A Bossa De Ontem É De Sempre (1975)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Finalmente é sexta feira e aqui estou eu, de novo ao ‘volante’. É muito bom poder contar com o amigo Samuel, seus textos são ótimos, bem informativos, mas isso aqui precisa também ter um lado pessoal, passional e até tendencioso, porque não? 🙂 Daí, o Augusto aqui volta para que o Toque Musical não perca essas características (tem que ter o lado irritante, kkk…)
Para esta sexta feira ficar mais feliz eu estou trazendo outra boa doação, feita pelo nosso amigo Fáres. Vamos de bossa nova, nesse lp lançado pela CBS em 1975. Trata-se de uma coletânea reunindo alguns dos artistas do seu ‘cast’, da década de 60: Tito Madi, Conjunto Farroupilha, Thelma Soares, Maysa e a Elis Regina (do tempo que ela assinava o nome com dois L). Esta era uma boa maneira das gravadoras reapresentarem artistas, que muitas vezes já nem faziam parte do seu elenco, mas que tinha deixado ali um legado de sucesso. E a Bossa Nova, que nunca morreu, vez por outra acendendo paixões, estava naquele 75 em alta. Daí talvez um bom motivo para acionar alguns de seus artistas ‘bossanovistas’. O repertório é, sem dúvida, muito bom e bem conhecido de todos. Um deguste sempre necessário que acaba fazendo a gente revisitar velhos álbuns.

o barquinho – maysa
carinho e amor – tito madi
o pato – conjunto farroupilha
samba de uma nota só – thelma
amor e paz – tito madi
1, 2, 3, balançou… – ellis regina
menina moça – tito madi
depois do amor -maysa
a mesma rosa amarela – conjunto farroupilha
garota de ipanema – thelma
silêncio – ellis regina
manhã de carnaval – thelma
.

Luiz Eça E Radamés Gnatalli – Os 6 Mais Numa Imagem Barroca (1968)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu marcando o ponto, que é para não perder o costume. Ultimamente eu tenho andado muito preguiçoso até mesmo para ir mantendo as postagens do Toque Musical com textos preparados pelo nosso amigo Samuca. Enviei para ele uma dúzia de discos para serem ‘resenhados’ e mais que de pressa já recebi tudo pronto. Só falta agora eu achar um tempinho e sair dessa ‘lomba’. Infelizmente, eu não tenho conseguido manter regular e diária as nossas postagens. Tá tardando… mas não falha 😉
Hoje eu resolvi `tomar o volante` e fazer a postagem deste sábado. Estou trazendo um lp que ganhei de presente do amigo Fáres. Aliás, foram vários discos que ele me deu, mas este, em especial, está valendo o dia. Trata-se de um lp lançado pela CBS em 1968. Uma produção de Helcio Milito para dois grande artistas, Luiz Eça e Radamés Gnattali. Este é mais um daqueles lps maravilhoso da CBS, que nasciam por acaso, como foi o disco “Krishnanda”, do Pedro (Sorongo) Santos, onde os artistas tiveram total liberdade de criação, aproveitando quem sabe os momentos de folga, ou horas que sobravam em fitas do estúdio. Essa descontração sempre faz gerar bons frutos. E o resultado é um disco surpreendente, pois traz a música de seis grandes compositores: Milton Nascimento, Sidney Miller, Dori Caymmi, Chico Buarque, Johnny Alf e o próprio Luiz Eça em uma faceta musical barroca. Quer dizer, são doze composições desses artistas arranjadas e interpretadas por Radamés e Luiz Eça, num clima de música barroca, caraterizada, principalmente, pelo cravo e a flauta. É bom lembrar que arranjos com esses, naqueles anos 60, estavam muito em voga. Basta lembrarmos do Lalo Schfrin que em vários de seus discos explorou essa sonoridade. Pela própria CBS teve o Roberto Carlos em “É por isso que eu estou aqui”, que tem essa mesma atmosfera ‘barroca’. E também naquela mesma década a gravadora lançou o álbum “Música Barroca Francesa” com o cravista Roberto de Régina. Os anos 60 foi bem sortido de música clássica e a barroca foi a que mais se destacou em popularidade. Lembram do conjunto Musikantiga? Acho que foi nessa onda que Radamés e Luiz Eça resolveram surfar e se deram muito bem. Boa música popular brasileira interpretada e arranjada por dois dos maiores músicos deste nosso Brasil. Um disco que agrada em cheio! Eu tô adorando 🙂

carolina
eu e a brisa
morena do olhos d’agua
rialejo
travessia
oferenda
o circo
com açucar e com afeto
o cantador
imagem
lua cheia
a praça
.

Silvio Caldas – Serestas, Só Serestas (1973)

O carioca Sílvio Narciso de Figueiredo Caldas (1906?-1998) foi sem dúvida fiel à seresta, mais do que qualquer outro intérprete de seu tempo. O eterno “caboclinho querido” lançou,ao longo da carreira,páginas notáveis da seresta, compostas pelos melhores autores, inclusive ele mesmo.  Como esquecer, por exemplo, do s clássicos que compôs com Orestes Barbosa (“Serenata”, “Chão de estrelas”, “Arranha-céu”  etc.)?  Por isso mesmo é que Sílvio Caldas é considerado, com justiça, o mais seresteiro de todos os intérpretes de nossa música popular.
Hoje, o Toque Musical tem a grata satisfação de oferecer a seus amigos cultos, ocultos e associados  mais um álbum de Sílvio Caldas (a quem já tivemos o prazer de dedicar algumas edições do Grand Record Brazil). Trata-se de uma compilação, editada pela CBS (selo verde Entré, um dos braços “econômicos” da gravadora, ao lado do Tropicana) em 1973, reunindo gravações extraídas de dois LPs rememorativos que fez na empresa, com músicas de grandes autores, tipo Gastão Lamounier, Joubert de Carvalho,  Custódio Mesquita etc.  Se não, vejamos: do álbum “O grande seresteiro” (1968), foram extraídas “Assim acaba um grande amor” (gravação original de Carlos Galhardo, em 1937), “Não me abandones nunca” (criação do próprio Sílvio, em 1938),o fox-canção “Mulher” (também criação original de Sílvio, em 1940), o samba-canção “Prece” (de Vadico e Marino Pinto, originalmente lançado por Helena de Lima em 1956), “Se tu soubesses” (outra criação original de Sílvio, em 1941) e “Perdoa, meu amor” (original de Orlando Silva, em 1947). Um ano mais tarde, 1969, Sílvio lançou mais um LP rememorativo, “E o destino desfolhou”, do qual aqui estão as faixas “Último desejo”(eterno clássico de Noel Rosa, só lançado após sua morte por Aracy de Almeida, em 1938), “Que importa para nós dois a despedida?” (lançada por Orlando Silva em 1939), o sucesso de sempre “Eu sonhei que tu estavas tão linda” (registro original de Francisco Alves em 1941, com várias interpretações em disco, até mesmo do “tremendão” Erasmo Carlos),  “Cinco letras que choram – Adeus” (clássico do repertório de Francisco Alves, lançado em 1947), “O nome dela não digo” (da parceria de Sílvio com Orestes Barbosa, originalmente lançada por ele mesmo em 1936) e, claro,a faixa-título do LP original, “E o destino desfolhou”(criação de Carlos Galhardo, em 1937). Mesmo  na casa dos 60 anos, na época em que fez estas regravações, Sílvio Caldas está bastante motivado, nos oferecendo, como sempre, interpretações soberbas e imperdíveis. Bons autores, sucessos inesquecíveis, um intérprete seresteiro por natureza… Que mais se pode querer?  É ouvir e recordar
.
assim acaba um grande amor
não me abandones
último desejo
mulher
prece
se tu soubesses
que importa para nós dois a despedida
eu sonhei que tu estavas tão linda
cinco estrelas que choram
o nome dela eu não digo
perdoa meu amor
e o destino desfolhou
*SAMUEL MACHADO FILHO.

Adilson Ramos / Leno / Martinha / Roberto Carlos – Compactos Anos 60

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Vai me dando um desespero esse negócio de postar compactos. Um por dia, talvez por só ter duas ou quatro músicas, fico com a sensação de que está faltando alguma coisa. Daí eu apelo e vou logo  postando mais alguns. Hoje não vai ser diferente, ou por outra, dentro das diferenças, aqui vão quatro compactos lançados nos anos 60. Buscando manter uma certa uniformidade, escolhi quatro disquinhos que tem em comum a Jovem Guarda. Por incrível que pareça, o compacto que não tem nada de Jovem Guarda é o do Roberto Carlos, que traz na verdade dois sambas em gravações de 1967. Os demais, Adilson Ramos, Leno e Martinha, todos da geração JG, aparecem individualmente em seus respectivos compactos fazendo uma mostra do que era o tal movimento. Acredito que todos esses quatro disquinhos, ou músicas, já tenham sido apresentados em outros blogs. Mas como eu já deixei há tempos de ser um garimpeiro de músicas na Internet, ando meio por fora do que tem rolado nas outras praças. Segue assim este bloco com quatro discos diferentes, ok?

meu karmann ghia – adilson ramos
feliz por te amar – adilson ramos
a pobreza – leno
me deixe em paz – leno
barra limpa – martinha
não brinque assim – martinha
maria, carnaval e cinzas – roberto carlos
ai que saudades da amélia – roberto carlos
.

Claudia Telles – Claudia (1977)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Ultimamente todas as minhas publicações tem sido de discos que eu chamo de ‘discos de gaveta’, aqueles sempre prontos, como as ‘notícias de gaveta’, que aguardam a sua hora para entrar no jornal. Tenho feito assim, catando aquilo que está mais próximo, sem ficar escolhendo muito. Felizmente, o que tenho deixado para essas horas são coisas que valem também a conferida. Hoje, por exemplo, vamos com este lp da cantora Claudia Telles, o primeiro lp gravado por ela. Antes disso a moça só tinha participado em discos de outros artistas, fazendo côro e alguns ‘backvocals’. Em 1976 ela gravou num compacto a música “Fim de tarde”, de Walter Davila Filho e Mauro Motta, que fez muito sucesso nas rádios e lhe abriu as portas para este lp, que sairia no ano seguinte. A música acabou entrando no repertório do disco, impulsionando-o . E mais uma vez ela fez sucesso com outra música de Mauro Motta, desta vez em parceria com Robson Jorge, “Preciso te esquecer”, tema de uma novela da Rede Globo. O álbum trouxe também outros destaques como “And I love her”, dos Beatles e “Dindi”, música de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, também interpretada por sua mãe, a cantora Sylvia Telles.
Já ouvi outros discos da Claudia Telles, mas este é para mim o preferido, não apenas pelo repertório tão agradável, mas também pelos arranjos de Lincoln Olivetti e regências de Alexandre Gnatalli. Isso, sem dúvida, faz a diferença 🙂
eu preciso te esquecer
eu nao posso mudar
dindi
você pensa
aprenda a amar
caminhos iguais
um dia tudo vai passar
não aguento mais você
and i love her
sem ter você
a vida sem você
fim de tarde
.

Márcio Montarroyos – Carioca (1983)

Olá amigos cultos e ocultos! Na brecha do meu tempo, aqui vai o disco do dia (ou da noite, se preferirem). Vamos com o saudoso trumpetista Márcio Montarroyos, em disco lançado em 1983. Um álbum nota dez para quem gosta de música moderna instrumental. Fazendo juz à sua ilustre e talentosa figura, Márcio vem acompanhado pela nata do momento, músicos renomados, time de primeiríssima! Djalma Corrêa, Leo Gandelman, Jamil Jones, Victor Biglione, Ivan Conti, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Lincoln Olivetti, Celso Fonceca… putz, a turma é grande, tem mais uns tantos… mas por aí já dá para sentir o clima. O disco foi gravado no Rio de Janeiro e finalizado em Nova York.

introduction – quilombo dos palmares
aruanda
ocean dance
skydive
samba solstice
christina
carioca
.

Waltel Branco – Meu Balanço (1975)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos que recebi de doação, eis aqui um pouco do ‘filé’, que eu só estou postando para incrementar o Toque Musical, pois afinal, trata-se de um disco já bem divulgado em muitos blogs, a tal ponto que se transformou em objeto de desejo de colecionadores inclusive internacionais. “Meu Balanço”, de Waltel Branco tornou-se um disco badalado e possivelmente mais vendido em sua reedição estrangeira do que na época de seu lançamento. Tornou-se um álbum ‘cult’, apreciado por nove entre dez dj’s do momento. As novas gerações de ‘antenados’ se ligaram de imediato no balanço desse incrível músico chamado Waltel Branco. Sem dúvida, um discaço e merece estar aqui no Toque Musical, não é mesmo?

luar do sertão
sonho no céu
meu balanço
lady samba
apenas um coração solitário
jael
walking
satiricon
carmen
meiguice
petit fils
zoraia
.

Carlos José – Uma Noite De Sereta Vol. 5 (1970)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Tem dias, como hoje, em que eu estou bem disposto e com tempo para nossas postagens. Porém, como um pinto no lixo, me afogando em discos e músicas, fico aqui perdido, sem saber o que melhor postar. Nessas horas, o melhor a fazer é partir para um sorteio. Enfio a mão no meu baú digital, ou melhor dizendo, no HD dos últimos mil discos digitalizados e escolho à sorte o primeiro que o cursor me apontar. Esse processo é bem parecido, ou quase a mesma coisa que os meus já habituais ‘discos de gaveta’. E nessa escolha aleatória, o disco sorteado para hoje é “Uma noite de seresta”, com o cantor Carlos José. Para contrariar a ordem, este é o volume 5. Mas não se preocupem, outros dias virão e por certo os quatro primeiros volumes logo serão também disponibilizados.
Temos então este lp, trazendo na interpretação de Carlos José doze temas bem conhecidos do público seresteiro. Músicas, algumas que até se repetem através de outros artistas e discos postados aqui. Mas o que vale é também a interpretação, os arranjos e preferências. Carlos José vem acompanhado pelo regional de Canhoto, o que garante ainda mais a qualidade dessa produção. Que tal ouvirmos…

mimi
falsa felicidade
se ela perguntar
cigana
você
modinha
há um segredo em teus cabelos
chão de estrelas
dona da minha vontade
talento e formosura
estella
rapaziada do braz
.

Sidney – Ritmo Jovem (1965)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eis aqui uma postagem que tenho certeza, vai bombar. Incrível como este artista é cultuado. Um autêntico ‘cult’. Um nome para poucos, inclusive na ‘uebi’. Eu tenho para mim que ‘Sidney’ foi apenas um personagem criado pela CBS, em discos que tiveram atuação de nomes como o maestro Astor Silva e sua orquestra e José Menezes. “Ritmo Jovem” é uma raridade que poucos conhecem e sabem seu valor. Quem o procura pode dar a sorte de encontrar algum no Mercado Livre. Como a maioria dos vendedores de discos não entendem nada do que vendem, pode ser que achem um bem baratinho. Garanto para vocês que este álbum é muito legal. O repertório é internacional, mas cabe também um “Meu limão, meu limoeiro”, bem estilizada. Este disco tem aquele jeitão meio Lalo Schifrin, ou será apenas coisa dos anos 60? Bom, mas quanto ao Sidney, vou deixar rolar no piano. Uma hora alguém aparece com a história deste ‘cult’.

a taste of honey
felicia
tijuana taxi
um passeio na floresta negra
meu limão, meu limoeiro
bitter sweet samba
lollipops and roses
spanish flea
i’m gettin’ sentimental over you
love
ladyfingers
walk,don’t run
.

Leny Andrade (1975)

Olá, novamente, amigos cultos e ocultos! Como eu ontem não tive tempo para fazer uma postagem, estou hoje fazendo dupla a tarefa. E em ritmo de samba e na voz feminina, aqui vai mais um disco bacana. Tenho para vocês a grande cantora, Leny Andrade, em uma fase de samba. Pessoalmente, me impressiona mais ela em outros discos e preferencialmente cantando jazz. Mas vamos ouvi-la…

lá emcasa
antes assim
pr’um samba
taboleiro
louça
folhamorta
outro amor
falsa moral
quem mandou eu me entregar
presentes do mar
praça mauá
.

Fabíola (1981)

Olá amigos cultos e ocultos! Como a semana começou com cantoras, vamos até o final desta no timbre feminino. Estou trazendo aqui um disco lançado pela CBS no início dos anos 80, apresentando a cantora Fabíola. Confesso que não sei nada a respeito dessa artista, mas mesmo assim achei interessannte postar o seu disco, que traz uma boa produção e um repertório predominante de sambas, todos da melhor qualidade.    Valorizando ainda mais as suas qualidades, Fabíola conta também com bons arranjos dos maestros Eduardo Souto Nete, Eduardo Lages e Reinaldo Arias. Márcio Montarroyos também dá uma força como convidado especial e arranjador para os metais. Disquinho bem legal, acima da média. Só nos falta mesmo saber um pouco mais sobre a cantora. Vocês conhecem?

contrato de risco
nunca se esquece
escravo do amor
essa maré
como posso saber
malhas do tempo
é pena
todinho saudade
só uma mulher
mau costume
palavras da noite
.

Free Jazz Festival – Brasil 86 (1986)

Olá amigos cultos e ocultos! Para não deixar o Robin Kenyatta perdido em meio a tantos e diferentes títulos nacionais, escolhi par ao domingo outro disco de jazz. Quem não se lembra do Free Jazz Festival? Um evento anual patrocinado pela Souza Cruz, a maior empresa de fumo do Brasil. Promovendo uma de suas mais populares marcas de cigarro, o Free. Nome este também dado a um estilo de jazz que teve com seus maiores expoentes figuras como John Coltrane, Rashied Ali, Sun Ra e muitos outros. Porém, longe de ser um festival de “free jazz”, este foi mesmo um fetival de música, contemplano gêneros bem variados e principalmente o jazz em sua mais ampla concepção. O Free Jazz Festival teve peo menos umas 15 edições e apresentou ao longo de todos esses anos artistas dos mais variados, nacionais e internacionais. Vingou de 1985 até 2001, provando que boa música sempre teve o seu espaço. O Free Jazz só não foi mais adiante devido a política antitabagismo que passou a ser mais intensa nas últimas décadas.
Temos aqui o que representa o ano de 1986. Ao contrário do que se esperava, este álbum, embora dúplo, não é gravado ao vivo. Uma pena. São na verdade fonogramas retirados de outros álbuns. Mesmo assim, vale a pena dar uma conferida.Temos entre os nacionais Cesar Camargo Mariano, Grupo D’Alma, Ricardo Silveira, Leny Andrade, Azymuth, Egberto Gismonti, Marcos Ariel, Turibio Santos, Paulo Moura, Rique Pantoja e Grupo Cama de Gato e até Dominguinhos

stardust – wynton marsalis
prisma – cesar camargo mariano
the lady in my lafe – stanley jordan
sonho de voar – grupo d’alma
dançador ruim – dominuginhos
rock and roll shoes – bj thomas and ray charles
may i have this dance – azymuth
little big horn – gerry mulligan
bom de tocar – ricardo silveira
casa de campo – leny andrade
sun on stairs – gerry mulligan
o trenzinho caipira – egberto gismonti
seven spanish angels – ray charles and willie nelson
mistura e manda – paulo moura
prelúdio nº3 – turíbio santos
esperançao – idriss boudioua quinteto
manaus – marcos ariel
melancia – rique pantoja e grupo cama de gato

Jorge Veiga – O Eterno Jorge Veiga (1979)

Olá amigos cultos e ocultos, bom dia! Para começar bem a nossa quarta feira, aqui vai um discão do cantor e compositor Jorge Veiga. Temos aqui este álbum, lançado pela CBS em 1979, como uma espécie de homenagem no ano em que o artista veio a falecer, aos 69 anos de idade. Trata-se de uma coletânea, reunindo alguns de seus maiores sucessos, como podemos ver logo a baixo. Essas gravações, ao que me parece, não são as originais de época. Parecem regravações feitas por ele em um momento mais recente. Infelizmente, no álbum não há essa informação, mas pela qualidade das gravações e arranjos, tudo me leva a crer nisso. Outra coisa que chama a atenção é esta bela capa com ilustração de Sérgio Giannini. Bacana, não? Taí um disco raro de seu ouvir por aí… 😉

confissão de boêmio

casa que tem cachorro

faustina

fizeram muamba

recado que a maria levou

o intrujão

sambista no céu

café society

coração também esquece

festival de bolachas

almerinda

boi com abóbora

Elza Soares – Elza Negra Negra Elza (1980)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Tô atolado de serviço e para não variar, sem muito tempo para o Toque Musical. Tempo para postar e também para enviar novos links a vocês, através do GTM. Mais uma vez terei que recorrer aos meus providencias ‘discos de gaveta’.

Hoje vamos com sensacional Elza Soares em um disco gravado por ela logo no início dos anos 80. Uma boa safra, com um repertório pequeno, mas variado. Aqui iremos encontrar em dez faixas músicas conhecidas, como “Fim de Noite”, de Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli; “Cobra Caiana”, de João de Aquino e Hermínio Bello de Carvalho; “O Porteiro Me Enganou”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira e outra mais, sendo quatro do compositor Gerson Alves, com ela teve um relacionamento amoroso. Este álbum já foi apresentado em outros blogs, mas tudo bem. Muitos de vocês, por certo ainda não o ouviram. Fica aqui o toque…

como lutei

cobra caiana

timbó

o porteiro me enganou

oração das duas raças

artimanha

olindinha

fim de noite

é isso aí

samba do mirerê – capitão do mato

 

Lafayette – Apresenta Os Sucessos Vol. 18 (1974)

Boa tarde amigos cultos, ocultos e associados! Tradicionalmente hoje seria um dia para coletâneas, assim como a sexta para independentes e segunda para GRB. Mas, por enquanto vou fugir à regra e postar o que melhor me parecer.

Hoje o nosso encontro é como o organista Lafayette, figura que foi muito atuante nos anos 60 e 70. Primeiro ao lado da Jovem Guarda, onde tocou e gravou em discos de Erasmo e Roberto Carlos. Depois, nos anos 70, seguiu em carreira solo, gravando na CBS a série “Lafayettte apresenta os sucessos”, uma coleção que rendeu ao longo do tempo mais de 30 volumes. Passou um bom tempo sem gravar, mas continuou com seu conjunto se apresentando em bares, restaurantes e bailes. Em 2004 se envolveu num inusitado projeto ao lado de Gabriel Thomaz, líder da banda Autoramas. Juntos eles formaram o conjunto “Os Tremendões”, um grupo que tocava clássicos da Jovem Guarda com uma roupagem atual. Chegaram a lançar um cd com essas músicas. A última notícia que tive do Lafayette é que ele estava agora em outra, formou uma espécie de ‘big band’ para tocar música latina pop (ups!).

O disco que eu tenho aqui para vocês é o volume 18, lançado em 1974. Nele temos reunido temas realmente de sucesso, nacionais e internacionais. Com maestria, Lafayette dá um show com seu órgão e uma banda ‘cover’ que me lembrou bem Os Carbonos. Taí um disquinho muito bom para um sábado. Se quiserem ouvir, ainda há tempo de pedir. O sábado vai até a meia noite 😉

harlem’s theme

mongonucleosis

quero ver você de perto

the fireman’s rock

despedida

feelings

let’s put it all toghether

happy man

tears

tema para um samba

eu quero apenas

banana d’agua

Sidney – Isto É Dança Vol.3 (1963)

Boa tarde e boa Páscoa a todos! Achei que no feriadão eu iria ficar mais folgado e ter tempo para repor alguns toques. Mas que nada, mal sobram uns 15 minutos, que é o tempo que eu levo para fazer a postagem, isso considerando a bala já na agulha, claro! Felizmente, além dos arquivos de gaveta, tem também a pastinha com as digitalizações recentes. Daí, numa hora como essa, é uma mão na roda.

Segue aqui outro disco de Sidney, Orquestra e Côro sob a direção de Astor. Eu, por engano, acabei pegando o volume 3. Tinha por certo já ter postado o volume 2. Agora, nessa altura dos acontecimentos, vamos ficar mesmo com o volume 3. O 2 a gente vê depois, hehehe…

faz-me rir
por toda a minha vida
madureira chorou
eu quero um samba
love is a many splendored thing
devaneio
suave é a noite
les feuilles mortes
quizas, quizas, quizas…
história de um amor
agora
meu nome é ninguém

Milton Nascimento & RPM – Milton RPM (1987) REPOST

Para amenizar um pouco o contraste do rock com a mpb neste momento, estou postando o bônus da semana. Na década de oitenta os disquinhos compactos estavam literalmente fora de circulação. A onda agora eram os ‘singles’ em formato de lp. Discos também conhecidos como ‘mix’, com apenas duas músicas de cada lado. Em 1987, no auge da popularidade e sucesso, o grupo RPM, liderado por Paulo Ricardo, uniu-se à Milton Nascimento para lançarem este luxuoso ‘single’ (de capa dupla!), pela CBS. As duas músicas do disco são composições em parceria de Paulo Ricardo e Milton. Essa união inusitada, acabou gerando um certo sucesso. As duas músicas foram bem tocadas nas rádios. Eu até pensei que dessa amostra sairia um disco completo, mas não sei porquê, ficou nisso mesmo…

feito nós
homo sapiens

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Roberto Carlos – Canta A La Juventud (1965) REPOST

Olá, amiguinhos cultos e ocultos, bom dia! Agorinha, logo quando abri o meu e-mail, recebi um lembrete, acompanhado desta colaboração da minha amiga e mana, Gleice (grande garota!), informando do aniversário do Roberto Carlos, que hoje completa 70 anos! Eu nem havia me tocado para este fato. Tô com a cabeça em outro mundo.
Parabéns ao Rei! Muita saúde e paz, que é o que ele anda precisando. No ano passado perdeu a mãe e agora neste ano, também bem próximo de seu aniversário, a enteada. Coisa muito chata de se passar, eu bem sei. Vai aqui também os meus pesares. Roberto Carlos é uma pessoa marcada por fortes sentimentos e emoções. Um cara assim tem mesmo algo de especial.
O albinho de colaboração, que eu ainda não tinha, traz o nosso ídolo cantando em espanhol. Se não me engano, acho que este foi o primeiro de uma série que o artista gravou para o público latino americano (pero, la edición es brasileña). Aqui encontramos a fase mais gostosa de Roberto Carlos, a Jovem Guarda. Os arranjos e a interpretação é tal qual às originais, gravadas em português. Disquinho bacana para fazer o toque do dia. Vamos lá…

es prohibido fumar
un león se escapó
rosa, rosita
la chica del gorro
júrame
mi gran amor
mi cacharrito
mi historia de amor
naci para llorar
amapola
loco no soy más
desamarra mi corazón
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Compactos De Festivais (1968, 70, 72)

Compactos de Festivais ou festival de compactos? É, pelo jeito teremos que prolongar por mais uma semana as postagens de compactos. Está ‘bombando’, como diz o outro… Acho que vou fazer o seguinte, na próxima semana, colocarei intercalado às postagens tradicionais, os disquinhos, ou então irei revezando. Vamos ver…

Hoje temos aqui três compactos de três diferentes festivais de música. Como podemos ver logo acima (ou logo a baixo), temos: o III Festival Internacional da Canção Popular de 1968 trazendo Cynara & Cybele cantando “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, música vencedora, que levou o primeiro lugar da festa. Do outro lado temos o terceiro lugar, “Andança”, de Danilo Caymmi, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto, aqui cantanda por Danilo e Vânia (Santos Leal de Carvalho, irmã de Beth Carvalho). Segue com o III Festival Universitário da Música Brasileira, de 1970. Neste temos o MPB 4 com o samba, “Amigo é pra essas coisas” de Aldir Blanc e Sílvio da Silva Jr. Do outro lado segue o Gonzaguinha com sua música “Parada obrigatória para pensar”. No terceiro compacto vamos ter o VII Festival Internacional da Canção, de 1972, aqui representados por Jorge Ben e seu “Fio Maravilha” e o MPB 4 com “Viva Zapátria”, dos mineiros Sirlan e Murilo Antunes. Os disquinhos desta série não chegam a ser totalmente raridades, considerando que praticamente tudo dos antigos festivais pode ser encontrados na blogosfera, mas não deixam de ser uma boa e interessante opção. Vamos conferir? 😉
andança – danilo caymmi e vânia
sabiá – cynara e cybele
+
amigos é pra essas coisas – mpb 4
parada obrigatória para pensar – luiz gonzaga jr
+
fio maravilha – jorge ben
viva zapátria – mpb 4

Os 3 Do Nordeste – Mulher Com M Só (1975)

Para completar o domingo aqui vai mais trio que fez a vez nos anos 70. Formado por Cacau, Zé Pacheco e Parafuso, este grupo fez muito sucesso, principalmente no norte e nordeste do Brasil. Como o Trio Nordestino, Os 3 continuam na ativa, fazendo apresentações por todo o país.

Tem que ter suor
Omundo começou pior
Mande mais mulher
Todo coração é mole
Pedaço da minha vida
Forró de respeito
Mulher com m só
Eu tô
O nosso amor morreu
Machucando coração
Canção do roedor
Forró só em Gameleira

Pedro Santos – Krishnanda (1968)

Nas alternadas musicais, temos hoje um disco raro e conhecido por poucos. Eu mesmo, até pouco tempo atrás, nunca havia reparado na presença de Pedro Santos e seu “Krishnanda”. Um disco que vai cair bem com o clima Marcos Valle da semana. Este disco/arquivo me foi enviado por um colaborador, que como eu, pouco sabia sobre o álbum e seu artista. Por várias vezes pesquisei na rede sobre Pedro Santos, mas nunca consegui chegar além dos vagos comentários e ofertas nos ‘eBays’ da vida moderna. Em total obscuridade, este artista e o álbum tem tudo a ver com a letra da música “Um só”, terceira faixa do lp. “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…” Realmente, não houve muito o que pudesse vir a luz simplesmente pelo nome. Depois de muito fuçar, acabei caindo no blog do Ed Motta. O cara é mesmo antenado… se liga em tudo, tem um ótimo faro musical e além do mais ainda tem um blog!. Aliás, diga-se de passagem o Ed é o ‘supra-sumo’ da sofisticação – cada dia mais apurado. Foi justamente através dele (pelo blog) que me interei mais a respeito do Pedro Santos. “Percussionista importante em vários discos no Brasil, um experimentalista por excelência, inventou vários instrumentos entre eles a Tamba, tocada por Helcio Milito no Tamba Trio, e que por essa ligação é o produtor desse raro disco de 1968, o Krishnanda lançado pela CBS.” Palavras de Mr. Ed, especialíssimo!

PS.: Vivendo e aprendendo… quero colocar aqui um complemento, quase 12 horas após a publicação deste post. Na minha total ignorância, não me passou pela cabeça uma coisa que nosso amigo, o Lindo107, em seu comentário me alertou. Pedro Santos é Pedro Sorongo. Depois, pesquisando novamente, descobri que o Pedro Santos Sorongo foi aquele pandeirista do grupo de Jacob do Bandolin, famoso por seu estilo e inovações. Ele foi um inventor de instrumentos percussivos e fez muita experimentação nesse campo. O Sorongo tocou em discos de uma ‘pá de gente’ e ao contrário do que achávamos sobre ser um artista esquecido, eu diria que na verdade ele foi pouco lembrado. Fica aqui então a nossa contribuição a memória deste percussionista. Valeu?

ritual negro
água viva
um só
sem sombra
savana
advertência
quem sou eu
flor de lotus
dentro da selva
desengano da visita
dual
aranbindu

Som Nosso De Cada Dia – Sabado/Domingo (1977)

Outro disco e banda para quem eu tiro o chapéu é o Som Nosso. Tenho boas e loucas recordações dessa que foi, para mim, a banda que fez o melhor disco de rock progressivo brasileiro (falo de Snegs). Depois, com a saída de Manito (ex-Incríveis), veio este segundo álbum, o ‘meia-lua’, quer dizer, um disco para sábados e domingos. Ou seja, sábado é funk e domingo é progressivo. Um álbum que mesmo sem a presença do incrível Manito, se manteve no agrado de fans como eu. Infelizmente os caras não investiram na banda e ficaram apenas em dois álbuns de estúdio. A pouco mais de dois anos foi lançado um álbum duplo com registros ao vivo feitos naquela época. Com certeza meus assovios também estão lá gravados. Mas essa é uma outra estória que eu conto quando postar o Snegs. Vamos nessa que é legal a bessa!
PS.: Inclui duas faixas bonus que não fazem parte do álbum original.

01-Pra Swingar
02-Levante a Cabeça
03-François
04-Pra Segurar
05-Estação da Luz
06-Vida de Artista
07-Bem no Fim
08-Montanhas
09-Neblina
10-Água Limpa
11-Rara Confluência
12-Black Rio (Bonus)
13-Identificação (Bonus)

Roberto Carlos – Primeiros Discos (1959 a 62)

Nesta postagem agrupei os primeiros disquinhos do Rei Roberto Carlos. A um tempo atrás, encontrar um compacto desses era um achado. As músicas que o Roberto canta eram registros raros, apagados pela própria fama, esquecidos em nome de um novo sucesso. Hoje, continua sendo um bom negócio, não mais pelo conteúdo, mas pelo objeto em si. Aqui estão reunidos quatro discoscompactos/EP/LP de 1959, 60, 61 e 62. Mais um toque super legal.

Roberto Carlos – Louco Por Você (1961):
01 – Não É por Mim
02 – Olhando Estrelas
03 – Só Você
04 – Mr. Sandman
05 – Ser Bom
06 – Chore Por Mim
07 – Louco Por Você
08 – Linda
09 – Chorei
10 – Se Você Gostou
11 – Solo Per Ti
12 – Eternamente
Roberto Carlos (1960):
A- Canção Do Amor Nenhum e B- Brotinho Sem Juízo
Roberto Carlos (1962):
1A – Fim de Amor
1B – Malena
2A – Susie
2B – Triste e Abandonado
Roberto Carlos (1959)
A – João e Maria e B – Fora do Tom

Tavito (1980)

Sem querer fui me lembrar de um disco que gosto muito. Na verdade eu fui lembrado ao ligar o rádio, ao ouvir essa canção, “Rua Ramalhete”. Tavito é o cara. A gente quase não escuta falar dele, mas vez por outra, nas rádios sempre toca essa canção. Uma outra música bacana dele é “Naquele tempo” e também “Casa no campo” que é uma parceria com o Zé Rodrix. Tá tudo aqui nessa seleção. Este foi seu primeiro disco solo. Para os que não sabem, Tavito foi também um dos integrantes do maravilhoso Som Imaginário. Não ouvir esse albúm é um pecado.