Hoje vamos com um disco/banda, que por certo, não poderia faltar neste mês de ‘rocks e afins’. Aqui temos “O Culto Secreto do Anjo Gabriel”, disco de estréia do grupo pernambucano Anjo Gabriel. Uma superprodução em álbum duplo para fazer jus a um trabalho singular, que nos remete a uma psicodelia retardada (no bom sentido, claro), como aquele ácido que só bateu depois… No caso aqui há uns 50 anos ou mais. O som da banda é um retorno a uma atmosfera sessentista e a uma mesclagem de bandas progressivas, psicodelicas e pitadas de krautrock. Um prato cheio num tempo de pratos rasos.
Mais uma banda de rock para o nosso toque musical. Desta vez, temos o Intelligence, um grupo de hard rock que nasceu nos States, liderado pelo guitarrista Claudio Celso. O grupo estava em São Paulo para fazer um show de apresentação para um produtor da RCA Victor, buscando o lançamento de um lp. Até então o grupo era formado por Cláudio Celso, o baixista Pedro Infantozzi, seu irmão Albino Infantozzi e um vocalista americano. Mas foi na passagem de som, onde por acaso estava no comando o vocalista do Tutti-Frutti, o versátil Simbas, que a coisa tomou outro rumo. Simbas, no ajuste do som, cantou algumas coisas com o grupo o que acabou impressionando o produtor. Este, por sua vez, condicionou a produção do disco, desde que Simbas assumisse os vocais. E assim acabou acontecendo. Em 1986 era lançado então o Intelligence. Um disco bem produzido, um quarteto afinado e sob os cuidados de uma grande gravadora. Conseguiram emplacar pelo menos um sucesso, a excelente, “Manhê”, um hard empolgante que hoje em dia já se tornou um clássico. Excelente banda, mas que infelizmente ficou apenas neste disco.
E aqui mais uma superprodução do Luiz Carlos Calanca e sua Baratos Afins… Ratos de Porão e seu luxuoso álbum “Descanse em paz”. Luxuoso por se tratar de um lp de capa dupla e incluíndo encarte, coisa então rara para uma banda punk/hardcore/metal. Mas o álbum é num todo super bem produzido e para muitos é considerado o melhor disco da banda de João Gordo. Para outros, os punks ‘raiz’, foi considerado uma traição ao movimento porque neste lp a influência é o metal, o trash metal.
Mais um disco para a nossa temporada ‘hard-metalizada-tupiniquim’… Desta vez, temos o Centúria, um dos conceituados grupo de hard/metal paulista da geração 80. Gravaram dois lps ao longo da existência da banda, sendo este, “Última Noite” o primeiro, em 45 rpm, lançado numa produção de Luiz Carlos Calanca e sua editora/selo Baratos Afins, em 1986. Logo após o segundo disco, “Ninja” o Centúrias encerrou as atividades. Porém, algum tempo depois, Calanca relançou na versão digital os dois discos em um só cd, com direito a extras que não haviam entrado nos discos originais. Certamente, ainda é possivel encontrar as duas versões na loja.
Alguém já disse que rock só funciona bem cantado em inglês. Com certeza, alguns tipos de rock só rola mesmo se for em inglês, inclusive por conta de sua fonética. O heavy metal é um bom exemplo. Já imaginaram um Led Zeppelin cantado em português? O mesmo vale para diversas outras bandas do gênero metal. Aqui no Brasil sempre tivemos músicos excepcionais capazes de tocar rock, talvez até melhor que muito americano, ou inglês… Mas o que pega mesmo é a língua. Isso acaba sendo um problema principalmente para o vocalista/cantor, tentar driblar o som das palavras. E por outra, buscando uma equivalência até mesmo na ‘poesia’, o que acaba parecendo um arremedo.
O Inox me soa algo assim. Uma super banda, com músicos talentosos. Formada por Paulinho Toledo nos vocais, Fernando Costa na guitarra, Segis CApuano no baixo e o grande Rolando Castello Junior (Patrulha do Espaço). Gravaram apenas este lp, um álbum bem produzido, mas que não recebeu a devida atenção da gravadora na hora da divulgação. A coisa ficou limitada a ‘cena Galeria do Rock’. Aqueles anos 80 estavam mesmo de amargar para o rock’n’roll.
Seguindo em nossa onda rock’n’roll, vai aqui o Mutilator, uma banda de thrash/death metal formada os anos 80, dentro da cena metal de Belo Horizonte. Eles lançaram dois lps pela lendária Cogumelo Records e também participaram de coletâneas. “Into The Stranger” foi o segundo disco, lançado em 88 e já com outra formação. Dois dos membros originais saíram, Rodrigo e Ricardo Neves, entrando em seus lugares Armando e CM. Kleber e Magoo fizeram deste um trabalho bem mais elaborado, com uma produção de qualidade, mas que não garantiu a continuidade da banda que se desfez pouco tempo depois. Passados quase trinta anos, o Mutilator retomou seus trabalhos, desta vez ressucitado pelos irmãos Neves, que haviam deixado a banda ainda nos anos 80. Ao que parece, a banda continua na ativa.
Atendendo aos pedidos daqueles que sabem que nosso canal de comunicação e comentários é o velho e bom e-mail (toquelinkmusical@gamil.com), vamos aproveitar o mês de setembro para continuar postando algumas curiosidades do rock brasileiro. No caso, bandas dos últimos 40 anos…
E nesta, vamos hoje com a banda de blues/rock paulista, Ave de Veludo em seu primeiro e único disco, produzido e lançado em 1984 por Luiz Calanca e seu selo Baratos Afins. Entre muitas coisas boas que o selo lançou, este por certo, está entre os melhores. Um trabalho autoral de muita garra, rock e blues rasgados, sujo e com muito peso. Não foi atoa que mereceu uma reedição em cd, incluíndo mais seis músicas. E para surpresa, tanto o lp quanto o cd podem ainda ser encontrados na loja Baratos Afins. E sinceramente, vale muito a pena ter esse trabalho em uma coleção.
Por hora, vamos invernar um pouco nesse tal de ‘rock’n’roll tupiniquim’. Hoje, abrimos a semana com esta coletânea, um ‘split’ com cinco bandas de Sampa lançado pela RGE, em 1985. Na seleção temos a veterana Made In Brazil e bandas então recentes da cena rock paulista, Máscara de Ferro, Di Castro e Sangue da Cidade, Eclipse e Atack. Em outros tempos a gravadora teria lançado essas bandas em discos compactos, o que poderia dar a elas mais visbilidade, mas já nos anos 80 a ordem era as coletâneas em disco de 12 polegadas. Nessa hora, fica até dificil dar um nome para o disco. Mas depois de ouvir fica claro o porque de “Metal Rock”, ao invés de “Rock Metal”. Curiosidade que vale a pena conhecer, inclusive porque boa parte dessas gravações só estão neste lp. Confiram…
Aqui um outro disco de rock para aproveitar o momento… Desta vez temos a banda Patrulha do Espaço em seu quinto lp de estúdio, um disco lançado em memória ao baixista Sérgio Santana, falecido em 1991. Em 92 este lp foi gravado, contando com a participações de Percy Weiss e outros ‘patrulheiros’ e lançado em 93 pelo selo independente Aqualung.
Talvez, muitos de nossos amigos e seguidores possam estranhar nossas últimas postagens, mas é sempre bom lembrar que no Toque Musical não temos conceitos e nem preconceitos. Temos limite, mas para esses não vamos dar nem cartaz. Então, seguindo na empolgação do heavy metal, vamos aqui com outro, “Chaos A.D.”, álbum clássico da banda Sepultura, em sua formação também clássica com Max, Igor, Paulo e Andreas. Lançado em 1993 pelo selo americano Roadrunner Records. É, sem dúvida, um dos melhores momentos da banda.
Do punk de ontem, passamos hoje para o metal e no caso aqui, um lançamento recente, do ano passado. Apresento a vocês, “The Evil – Seven Acts To Apocalypse”, segundo álbum desta sinistra banda de ‘doom-metal’, um subgênero do heavy metal pautado no peso, em um andamento lento e arrastado. Uma trilha bem torturante, sombria. E no caso aqui faz todo o sentido, inclusive pelo tema tratado, “Seven acts to Apocalypse”, aborda os sete pecados capitais, também conhecidos como vícios capitais ou pecados cardeais. O trabalho musicalmente falando (e para o gênero) é muito bom. Tanto assim que recebeu ótimas críticas de revistas especializadas. O curioso e também o motivo de estar sendo postado em nosso Toque Musical é que o The Evil é uma banda mineira, aqui mesmo de Belo Horizonte. Formada por excelentes músicos da cena rock e metal da cidade. Neste disco eles se apresentam com pseudônimos e também não mostram suas caras. The Evil é um quarteto formado por: Theophylactus (baixo), Saenger (bateria), Iossif (guitarras) e Mistres Wournous (vocal). Todos músicos oriundos de bandas como Sepultura, Sarcófago, Chakal, Pesta, Melissa, Vol. 4, Sabbra Cadabra e outras.
Este álbum foi lançado pelo selo francês Osmose Productions e somente dentro do mercado europeu. Aqui no Brasil, os interessados tem que desembolsar uma nota preta para importar o lp que é verdadeiramente um luxo, vinil 180 gramas, capa dupla, incluíndo encartes, poster e livreto, tudo muito bem impresso. Padrão europeu. E a propósito, as fotografias do álbum são minhas 🙂
Confiram no GTM, completo e com direito a fotos extras 😉
Atendendo gregos e troianos, seguimos neste mês de setembro com o mais variado cardápio, uma autêntica colcha de retalhos, para que fique bem claro que aqui se escuta música como outros olhos 🙂
E olha só o que temos para hoje… Garotos Podres e seu impagável primeiro lp, lançado em 1985 sob o título “Mais podres do que nunca”. Para um disco de punk rock e independente, pode-se dizer que este lp fez sucesso, tendo uma marca de vendagem de 50 mil cópias. Foi eleito como um dos melhores discos de punk rock brasileiro. O trabalho foi gravado em apenas 12 horas. Teve um relançamento pelo selo Lup-Som em 86 e novamente em 1988 e desta vez com uma outra capa e título, “Pisando na M…” Ainda hoje é editado em cd, mantendo a estampa original.
E na sequencia, vamos de Trio Elétrico Dodô & Osmar. Uma produção de Armandinho e Moraes Moreira e também uma homenagem a Osmar que naquele ano de 1978 havia falecido. O trio é formado pelo mesmo time familiar de Osmar Macedo, no caso os filhos, Betinho Aroldo e, claro, Armandinho. Moraes Moreira também está presente neste trio elétrico. “Ligação” é um lp que transcende o carnaval, vale ser ouvido em qualquer tempo…
Na colcha de retalhos que já demonstra ser setembro, temos para hoje este disco da banda de rock carioca Black Future. Foi o disco de estréia deste grupo carioca que fazia uma mistura de elementos do pós punk com rock experimental e até samba. “Eu sou o Rio” foi um lp produzido por Thoma Pappon, da banda Fellini, que também participa em algumas faixas. Da mesma forma, tem também as participações especiais de figurinhas de peso do rock/pop nacional como Edgar Scandurra, Paulo Miklos, Chacal, Edu K e outros… É, sem dúvida, um disco da melhor qualidade, das coisas boas produzidas no rock/pop nacional nos anos 80.
Aqui um disco que eu acreditava já termos publicado em outros tempos, porém, se foi não está indexado. Assim, vamos ao disco, pois na pior das hipótesis vale a pena ouvir de novo. Temos então o genial Baden Powell em um album gravado na França, em 1977. Como se pode ver pela capa e também pelo título, temos um Baden, além de violonista, cantor, interpretando composições sua com dois grandes poetas e parceiros, Paulo Cesar Pinheiro e Vinícius de Moraes. O violonista vem acompanhado por um grupo de músicos franceses e percussionistas brasileiros. O repertório não podia ser melhor. Um disco que surpreende até mesmo o públcio brasileiro…
Na diversidade musical de nossos encontros diários, hoje vamos com André Geraissati, violonista, compositor e produtor musical. Um artista que infelizmente o Brasil não conhece como deveria. Músico de renome internacional. Já o apresentamos aqui no Toque Musical outras vezes e agora trazemos ele de volta em seu primeiro álbum solo, lançado em 1982 pelo selo Carmo, de Egberto Gismonti, que por sinal participa do disco e é também o produtor. Trabalho maravilhoso para quem gosta de música instrumental. Confiram…
Vinícius Cantuária é um artista que ainda não tinha passado por aqui, então, boa oportunidade é hoje, neste mês de setembro, onde iremos destacar os lançamentos e curiosidades das décadas mais recentes. E assim, vai um disco do Vinícius Cantuária, o sexto de sua carreira, lançado em 1991 pelo selo Chorus/Som Livre. Cantuária é um músico, multinstrumentista, cantor e compositor de origem amazonese. Sua atuação profissional começa no início dos anos 70. Foi baterista do Terço, da Banda Atômica de Jorge Mautner e também tocou com músicos como Caetano Veloso, Gil e Luiz Melodia. Gravou seu primeiro disco em 1982. De lá pra cá já foram mais de 20 discos e cada vez mais longe do pop, numa postura bem madura em relação a autêntica música popular brasileira. Em “Rio Negro” já se percebe isso, um disco com mais pretenções de qualidade musical e poética do que em busca do sucesso imediato. Porém, duas músicas deste disco fez muito sucesso, “O grande lançe é fazer romance” e “Garotos”. Curiosamente, há uma outra música, talvez um pouco mais antiga, também sucesso do pop nacional, “Garotos II – O outro lado”, de Leoni que é bem parecida com essa de Cantuária. Mas, “Rio Negro” é um disco que vale a pena ouvir. Participam deste trabalho convidados como Chico Buarque, Lulu Santos, Arthur Maia, Victor Biglione e mais um monte de feras, o que garante ser este um trabalho da melhor qualidade. Confiram…
Dia triste para a música, para nós… Lá se foi o Sérgio Mendes, partiu para uma nova jornada. E nós aqui, seguimos e mais que nunca, ouvindo tanta coisa bacana que ele nos deixou. Aqui no Toque Musical já postamos muitos discos dele e hoje fazemos esta postagem em sua homenagem. Uma coisa que nem sempre temos feito, ainda mais nesses tempos onde temos perdido tantos grandes nomes da música brasileira, um atrás do outro… Melhor não… Senão, logo seremos chamados de Toque Final e não Musical. Piadinhas a parte, vamos ao álbum, “Primal Roots”, aqui no Brasil lançado como “Raízes”, também 1972. Entre tantos discos, este é mais um dos seus excelentes trabalhos e por acaso, o único disponível dos anos 70 que ainda não foi publicado aqui. Repertório bacana, música brasileira de raiz com tempero apropriado para gringo degustar.
E então, chegou a vez do Serguei, a lenda da psicodelia, figurinha rara no mundo do rock’n’roll tupiniquim. Aliás, mais figura do que roqueiro. Seu maior triunfo foi ter cruzado com a Janis Joplin. Uma história que todo mundo já sabe. Dizia ele que ‘comeu’ a cantora, mas cá pra nós é mais fácil ela ter comido ele. Enfim, histórias… Aliás, ele tinha muitas histórias. Nunca conseguiu um sucesso, mesmo assim, por conta da sua postura, poser de roqueiro de alguma super banda, acabou conquistando uma legião de fans. Teve a grande oportunidade de participar do primeiro Rock In Rio e por conta dessa visibilidade toda ganhou até um contrato para gravar este lp, lançado em 1991, com produção de Michael Sullivan. O repertório é legal, mas ele consegue fazer ficar ilegal, hehehe…
Mais uma boa curiosidade nos espera… Desta vez temos o cantor e compositor Dalto em um disco que fez muito sucesso… Bom, pelo menos é o que parece quando olhamos a capa. Porém este não é o lp “Pessoa”, lançado em 1983. Este aqui é um disco com a mesma capa, porém, uma coletânea com alguns de seus sucessos em espanhol. Seria de se supor que fosse para o mercado internacional, porém, este disco foi também lançado no Brasil. Curiosidades…
Há pouco mais de um mês postamos aqui o primeiro disco do cantor e produtor gaúcho, Franco. Atendendo a pedidos (isso porque o disco já estava a mão), trazemos o segundo, lançado pela Continental em 1978. Este é um lp que desperta muito interesse em djs por conta de alguma sequencias de samba-rock e o suingue das composições de Luiz Vagner, Bedeu, Helio Matheus e outros. Interessante…
E para hoje temos Aguilar e Banda Performática. Um disco de artista para artistas. Uma proposta poetica visual e musical criada em no início dos anos 80 pelo artista José Roberto Aguilar. Segundo ele, “foi uma epécie de ícone transgressivo que aconteceu na contracultura daquele momento. Fundada por (ele) um pintor performático que não sabia nem cantar…” Reunindo uma turma de jovens amigos (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Lanny Gordin e outros…) E assim nascia a Banda Performática e este lp, produção independente e por essas e outras, também um disco raro. Aguilar daria sequencia a banda que mais tarde se tornaria a Orquestra Perfomática e depois, mais uma vez, Banda Performática. Este lp recebeu uma segunda edição com uma capa um pouco diferente. Aguilar gravou outros discos com sua Banda Performática com outras formações. Vale a pena conhecer…
E entramos em setembro… Neste mês vamos dar atenção aos discos a partir da década de 70. Tem muita coisa pedindo um toque musical 🙂 E entre nossos interesse há um pouco de tudo, seja pela raridade, pela curiosidade, seja pela necessidade…
E aqui temos um disco do cantor Sérgio Murilo, alías, o último disco que ele gravou. Uma produção independente que infelizmente não ajudou muito o nosso artista que já passava por uma fase de depressão. “Tira-teima” foi um verdadeiro fracasso. Disco um tanto inexpressivo, talvez por conta da própria produção. Porém, é um lp raro, deve ter tido uma tiragem pequena. O peso do nome do artista faz a coisa valer.
Fechando nosso mês de agosto com o grande Luiz Gonzaga neste lp de 10 polegadas, lançado pela RCA Victor, em 1957. Um pequeno, mas rico mostruário da música nordestina através de seu mais legítimo representante. São oito temas clássicos, quase todos de sua autoria com Humberto Teixeira e Zé Dantas.
Mais um disco que chama a atenção, principalemente de colecionadores estrangeiros que nessa altura já levaram possivelmente todos os exemplares que tinham disponiveis nos sebos. Ainda bem que podemos pelo menos escutar e conhecer de maneira digital. E aqui é o lugar 🙂
“Samba Very Kar” é um lançamento do antigo selo CID Internacional com pouquíssimas informações além do que temos na contracapa. Um lp com os seguintes músicos: Chaguinha, Dionysio, Guimarães e Zé Maria, que dão ao disco a garantia de um trabalho de qualidade. Isso sem falar no repertório…
Aqui temos Paschoal Melillo, instumentista (acordeon, piano e sax) que atuou dos anos 30 aos 60. Considerado o primeiro paulista a tocar baião. Tocou em cassinos e nas rádios. Gravou seus primeiros discos nos anos 50. Este lp de dez polegadas apresenta músicas lançadas na época também em discos de 78 rpm. Neste lp temos Paschoal Melillo esbanjando talento ao saxofone nas quatro primeiras faixas. No outro lado do disco temos o compositor e acordeonista. Quatro faixas autorais, desta vez com Melillo no acordeon. Disco que vale a pena ouvir…
Trazemos hoje Ed Lincoln, artista que despensa maiores comentários. Várias vezes apresentado aqui, inclusive em pseudônimos que ele usou para gravar por diferentes gravadoras. Um músico com uma longa trajetória e muitos discos. Inclusive, achavamos que este lp de 1968 já tivesse sido postado. E já que não, porquê não? 🙂 Eis então o lp que ele gravou através de sua própria produtora e selo, Savoya Discos. Um trabalho onde nosso artista tem total liberdade de criação, produzindo assim um de seus melhores discos. Confiram…
Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
Mais uma boa curiosidade fonomusical temos hoje. Trazemos o violonista gaúcho Octacílio Amaral em seu primeiro lp, “S. Excia. O Violão. Um disco da melhor qualidade e que por certo merece o nosso toque musical. A seleção do repertório, bem variada, reforça a versatilidade deste músico. Como ele mesmo nos atenta, duas faixas chamam bem a atenção: “Apanhei-te cavaquinho”, que pela primeira vez foi gravado em violão e dedilhado, sem palheta. Ficou bem diferente. Outra é a faixa “Praça 11”, onde Octacílio dá um verdadeiro show tirando efeitos únicos em seu violão. Muito bom, vale a pena conferir…
Ladico e seu conjunto, grupo instrumental surgido no final dos anos 40 e liderado pelo guitarista e compositor Geraldo da Silva (o Ladico). Tiveram destaque ao longo dos anos 50 chegando a gravar dois lps, sendo este, “Posto 1 ao Posto 6” o primeiro, lançado em 1959 através do selo Todamerica. Um lp cujo o repertório passeia por um grupo de músicas bem selecionadas entre sambas, choros, fox e boleros daquele momento. Vale a pena conferir…