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D. Kaláfe E Sua Turma (1967) 

Hoje, temos para vocês este compacto, lançado pelo Rosenblit, através de seu selo AU – Artistas Unidos de uma cantora paulista, de descendência árabe, chamada Denise Kaláfe. Produzida, segundo contam pelo multinstrumentista e produtor Arnaldo Saccomani, que também toca nessas gravações. Segundo contam, D. Kaláfe e A Turma faziam sucesso na capital paulista como uma banda, tendo a frente a cantora Denise que tinha um estilo muito original e moderno de se apresentar. Um repertório também modernos interpretando  música pop internacional. Parece que chegou a lançar um dois disquinhos, os compactos, sendo este de 1967 o primeiro com dois grandes sucessos da época…
 
bang bang (my baby shot me down)
this boy
 
 
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Dê Uma Canja – Projeto Radamés Gnattali Vol. 2 (1986) 

Postei há pouco tempo atrás o volume 1, do Projeto Radamés Gnattali – “Dê uma canja”. Prometi que votaríamos com pelo menos o segundo volume e aqui está ele. Então, conforme nos apresenta Hermínio Bello de Carvalho, “pegue seu instrumento, afine-o pelo sinal emitido na primeira faixa do disco. E aí, deixe a emoção a solta. Dê uma ‘canja’, tocando o melhor da MPB, na companhia dos nossos melhores músicos. Pegue a partitura, se exercite na cifras. Sinta-se um integrante dessa orquestra que, a qualquer hora, está disposta a tocar com você.” 😉
 
noite cariocas
ingênuo
feitio de oração
gente humilde
manhã de carnaval
o baião
bebê
corcovado
se acaso você chegasse
deixa
 
 

Luiz Delfino E Os Esquilos Cantores (1959)

Uma rara curiosidade temos hoje para vocês, Luiz Delfino e Os Esquilos Cantores. Segundo nos informa o saudoso Samuca em um comentário no Youtube, no canal do colecionador Luciano Hortêncio, esta gravação foi lançada em 1959, originalmente em disco de 78 rpm pela Odeon, que no ano seguinte relançaria no formato 7 polegadas (BZA 1026). Trata-se de um versão de “Christmas don’t be late”, de Ross Bagdasarian, criador de “David Seville and the Chipmunks”, em 1958 e que logo seria transformado em “Alvin e Os Esquilos”, uma franquia de sucesso que também virou desenho animado e foi também explorado com sucesso como programa na televisão americana. Aliás, um sucesso que acabou chegando aqui no Brasil, tendo o ator Luiz Delfino como o protagonista ao lado dos ‘esquilos’. Delfino, para os que não sabem começou no rádio, foi casado com a cantora Marlene, atuou também em muitos filmes e se popularizou na televisão em programas de humor, novelas e mini séries. Esta versão gravada por ele foi também lançada em Portugal pelo selo Parlophone. Como não existe uma capa para o disquinho, nós aqui procuramos fazer a embalagem de maneira que o produto ficasse mais atraente. Confiram no GTM 😉
 
a gaita do alvinho
canção dos esquilos
 
 
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Paulinho E Seu Conjunto – Um Passeio Musical (1959)

Mais uma boa raridade que há tempos estamos para postar aqui no nosso Toque Musical. Mais uma vez marcando presença, Paulinho e seu conjunto e nesta trazendo, “Um passeio musical”, numa seleção de músicas do compositor mineiro Pacífico Mascarenhas. Este é um disco muito raro e que talvez muita gente não conheça, pois foi lançado através do obscuro selo Guarani, sendo possivelmente seu primeiro e único lançamento (não me recordo de outro disco com este selo). Somente há alguns anos atrás veio a ser relançado em cd, por iniciativa do produtor cultural Marcelo Froes e seu excelente selo/editora Discobertas. O lp original é hoje quase impossível de encontrar, só mesmo por sorte, em algum sebo da vida, ou através do Discogs, pagando caro na mão de gringo esperto 😉
 
pam! pam! pam!
quantos anos
falta-me coragem
recado
cansei de esperar
em teus braços
turma da savassi
nada me importa
foi assim
não poderei mudar
saudade que vem
por favor, amor
assim, não me deves ocultar
juras de amor
 
 
 
 

Lafayette (1967)

Voltando aqui com mais um compacto. Desta vez, um dos muitos disquinhos que o tecladista da Jovem Guarda gravou pela CBS, onde era músico contratado da gravadora. Lafayette tocou em mais de 50 discos da Jovem Guarda, principalmente nos de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Já falamos dele aqui em outras postagens. Lafayette teve também um série de discos lançadas pela CBS, chamada “Lafayette Apresenta Os Sucessos”. Este compacto é uma amostra de um desses lps que faziam muito sucesso em 1967 e nele encontramos dois sucessos internacionais…
 
music to watch girl by
cassino royale
 
 
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Luiz Cláudio – Encontro Com Luiz Cláudio (1956)

Outro artista que também gostamos muito e já postamos dele vários discos é o mineiro Luiz Claudio, cantor, compositor, que agora aqui retorna em seu primeiro lp de 10 polegadas. “Encontro com Luiz Claudio” foi lançado pelo selo Columbia, em 1956. O ‘long play’ de oito faixas traz uma série de músicas lançadas antes, em discos de 78 rpm. 
 
como é bom dançar
foi num trem
saudade chegando
os pobres de paris
história de um amor
mademoiselle de paris
joga a rede no mar
não morro sem ver paris
 
 
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Papete – Voz Dos Arvoredos (1992)

Depois de uns três ou quatro discos de Papete, que tal mais um? 🙂 Taí, um artista que gostamos muito e sempre que possível, dá por aqui seu toque musical. Aqui temos dele uma produção independente que acabou sendo incorporada ao selo Discos Marcus Pereira, que nessa altura estava nas mãos da distribuidora ABW, que chegou a relançar em cd vários discos desse lendário selo nacional.
Papete foi um artista maranhense que muito se destacou no cenário da música popular regional. Gravou uns 17 discos, além de coletâneas que saíram ao longo desse tempo. Infelizmente, perdemos ele em 2016, aos 68 anos, vítima de um tumor na próstata.
“Voz dos arvoredos” foi seu oitavo disco, gravado em 1992, nos antigos estúdios da Copacabana, de forma independente. Um trabalho com nove faixas, carregado de um regionalismo fiel.
 
voz dos arvoredos
pequena danada
só de brincadeira
quintal de crioula – tocanco boieiro – carro vai virar
jadna
filhos da precisão
balanço das águas
lua diamante
maraca curumim
 

Grupo Do Tuca – Morte E Vida Severina (1965)

Checando aqui nossas postagens ao longo desses 17 anos de blog, percebo que até então, nunca publicamos este compacto maravilhoso e raro, da peça “Morte e Vida Severina, inspirada na obra poética de João Cabral de Melo Neto. Já havíamos postado aqui a trilha da peça em lp, lançado em 1966 e também a trilha na versão para o cinema, de 1977. Na ocasião, cheguei a comentar também sobre este compacto de 65 e creio que até inclui ele de bônus numa dessas publicações. Mas agora, aproveitando que ainda estamos no revezamento 7 por 12 polegadas, vamos dar a este disquinho o destaque que merece. Taí um compacto que eu não dispenso, me tornei um aficionado, já tenho oito exemplares e sempre que encontro algum outro eu tô comprando. Não há uma razão específica para essa loucura, mas já que não dão a devida importância, eu vou é tirar ele de circulação (maldades especulativas). É que eu tenho uma relação sentimental forte com este disco, desde de criança quando ainda nem sabia do que nele se tratava.
Enfim, este compacto traz trechos musicais do espetáculo encenado pelo grupo teatral do TUCA, quando então foi apresentado no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, em 1965. 
 
mulher da janela
louvor
funeral
exaltação
 
 
 

Don Pacheco E Sua Orquestra – Bailando Com Don Pacheco (1959) 

Temos para hoje, Pachequinho e sua orquestra. Um maestro e bandleader bem comentado por aqui. Na época atuando pela Polydor com o pseudônimo de Don Pacheco, lançou alguns discos. Este é o primeiro, lançado em 1959, já na onda do HiFi, um falso estéreo trazendo um repertório misto, nacional e internacional, onde o pianista e sua orquestra passeiam por diferentes ritmos dançantes da época…
 
é na guassamba que eu vou, guyassamba
eu sei que vou te amar
eterna melodia
you’ll never know
no azul dos teus olhos azuis
a filha da lavadeira
porque e para que
madureira chorou
canção do amor
guimba
sing me a song of the island
mulher ingrata
 
 

Geninho Lima – Vida Virada (198…)

Hoje estive ouvindo este disquinho compacto do guitarrista e compositor mineiro Geninho Lima. Já postamos dele um lp, em outro momento e eu nem me lembrava. O músico esteve muito atuante naqueles anos 80 aqui em Minas. Produziu muita coisa, gravou vários discos solo, inclusive este compacto simples que não sabemos precisar bem a data. Geninho é filho da famosa cantora lírica mineira Wanda Werneck. Ele tem um canal no Youtube com alguns clipes. Parece que montou uma loja para compra e venda de equipamentos musicais. Mas seus discos continuam circulando nas lojinhas e bancas de discos aqui de Belo Horizonte.
 
vida virada
puro paraíso
 
 
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Ricardo Vilas – Locomotiva (1985)

Seguindo em nossa colcha de retalhos fonográficos e complementando nosso acervo de curiosidades fonomusicais, temos desta vez o lp “Locomotiva”, do cantor, compositor e instrumentista Ricardo Vilas. Já postamos outros discos com ele, cuja trajetória artística vem desde os anos 60. Se destaca como integrante do quarteto vocal Momentoquatro, no qual também faziam parte Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel. Nesta época, Ricardo também era estudante de Psicologia e foi preso por conta da sua atuação política contra o regime militar. Se livrou da prisão por fazer parte do grupo que foi liberado em troca do embaixador americano Charles Elbrick que havia sido sequestrado por um grupo da luta armada. Foi então exilado na França, onde viveu por quase dez anos e ainda hoje mantém um vínculo muito forte com aquele país. Formou dupla com a cantora Teca Calazans com quem trabalhou até o início dos anos 80. “Locomotiva” foi seu primeiro disco solo, lançado de forma independente. Um trabalho totalmente autoral, exceto pela faixa “Expresso 2222”, de Gilberto Gil. 
 
cordão de prata
novo romântico
flor de lã
fruto generoso
feiticeira
expresso 2222
nuvem
locomotiva
a formiga
paradorxal
os astronautas
 

Silvia (1967)

Ainda vamos neste rodízio fonomusical alternando entre um lp e um compacto. Em breve, abriremos também para os cd’s, afinal, como já dissemos outras vezes, muita produção musical a partir dos anos 90 foi órfã do vinil, não tiveram a oportunidade de serem verdadeiramente um álbum, um lp…
Mas deixemos de conversa e vamos logo apresentando o disquinho de hoje, um compacto duplo, o primeiro disco da cantora Silvinha. Disco este que já sinalizava para o primeiro lp, que viria em seguida, graças ao sucesso deste 7 polegadas que tem…
 
minha primeira desilusão
ri melhor quem ri por último
nunca mais
a gatinha
 
 
 
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Razão 7 – Linha Quente (1968)

Já tivemos aqui a oportunidade de falar sobre os selos e gravadoras de ‘segunda linha’, as pequenas e obscuras editoras fonomusicais. Eram essas as responsáveis pelo lançamento de discos vendidos por correspondência, a domicílio, os boxes de gêneros sortidos, trazendo sucessos de velhas orquestras populares. Por vezes, tinham também seus artistas contratados com nomes inventados, cantando ou tocando versões de músicas de sucesso. Muitos desses artistas trabalhavam de forma anônima, apenas fornecendo seus talentos, outros eram amadores e por aí vai… Essas gravadoras/editoras trabalhavam com esse material, lapidando, transformando e até mesmo negociando fonogramas entre elas mesmas, como acontecia com Coledisc, Paladium, Codil… E é justamente uma produção da Codil, através de seu selo Ritmos, que apresentamos agora. Este arquivo/disco me foi enviado há tempos atrás, buscavam informações sobre o conjunto que está tocando, o Razão 7. Se procurarem na internet não irão encontrar muita coisa além de gente vendendo o lp como se fosse uma incrível raridade. Raro ele é, divertido também, mas não vai além da curiosidade e dos anseios de alguns jd’s. “Razão 7” é algo que, suponho, gerou apenas um disco. Pegaram um conjunto amador com sete artistas, um repertório ‘jovial’ curtido em Jovem Guarda. Qual o nome para o conjunto? Razão 7. Tem razão! 🙂
 
de perna bamba
contrato e distrato
chora tua tristeza/triste madrugada
fora de tempo
vida minha
balantema
sonho de canção
deixa o tempo passar/caderninho
there’s a kind of hush 
eu te amo mesmo assim/teresa
grovin’
cha cha cha do pato
 
 
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Benedito Nunes – Aroldo Santos (1973)

Em outros tempos tínhamos aqui o famosos ‘discos de gaveta’, aqueles que ficam reservados para cobrir qualquer lacuna, ou por outra, qualquer postagem. Na falta de tempo ou de algo melhor o jeito era apelar para aquele arquivos prontos. Hoje eu estou fazendo algo parecido. Semana começa puxada e o tempo tá curto. Então, vamos aí curtir este compacto que é quase promocional da gravadora, a Continental. Digo isso porque é um compacto simples, feito para promover duas músicas de carnaval, o samba, “Amor, amor” cantada por Aroldo Santos e a marchinha maliciosa “Oritimbó com Benedito Nunes. Dois sucessos para gente relembrar,,,
 
oritimbó – benedito nunes
amor, amor – aroldo santos
 
 
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Irio De Paula – Saudade Do Brasil (1981)

Hoje e mais uma vez temos aqui um artista que poucos devem conhecer ou lembrar, o violonista e compositor Irio de Paula. Relembrando nossa apresentação em um outro post que há tempos fizemos aqui no Toque Musical, Irio de Paula foi um renomado guitarrista de jazz europeu. Tocou com inúmeros e não menos famosos músicos de várias partes do mundo. Tem em seu currículo discográfico mais de 60 trabalhos, praticamente quase tudo lançado só lá fora. Nos anos 70 esteve na Europa acompanhado a cantora Elza Soares e por lá ficou, estabelecendo residência na Italia por 45 anos. Faleceu no Rio de Janeiro, cidade natal, em 2017, aos 78 anos.
Entre seus muitos discos, apareceu este aqui, arquivo enviado por amigos deste lp do artista, lançado na Itália, em 1981. O álbum se chama “Saudade do Brasil” e claro, traz um repertório com algumas das mais emblemáticas músicas brasileiras, reconhecidas internacionalmente e que refletem bem essa saudade, principalmente para um músico brasileiro como foi Irio de Paula. Confiram no GTM…
 
deve ser amor
ponteio
rosa morena
nordeste
odeon
upa negrinho
tudo se transformou
samba em prelúdio
sambou sambou
eva
a felicidade
 
 
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Música, Divina Música – Trilha Sonora

Temos para hoje mais uma curiosidade fonográfica e por certo, até então, uma raridade que não iremos encontrar em outro lugar a não ser aqui mesmo, no Toque Musical. Este é um daqueles discos ficou esquecido no baú das coisas descartadas num porão. Como a capa já mostra, trata-se de um compacto com a trilha de uma peça musical de Oscar Hammerstein, baseada na famosa “Noviça Rebelde”, de Richard Rodgers. A peça traz versões musicais feitas por Billy Blanco. Foi montada em 1965, no Teatro Castro Alves, com direção de Sérgio de Oliveira. Inicialmente com Teresa Cristina como a noviça rebelde, que seria substituída por Norma Suely, que na verdade é quem aparece na foto da capa deste disco. 
Infelizmente, o disquinho que temos apresenta muitos arranhões que compromete um pouco a audição. Mas ainda assim vale a pena ouvir e conhecer. Caso apareça outro disco deste em melhor estado terei o prazer de trocar por um novo arquivo. Por hora, ficamos assim, ok?
 
 
dó ré mi – tereza cristina e os filhos do barão von trapp
música, divina música – teresa cristina
edelvais – carlos alberto
 
 
 
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Trio Ternura (1968)

Bom, então como prometido, aqui temos um lp do Trio Ternura. Na verdade, o seu primeiro lp, lançado logo em seguida após o sucesso do compacto, o qual foi o que postamos aqui anteriormente. O Trio Ternura, como sabemos, foi um trio vocal formado pelos irmãos Jhusara, Jurema e Robson. Participaram da Jovem Guarda nos programas do rei Roberto Carlos. Se destacaram cantando versões da música pop americana, mas fariam sucesso a partir de 68 quando já era conhecidos nacionalmente graças aos programas de televisão. Este que foi o primeiro lp seria o último pelo selo de Nilo Sérgio. Em 1970 já eram artistas da CBS. Um dos momentos mais importantes do trio foi quando acompanharam Tony Tornado, no Festival Internacional da Canção, defendendo a canção BR-3, música de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. A história do Trio Ternura ainda tem outras passagens e discos gravados até que em 1974 eles se transformam em quinteto, o Quinteto Ternura. Já no final dos anos 70 o grupo infelizmente se desfez.
 
felicidade no amor é isso
um dia apareceu você
la la la
esperando você
nem um talvez
palavras inúteis
se eu vivia bem sem ter você
maior amor do mundo
lindo
o doutro do amor menino
canção do amor que não viveu
quero você pra mim
música para ver você passar
a raposa
selado com um beijo
 
 
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Dalva De Oliveria – Parabéns Belém (1966) 

Há tempos atrás alguém me enviou os arquivos deste curioso e raro compacto com a cantora Dalva de Oliveira, disquinho este que até então eu não conhecia. Trata-se de um lançamento promovido por uma antiga e famosa loja de departamento, a Radiolux (tipo Mappin, Mesbla, Casas Bahia…), que existia em Belém do Pará, comemorando os 350 anos da cidade, naquele ano de 1966. Segundo contam, a composição principal do disquinho, “Parabéns Belém”, é uma homenagem à cidade, de autoria dos proprietários das Lojas Radiolux. Certamente, a produção foi limitada e assim poucos devem ter ouvido ou conhecer essa raridade. O compacto simples foi gravado por Dalva de Oliveira quando atuava pelo selo Odeon, em 1966. Nesta época, Dalva ainda se recuperava do terrível acidente de transito que vitimou quatro pessoas, sendo que ela também se machucou bastante. Ela retomaria a carreira e ao público de verdade, no início dos anos 70. Portanto, este compacto, para a grande maioria de nós, era até então um trabalho obscuro. Para os que não conhecem, confiram no GTM…
 
parabéns, belém
consagração do samba
 
 
 
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Dilermando Pinheiro – Viva O Samba (1958)

Outro disco que eu achava já ter postado aqui no Toque Musical era este, “Viva o samba”, do Dilermando Pinheiro. Um clássico dos anos 50, já em 12 polegadas, lançado pelo selo Audiola, da Musidisc. Difícil encontrar um exemplar deste em bom estado. Básico em qualquer discoteca da música popular brasileira. Aliás, eu diria que o melhor mesmo seria ter todos os discos onde aparece esse sambista. Gosto à beça! E você? 🙂
 
até amanhã
nega risoleta
faceira
vai haver barulho no chateau
retratinho
vai cavar a nota
velhos tempos
mágoas de vagabundo
conversa de botequim
emilia
minha palhoça
estão batendo
menina fricote
bondosa senhora
seu libório
 a lalá e a lelé
 
 

Trio Ternura (1967)

Estive observando que nosso Toque Musical quase nada postou ao longo do tempo coisas do Trio Ternura. Na verdade, nunca chegamos a postar um disco, o que é de se estranhar, afinal são quase vinte anos de blog e o Trio Ternura fez parte da história da música popular brasileira e por certo, não poderiam ficar fora da nossa lista. Então, aqui vamos com um grande sucesso, o segundo compacto, do trio vocal formado pelos irmãos Jussara, Jurema e Robson. Neste disquinho temos duas canções, “Palavras inúteis” e “Nem um talvez”, sendo essa segunda um grande sucesso da época, o que acabou levando o trio ao primeiro lp, que viria em seguida, em 1968.
Para compensar a falta, ou a demora em postar coisas desse trio, prometo que ainda nesta semana a gente traz o lp, ok? Confiram no GTM…
 
nem um talvez
palavras inúteis
 
 

Flor De Cactus – Alicerce Da Terra (1982)

Hoje, temos para vocês mais um disco do grupo Flor de Cactus. Digo mais um porque este é o terceiro disco deles que postamos aqui e também é o terceiro da carreira, lançado pela RCA, em 1982. Neste e mais uma vez, o grupo demonstra toda sua identidade, num disco com um repertório bacana, como vocês poderão conferir no Grupo do Toque Musical. Além das composições autorais há também músicas de Gilberto Gil, Alceu Valença, Vinicius Cantuaria, Petrucio Maia e Carlos Pita. Como nos discos anteriores a produção é de Leno. Confiram…
 
alicerce da terra
serena
momento coração
chuva de vento
pássaro amarelo
movimento das aguas
margarida
chororo
sonho lunar
mar de são joão
o que dizer ao menino
 
 
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Zezé E Simões – Barragem (1981)

Entre os diversos discos que andei digitalizando para um amigo, havia entre eles este compacto de uma dupla, Zezé e Simões, supostamente, músicos paranaenses, pois o disquinho foi gravado em um estúdio em Curitiba. Me chamou a atenção por ser algo que até então eu não conhecia. Produção independente, música rural de boa qualidade (não confundir com sertanejo) que vale a pena conhecer. Infelizmente, não achei nada a respeito dessa produção e seus autores. Mas fica aqui registrado. Afinal, só mesmo no Toque Musical pode haver tanta diversidade e surpresas. Não é mesmo?
 
barragem 
mágoas de caipira
 
 
 
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Waldemar Spilman E Sua Orquestra – Dancando Com Waldemar Spilman E Sua Orquestra (1956) 

Há discos que na hora da escolha para postagem, eu as vezes o faço apenas pela capa, pela estampa. Me chamam a atenção, me pedem para ilustrar o nosso Toque Musical. É mais ou menos o caso deste disco aqui. Capa só em duas cores, mas que dá um show em termos de uma composição em artes gráficas. Acho linda e faz o nosso espaço ficar ainda mais bonito, não acham? 
Pois bem, temos aqui Waldemar Szpilman, músico polonês que veio para o Brasil em 1925. Conforme já nos descreveu sobre ele, nosso saudoso amigo Samuca, em outro disco que já postamos aqui, Spilman tinha uma sólida carreira musical como violonista e também tocava saxofone e clarineta. Era compositor e também foi regente de orquestra. Atuou em casas noturnas e também em bailes, onde era muito requisitado. Também integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e foi programador da Rádio MEC. Segundo contam, era primo do pianista Wladyslaw Szpilman, retratado no filme “O pianista”, de Roman Polaski. Em 1956 a Continental lançava seu primeiro disco, uma bolacha de 78 rpm contendo  as músicas “Penthouse mambo” e “Samba em fantasia”. No mesmo ano sairia então este lp, de 10 polegadas com mais seis músicas, completando assim este disco dançante, com samba, fox, bolero e mambo. 
 
laura
samba em fantasia
sax-cantabile
vamos com calma
dancing in the dark
penthouse mambo
speak low
tenderly
 
 

Remo Usai – Trilha Sonora Do Filme Boca de Ouro (1963) 

Na pressa, em busca de um compacto, acabei achando, por acaso, esta raridade aqui… Alguém me mandou os arquivos deste disquinho há algum tempo atrás. Pena que as imagens da capa estão em baixíssima qualidade. Como se vê, trata-se da trilha original do filme Boca de Ouro, de Nelson Pereira dos Santos, história adaptada da peça de Nelson Rodrigues, de 1963. O filme é estrelado por Jece Valadão, Daniel Filho e Odete Lara. A trilha é do compositor e maestro Remo Usai, que também era dono do pequeno selo San Remo. Bem legal, vale a pena ouvir e também ver o filme, claro! 🙂
 
abertura 
tema
 
 

Risadinha – As Bombas De 1958 (1958)

Passa o Carnaval, mas inevitavelmente ainda ecoa o espírito da coisa nesses velhos discos que a gente insiste em postar 🙂 Eis aqui um autêntico sambista carnavalesco, Risadinha, artista que já apresentamos aqui em diferentes postagens. Agora trazemos ele em um lp completo, lançado pelo selo Continental, no final de 1958. Título, hoje, curioso, “As Bombas de 1958”. Mas naquela época ‘bomba’ era uma gíria e aqui se refere ao estouro nas paradas de sucesso. Depois, acho que ganhou um cunho pejorativo, passou a ser referencia de coisa ruim (claro, não há bomba boa). Mas no caso do nosso disco aqui seria uma injustiça dizer isso. O que temos é uma seleção de músicas que fizeram sucesso naquele ano, não apenas sambas, mas tudo no final bem temperado, na interpretação inconfundível de Risadinha
 
ave maria lola
bom dia café
nêga didi
cabelos prateados
aperta-me em teus braços
fim de estrada
interesseira
nono mandamento
vai, mas vai mesmo
é da banda de lá
chega de saudade
prece ao sol
 
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Jânio Quadros – Ele Vem Aí! (1960)

O carnaval acabou, mas a marchinha continua… Vamos aqui fazendo a transição dos dois momentos quentes deste fevereiro, o Carnaval e a manifestação política do dia 25, patriotários apanhando de torcida organizada, com participação especial da polícia distribuindo cassetada. Vai ser loco…
E para fazer a transição, que tal uma marchinha politica, um jingles da campanha do excêntrico Jânio Quadros? É claro que a curiosidade aqui também está no suporte fonográfico. Ao invés de um disco de vinil, um cartão de papel plastificado. E como se vê, com um furo no meio. Pode ser colocado em um tocadiscos, em rotação 78 e equivale a um disco compacto. Só toca do lado da face do Jânio. A qualidade do som é um tanto sofrível, mas para o que era feito estava de bom tamanho. 
Este cartão fonográfico foi criado no intuito de arrecadar dinheiro para a campanha a Presidência em 1960. Custava 35 cruzeiros e certamente, naquela época não venderam muitos considerando o imediatismo da coisa e a questão partidária. Pois, o tempo passou, aquilo que custou tão barato, hoje vale um bom dinheiro se trombar com um colecionador certo 🙂
 
ele vem aí!

 

Carnaval Do Bom Humor (1961)

Mais uma curiosidade carnavalesca. Desta vez temos aqui uma seleção de cantores-humoristas interpretando 16 marchinhas. Músicas de carnaval, naturalmente, são bem humoradas e neste lp, da Copacabana, lançado para o carnaval de 1961 a ideia era colocar nesta série de marchinhas as vozes de diferentes artistas do riso, seja do circo, do teatro, do rádio, cinema ou televisão. Entre as músicas escolhidas, ressalta o texto, apenas a música “O bom menino”, sucesso do palhaço Carequinha, foi adaptada para marcha. Participam do disco artistas que hoje poucos hão de lembrar, figuras como Carequinha, Arrelia e Pimentinha, Zé Pinguinha, Seu Ouvelindo, Fuzarca e Torresmo, Moacyr Franco e Izabel Camargo.
 
o bom menino
velho bossa nova
mustafá
o que foi que eu fiz?
psicoteste
só tem tan tan
lá em casa todo mundo ó…
obrigado, minhas fãs
a careca do careca
seu ouvelindo
que quero me casar
tá louco seu
tá de colher
dona didi
conta de mentiroso
bicho da cara preta
 
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Carnaval No Rio (1960) 

Para não haver enganos, aqui vai um outro disco de carnaval com o mesmo título, “Carnaval no Rio”, da postagem anterior. Por certo deve haver outros com o mesmo nome, mas o que muda é o ano, a gravadora e claro, os artistas e repertório. No caso aqui, temos uma seleção carnavalesca de 1960, lançada pela Continental e assim como a Todamerica e outras, ela reúne alguns artistas de seu ‘cast’ para apresentar a seleção daquele ano. Nesse, temos uma seleção muito boa com diversos e alguns raros artistas por aqui…
 
miss petrolina – homero marques
feche a porta – jamelão
naquela base – orlando correa
não quero mais sofrer – risadinha
carnaval na rua – araci costa
na base do amor – bill farr
a tabajara em joão pessoa – orquestra trabajara
me dimira muito – ronald golias
cacareco é o maior – risadinha
favela amarela – araci costa
nesta eu não vou – bill farr
perdi você – jamelão
vai saudade – orlando correa
o crides – ronald golias
 
 
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Carnaval No Rio (1956)

No embalo carnavalesco vamos agora trazendo este raro 10 polegadas, lançado em 1956, pelo selo Todamerica. Por certo, um disco para fazer frente ao carnaval daquele ano e apresentando seu leque musical com diferentes artistas de seu ‘cast’. Uma seleção com sambas e marchas de sucesso daqueles carnavais que já não existem mais…
 
marcha do golpe – raul moreno
sonhei com a tua imagem – venilton santos
cara feia – ivete garcia
pau d’agua – juanita cavalcanti
vida mansa – ciro monteiro
marcha dos canoeiros – virginia lane
me empresta teu lenço – raul moreno
um brasileiro em paris – orlando correia
 
 
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S. C. Filhos De Gandhi – Cânticos De Gandhi (1981)

Na pausa entre os bloquinhos, aqui em Beagá, aproveito para postar mais um disquinho de embalar o carnaval. Aqui temos este compacto de 1981, registrando o famoso grupo de afoxé Filhos de Gandhi, coisa que só mesmo o baiano tem condição de criar, principalmente se a coisa passa pela música ou dança. Eles são mesmo bastante criativos. E no caso deste grupo, uma tradição que se inicia no final dos anos 40. A história do grupo é grande e pode ser facilmente encontrada pelo Google. Porém, registros como este se limitam a pequenas produções e nem sempre estão acessíveis, ou ficam depois de passarem por aqui, por exemplo… De volta, lá vem outro bloco…
 
cânticos de gandhi
 
 
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