Jacob Do Bandolim – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 51 (2013)

E chegamos à edição número 51 do Grand Record Brazil, apresentando a quarta e última parte desta retrospectiva dedicada a este mestre das cordas que foi Jacob do Bandolim. E neste volume, o acervo do pesquisador Sérgio Terra nos revela 20 gravações que nunca foram lançadas comercialmente, feitas em gravador doméstico durante os antológicos “saraus” que o mestre promovia em sua casa, no bairro carioca de Jacarepaguá, semanalmente. Abrindo esta seleção, a valsa “Quando me lembro”, de outro bandolinista famoso, Luperce Miranda (1904-1977), por ele próprio gravada originalmente em 1932. O choro “Murmurando”, que vem em seguida, não é a famosa composição do maestro Fon-Fon, parece ser um outro choro do próprio Jacob. “O voo da mosca”, também do mestre, é uma réplica ao “Voo do besouro”, de Rinsky e Korsakov, e seria por ele gravada na RCA Victor em 1962, no álbum “Primas e bordões”. “Mariposa da luz” é da pianista e professora de música Neusa França, só gravado comercialmente em 1973, pelo citarista Avena de Castro. Na faixa 6, outro clássico do choro, “Flor do abacate”, de autoria de Álvaro Sandim (1862-1919), surgido em 1913, na fase mecânica de gravação, em registros do Grupo Faceiro e dos Chorosos do Abacate. Jacob do Bandolim o gravou duas vezes pela RCA Victor, em 1949 e 1960. E já que, neste 2013, comemoramos os 150 anos de nascimento do compositor e pianista Ernesto Nazareth (1863-1934), ele comparece nesta seleção de inéditas do mestre Jacob com uma de suas obras mais famosas, a polca-choro “Apanhei-te cavaquinho”, faixa 4, surgida em disco no ano de 1916, na gravação do flautista Passos, e inúmeras vezes regravada, inclusive pelo próprio Nazareth em solo de piano. Temas clássicos também batem ponto nesta seleção: a “Valsa número 7 de Chopin” (temos também a “número 1”) e as “Czardas”, do italiano Vittorio Monti (1868-1922). “Noites cariocas” é outro choro clássico do mestre Jacob, por ele lançado em 1957 e com inúmeras regravações, sendo até hoje peça obrigatória no repertório de qualquer “chorão”. “Receita de samba” e “Vibrações” são outras composições muito apreciadas do mago do bandolim, e foram por ele gravadas na RCA Victor em 1967, no excelente álbum “Vibrações”. Um certo doutor Formiga (quem seria?) recita um “Poema para Jacob”, por ele feito em justa homenagem ao mestre. Chico Buarque comparece aqui com “Carolina”, composição surgida em 1967 no Terceiro Festival Internacional da Canção (FIC), da TV Globo, defendida por Cynara e Cybele, recém-saídas do Quarteto em Cy. Jacob muito admirava Chico, e previu, acertadamente, que ele “atravessaria os anos”. O mestre também apresenta sua valsa “Santa Morena”, cuja gravação comercial, de 1954, está no volume 3 de nosso retrospecto. A clássica valsa “Velho realejo”, de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, é outro clássico de nosso cancioneiro, e foi lançada em 1940 na voz de Sílvio Caldas, sendo várias vezes regravada. Outro clássico é “Três estrelinhas”, de autoria de Anacleto de Medeiros (1866-1907), músico, compositor, fundador e regente da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Recebeu depois letra de Catulo da Paixão Cearense, sendo rebatizada como “O que tu és”. Antônio d’Áuria (1912-1988) aparece como uma espécie de convidado especial, nas faixas “Poesia e amor”, de Mário Álvares Conceição, só gravada comercialmente em 1976 por outro bandolinista, Déo Rian, e “Helena”, valsa de Albertino Pimentel, surgida ainda no tempo da gravação mecânica, em 1909, em execução da já mencionada Banda do Corpo de Bombeiros carioca. Encerrando esta seleção tempos “Marilene”, choro de Pixinguinha e Benedito Lacerda, por eles próprios lançado em 1950, com o mestre Pizindim ao saxofone e Benedito à flauta (na verdade a música é só de Pixinguinha, e Benedito entrou como parceiro por acordo comercial entre ambos). Enfim, um tesouro raro, de notável importância histórica, que o GRB oferece a tantos quantos apreciem a boa música instrumental brasileira. As 122 fitas cassetes gravadas por Jacob do Bandolim durante seus “saraus” foram doadas ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, e aqui apresentamos uma preciosíssima amostra deste trabalho. Bom divertimento!
Texto de SAMUEL MACHADO FILHO.

Contando Com Uma Pequena Ajuda Dos Amigos (Cultos e Ocultos)

MEUS PREZADOS AMIGOS CULTOS E OCULTOS. DESDE QUE EU CRIEI ESTE BLOG NUNCA FIQUEI MAIS DE UMA SEMANA SEM ABASTECÊ-LOS COM NOVIDADE. E DIGA-SE DE PASSAGEM, POSTAGENS SEMPRE DIÁRIAS! INFELIZMENTE, AO LONGO DESSE TEMPO E MAIS EXATAMENTE NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS, TEMOS ENFRENTADO DIVERSOS PROBLEMAS E OBSTÁCULOS QUE VÃO SE TORNANDO CADA VEZ MAIS INTRANSPONÍVEIS. QUEM ACOMPANHA DE PERTO O TOQUE MUSICAL VÊ O QUANTO EU TENHO BUSCADO ALTERNATIVAS PARA MANTER ACESA A CHAMA. REALMENTE, NÃO É MOLEZA E SÓ MESMO O PRAZER E A DEDICAÇÃO FAZEM COM QUE O NOSSO BLOG CONTINUE EM SUA MISSÃO. COMO TODOS DEVEM SABER, ESTAMOS PARADOS DEVIDO À UMA SÉRIE DE PROBLEMAS. OS LINKS PELO MEDIAFIRE DESATIVADOS (PRATICAMENTE 90% DE TUDO QUE FOI POSTADO AQUI) FOI UMA SITUAÇÃO DESANIMADORA. PARA PIORAR, TIVE AGORA PROBLEMAS NO MEU COMPUTADOR PRINCIPAL. PENSEI QUE O PROBLEMA FOSSE ALGO FÁCIL DE RESOLVER, MAS A COISA ESTAVA PIOR DO QUE EU IMAGINAVA. TEREI QUE TROCAR PRATICAMENTE TODO O COMPUTADOR. O PIOR DISSO TUDO É REMANENJAR OS ARQUIVOS, REINSTALAR PROGRAMAS, REFAZER O MESMO ESQUEMA DE ARQUIVOS QUE EU TINHA ANTES. ISSO VOCÊS NÃO FAZEM IDEIA DO QUANTO É TRABALHOSO. ESPERO NA PRÓXIMA SEMANA COMPRAR UM NOVO COMPUTADOR. MAS PARA TUDO CONTINUAR FUNCIONANDO COMO ANTES, TEREI QUE MANTER O VELHO WINDOWS XP. SÓ ELE ENTENDE AS MINHAS NECESSIDADES. E POR FALAR NISSO, EM NECESSIDADE, ESTOU PRECISANDO DE UM NOVO PROGRAMA DE SOM, UM NOVO SOUND FORGE, COMO ESTE DA ILUSTRAÇÃO. SERÁ QUE EU POSSO CONTAR COM UMA PEQUENA AJUDA DOS AMIGOS? SERÁ QUE ALGUÉM AQUI TEM ESSE PROGRAMA? MAS, POR FAVOR, NÃO PODE SER DEMO, OU DAQUELES PROGRAMAS CRAQUEADOS. TEM QUE SER ORIGINAL, OK? QUEM PUDER AJUDAR, POR FAVOR, FAÇA EM CONTATO. ENTRE MUITAS COISAS QUE O TM PRECISA PARA VOLTAR, ESSA É UMA DAS MAIS IMPORTANTES. CONTO COM VOCÊS!

Suzy King – A História E As Histórias De Georgina Pires Sampaio

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Espero que todos tenha tido um ótimo natal. Agora é nos prepararmos para as festas do fim de ano.

Retomando as nossas postagens, eu hoje abro o espaço para o pesquisador Alberto Oliveira, que vem colhendo informações sobre Suzy King, uma curiosa artista dos anos 50 e 60. Conforme Alberto, esta artista chegou a gravar discos, o que atiçou ainda mais o meu interesse em ajuda-lo. Segue aqui uma marchinha carnavalesca gravada por ela em 1960. “Me leva prá lua” E logo a baixo a nota do pesquisador:

Georgina Pires Sampaio… Uma mulher bela e exótica que, depois de mais de vinte anos dedicados à vida artística, desapareceu misteriosamente dos palcos. Suzy King era o seu nome de guerra. Dançarina, cantora, atriz e faquiresa.
Ousada e solitária, Suzy morava num apartamento em Copacabana com várias cobras de estimação e lutava contra uma sociedade que se esforçava em marginalizar a mulher independente. O que terá acontecido a Suzy King? Em busca de encontrar resposta a essa pergunta, criei o blog http://suzyking.blogspot.com.br com tudo o que encontrei sobre ela até o momento.
Gostaria de pedir a quem tenha qualquer informação ou lembrança sobre Suzy King que entre em contato comigo pelo e-mail
betodec30@yahoo.com.br  –  
Alberto Oliveira

 

Tito Madi Canção Dos Olhos Tristes (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Em minha última ida ao Rio (de Janeiro), andei comprando alguns discos. Entre esses trouxe também este disco do Tito Madi. Um álbum realmente muito bonito, lançado pela CBS em 1961, safra onde muita coisa boa apareceu (inclusive eu, hehehe…). Havia esquecido de posta-lo e só lembrei agora por conta do amigo Chris Rousseau que foi quem deu ‘um trato’ no som. Observando rapidamente pela Rede, não vi ainda este disco postado em nenhum outro blog. Será? Bom, mas isso não importa. Seja como for, aqui vai a minha ‘versão dos fatos’. Segue assim “Canção dos olhos tristes”, álbum onde Tito é acompanhado pela orquestra do maestro Lyrio Panicali e traz além de suas belas composições, músicas de Luiz Antônio (Chorou, chorou); Hianto de Almeida e Meira Guimarães (Pra você); Fernando César e Lyrio Panicali (Presente do céu); Luiz Bonfá e Reinaldo Dias Leme (Tanto amor) e Esther Delamare (Eu queria sonhar) que também escreve o texto da contracapa. Querem conferir o toque? Então aguardem que logo ele estará no GTM. Quem ainda não se associou, faça-o já. Mas, por favor, antes de vir com dúvidas de como ‘baixar’, leiam antes as orientações contidas aqui, ok? Ta tudo muito bem ‘mastigadinho’, é só engolir… 😉

canção dos olhos tristes

chorou, chorou…

graças a deus você voltou

pra você

presente do céu

até quando

é fácil dizer adeus

tanto amor

canção de sorrir… de chorar

onde andará minha saudade

eu queria sonhar

nem um adeus

Carlos Piper – O Som Espetacular Da Orquestra De Carlos Piper (1965)

Bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Manhã fria de domingo. Estou quase voltando para a cama. Aliás, nem sei porque eu fui levantar tão cedo. Deve ser força do hábito. Xiii… lembrei, hoje é Dia dos Pais! Que cabeça a minha! Depois que mudei de posição, deixei de ser filho para ser pai, acho que parei de me preocupar com essa data. Podia até ter postado aqui algum disco ‘do papai’, mas creio que todos que eu geralmente posto são da época do papai 🙂

Hoje eu trago para vocês um disco muito legal. Taí uma orquestra do jeito que eu gosto, bem ‘swingada’ e com um repertório impecável. Temos aqui o maestro argentino Carlos Piper e sua orquestra dando um baile de qualidade. São doze temas mistos, entre clássicos nacionais e internacionais. O que vale aqui é mesmo a atuação da orquestra, nota 10! No texto de contracapa eles já antecipavam, seria o melhor lp instrumental lançado naquele ano de 1965. Também não é para menos, a orquestra contava com grandes instrumentistas, um time como os melhores músicos daquele tempo. Vejam na contracapa 😉

nanã

balanço zona sul

bye bye love

a hard days night

hava nagila

55 days at pekin

the pink panther theme

from russia with love

consolação

aurora

perdido

like someone in love

Bebel Gilberto – Stadtgarten Koln Germany 2000 (2012)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! “A necessidade faz o sapo pular”. Hoje o dia foi puxado e o final de semana promete… Estou com o meu tempo todo tomado. Ainda assim me sobra um último fôlego para a postagem do dia. Eu não tive tempo de preparar nada. Aliás, hoje é dia de artista/disco independente. Mas, especialmente hoje, vou fazer diferente. Como tenho à mão algo mais prático, vamos a ele. Vamos de Bebel Gilberto em um ‘bootleg’ exclusivo. Temos aqui a cantora Bebel Gilberto em apresentação na Alemanha, em 2000. São dez músicas extraídas de sua apresentação em 24 de novembro de 2000, no ‘Stadtgarten’ de Koln, na Alemanha. Informações sobre o show? Necas! Não vou me dar ao trabalho, na pressa em que eu estou, ficamos apenas na apresentação. Vale a pena dar uma conferida, a qualidade do áudio é dez 🙂

samba da benção
alguém
samba de verão (so nice)
sem contenção
tanto tempo
mais feliz
august day song
samba e amor
lonely
bananeira

Juca Chaves – Personalidade (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Coisa mais curiosa, ao longo desse mês de outubro que passou umas quatro pessoas, em momentos diferentes, me perguntaram sobre o Juca Chaves e este seu disco, o “Personalidade”. Eu tinha por certo que já havia postado o álbum. Diante a confusão e atendendo aos pedidos, aqui vai o tal disco.

“Personalidade” foi seu segundo lp, lançado em 1961, pela RGE, com orquestração e regência do maestro italiano Simonetti. O álbum nos traz algumas de suas personalissimas composições, músicas que marcaram uma época. Algumas, inclusive, vieram a ser relançadas em outra edições e coletâneas, constam inclusive em disco já postados aqui no Toque Musical.
Hoje, se ainda me sobrar algum tempo, vou fazer mais um agrado, uma postagem extra para quebrar o ritmo. Vamos ver se rola…
verinha
que saudade
segurei seus dúbios passos
quando partiste
os teus olhos
verde olhar encantado
mudança de destino
caixinha, obrigado
chapéu de palha com peninha preta
auto retrato
por teu sorriso
se tu soubesses