nossa realidade cabocla, retirando da temática rural os temas para 11 músicas da maior força. Pode-se gostar ou não das músicas apresentadas pela Fazenda Modelo, mas é inegável a honestidade e sentido de amor a cultura popular, sem macaquices , assumindo o canto do povo do Interior, presente em faixas como “Roça”, “Cambori”, “Terra Boa”, “Véio Chico” , “Cumpadre Mané Vito” e, principalmente, “Sete Léguas”. Num momento que a música rural brasileira necessita, urgentemente, uma revisão, o trabalho do deste septeto nos parece da maior honestidade e oportunidade. E o elepe em que são apresentados já mostra os bons ventos que começam a soprar na CBS , com a contratação de Jairo Pires para sua direção artista : uma detalhada contracapa, produção esmerada, valorizada pela participação de quatro excelentes músicos – Copinha e Jorginho nas flautas; Waltel Branco na guitarra havaiana e Moacir Freitas no oboé . Waltel e Orlando Silveira, alias, são os responsáveis pelos arranjos das faixas “Pavão Mysteriozo” e “Obrigado, Luiz Gonzaga”, enquanto que as demais ficaram a cargo dos próprios integrantes da Fazenda Modelo.
Boca Livre (1979)
Guardo boas recordações ao rever a capa deste disco. Ficam ainda mais presentes quando então escuto ele tocar. O Boca Livre surgiu no cenário musical no final dos anos 70. Um quarteto vocal que deu vida nova ao estilo onde sempre imperou o MPB-4. O Boca foi logo estourando nas paradas neste seu primeiro disco independente. Com seus arranjos vocais cuidadoso e uma instrumentação basicamente acústica, além de um repertório perolado; eles conquistaram de estréia a simpatia do grande público. Este disco vendeu bem e hoje ainda é motivo de atenção de muitos outros blogs. Toque este aí…
Toquinho – O Violão De Toquinho
Eis aí mais um toque para aqueles que aqui procuram. Não quero ser exclusivo, nem pioneiro por vaidade. Com certeza o que ofereço também se encontra em outras praças. Sou apenas mais uma alternativa musical. E dessa vez, o que trago é um disquinho muito interessante, o debut do parceiro maior de Vinícius, Toquinho. Seu primeiro disco lançado pela Fermata em 1966.
• Sonho de um carnaval (Chico Buarque)
2 Triste amor que vai morrer (Elis Regina – Walter Silva)
3 Deixa (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
4 Réquiem para um amor (Ruy Guerra – Edu Lobo)
5 Zambi (Edu Lobo – Vinicius de Moraes)
6 Valsa de Eurídice (Vinicius de Moraes)
7 Antes e depois (Oscar Castro Neves)
8 Canto de Ossanha (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
9 Pequeno concerto que virou canção (Geraldo Vandré)
10 Allemande (J. S. Bach – Toquinho)
11 Dá-me (Adylson Godoy)
12 Olê olá (Chico Buarque)
Esse Som Da Gente
Guilherme de Almeida e Onestaldo de Pennafort Vol. IV
Este é mais um disco da coleção criada por Irineu Garcia e seu selo Festa. Nesta dobradinha temos Guilherme de Almeida e Onestaldo de Pennafort, outro grande poeta e tradutor de Paul Verlaine, William Shakespeare e Gustave Flaubert. Sua obra marcou o período final do movimento simbolista brasileiro, sendo por vezes considerado o último de seus representantes.


