Boa noite, amigos cultos e ocultos! Fazendo jus ao nosso lema, “música para se ouvir com outros olhos”, vamos trazendo discos que só caberiam mesmo a esse sítio. Só mesmo no Toque Musical é possível encontrar o inimaginável. Então, vamos fazer valer esta semana. Hoje temos aqui o Coral da Universidade Católica de Minas Gerais, sob a direção musical do Padre Nereu de Castro Teixeira. Este lp foi lançado em 1975 por ocasião de aniversário de 20 anos dessa universidade, criada em Belo Horizonte em 1955 e que a partir dos anos 80 passou a se chamar PUC – Pontifícia Universidade Católica. O repertório do Coral da UCMG é montado num leque variado que vai da seresta ao erudito, do popular à música sacra e por aí vai…. Muito bem gravado, por sinal. Vale a pena conferir…
Bom dia, minha gente, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o Coral Santa Clara, um grupo vocal formado em Belo Horizonte por religiosos católicos, possivelmente nos anos 70. Achar informações sobre este coral não é nada fácil, pois para começar existem outros corais com o mesmo nome. O pouco que temos falar deste coral é o que podemos encontrar na contracapa deste disco que aqui apresentamos. O Coral Santa Clara, nos anos 80, se apresentava aos domingos no programa “A Santa Missa em Seu Lar” pela Rede Globo de BH. Tinha como regente a religiosa Irmã Betânia e um contingente de até vinte elementos, incluindo os músicos e no qual destacamos também a presença do cavaquinista Waldir Silva. O coral gravou inicialmente um compacto duplo com quatro músicas de serestas: “Linda flor”, de Cândido Costa e Henrique Vogeler; “Felicidade de caboclo”, de Pexincha e Gino Alves; “Tardes de Lindóia”, de Zequinha de Abreu e “Velho realejo”, de Sady Cabral e Custódio Mesquita. Essas mesmas músicas foram incluídas neste lp, lançado posteriormente em 1984. E como podemos ver trata-se de um repertório essencialmente de serestas, como nos indica o título. Na sequencia de nossas postagens vou trazer também um outro volume que tenho aqui, pois o Coral Santa Clara chegou a gravar mais discos. Vamos conferir aqui e aguardar o próximo, ok?
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Enfim chegamos a mais um começo de mês e a programação por aqui não pára. Nesta semana vamos nos dedicar aos discos de corais, música de câmara e outros quitutes do gênero. Taí uma série que creio, nunca postamos por aqui. Ou já? São tantas emoções que as vezes, só checando no index. Mas por certo, os discos que irei postando são novidades por aqui. Começo então trazendo o ‘Concerto de Mariana’, um disco muito especial, pois celebra a restauração e o retorno do antigo órgão da Catedral de Mariana (MG). Obra prima do barroco alemão, esse órgão é um dos poucos que ainda existem no mundo. Foi construído por volta de 1700, possivelmente pelo mestre organeiro Arp Schnitger. Chegou ao Brasil e foi instalado na catedral em 1753. Acompanhou durante quase dois séculos a evolução da música sacra no Brasil. Ao logo do tempo ele foi se desgastando e acabou não tendo as devidas manutenções de preservação. Foi ouvido pela última vez em 8 de dezembro de 1937. Somente no final dos anos 70, através de financiamento de empresas alemãs aqui no Brasil que este órgão começou a ser restaurado. Sua máquina foi levada para a Alemanha onde foi totalmente reparada. 47 anos depois, no mesmo dia 8 de dezembro, no ano de 1984, o órgão voltaria a ser ouvido, dia glorioso da Conceição de Nossa Senhora. Nesta data memorável, o órgão de Mariana, foi apresentado sob os acordes da “Missa em Fá Maior’, de José Emérico Lobo de Mesquita e o “Concerto n. 4 em Fá para Órgão e Orquestra”, de Haendel, também peças de Bach e Vivaldi executadas pelo organista francês, François Chapelet, que foi acompanhado pela Orquestra Brasileira de Câmara e Coro, sob regência do maestro Michel Cordoz. Confiram este disco no GTM…
missa em fá maior, de joaquim emérico lobo de mesquita
concerto n. 4 em fá maior, opus 4 para órgão e orquestra, de georg friedrich haendel
ladainha in honorem beatae mariae viginis, de joaquim emérico lobo de mesquita
beatus vir (salmo III) para solistas, dois coros e duas orquestras, de antonio vivaldi
concerto duplo em ré menor para violino, oboé e orquestra, de johann sebastian bach
Olá amigos cultos e ocultos, como vão todos? Espero que estejam usando o bom senso: FIQUE EM CASA! Aproveitem para baixar e ouvir o que rola por aqui, pois como todos devem saber, os links ativos duram não mais que seis meses e já não fazemos mais a reposição. Portando, fiquem ligados… Seguindo em frente, temos nesta postagem um disco que merece nosso toque musical, “Saudade Esquecida”, um lp de Sérgio Lima Netto, produtor e compositor. Ele idealizou este projeto, no qual temos três cantores, Celeste, Jayme Luiz e Alberto Arantes interpretando suas composições, feitas quase todas em parceria com outros músicos. O trabalho é bem bacana e ele ainda conta com um time de músicos de primeira. Lançado em 1982 pelo então recente selo independente PPA (Paladar Produções Artísticas). Não deixem de conferir no GTM…
Olá, amiguíssimos cultos e ocultos! Aqui estou eu novamente trazendo um daqueles discos que a gente não encontra informação em lugar algum, inclusive no próprio álbum, que se limita a lista de músicas e uma pequena ficha técnica que em nada contribui para a nossa apresentação. Eis aqui o Grupo Xodó em seu disco de 1977, lançado pelo selo Copacabana. Um quinteto vocal muito bom e que certamente passou batido, pois como eu disse, nada sobre eles ficou registrado até então. Se pelo menos tivéssemos os nomes dos integrantes que não fosse de maneira tão informal como colocaram: Beto no baixo; Toninho na bateria, Nando na guitarra e violão; Dinho na flauta e Joãozinho nos teclados. Parece que só pensaram nos mais chegados, os amigos e parentes do Grupo Xodo. Enfim, coisas da indústria fonográfica. Mas o que nos importa aqui é antes de tudo conhecer o som dessa rapaziada. Eles fazem uma música bem na linha de artistas como o Trio Mocotó, as duplas Tom e Dito e Antonio Carlos e Jocafi. Samba com swing, funkiado, sambalanço… Taí um disco que eu recomendo, muito bom. Confiram no GTM
Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Mais um ‘disco de gaveta’ para preencher as lacunas dos atrasos, que infelizmente não tenho como evitar. Depois que se retoma ao trabalho, mesmo que de maneira remota, o tempo começa a ficar escasso. Mas vamos lá… Trago hoje para vocês, Machadinho e Seu Sax-soprano no lp “Tudo é ritmo”, lançado em 1969 pelo selo Premier. Um disco praticamente quase todo autoral e instrumental, no qual ele se mostra bem a vontade nos mais diferentes ritmos. Seja no choro, no maxixe, no samba, no bolero, no pop ou no cha cha cha.. Infelizmente, as informações sobre este músico/artista são escassas, ou quase nenhuma, se limitando apenas ao próprio disco. Seja como for, vale dar uma conferida no GTM.
Boa noite, queridos amigos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez recorro aos ‘discos de gaveta’, da seção ‘colaboração’, ou seja, coisas que me são enviadas e eu vou guardando para momentos como este de encher lacunas. Porém, o disco que agora eu apresento não se limita em apenas completar nosso diário fonomusical. Nossa escolha é precisa 😉 Aqui temos Guimarães e o Grupo Som Sagrado. Um disco curioso do maestro e tecladista José Guimarães, lançado em 1976 pelo selo Crazy. Aliás, esse selo deu vida a muita coisa interessante. Quando digo curioso, me refiro a essa faceta ‘moderna’ do Guimarães que a gente percebe até em sua estampa, cabelos longos, calça boca-sino… Taí um disco diferente, ou talvez nem tanto, considerando também que aqui estamos nos anos 70. Guimarães vem acompanhado pelo Grupo Som Sagrado e nos apresenta um roteiro musical variado para agradar quem está na festa. E não é para menos, pois seu repertório contempla diferentes gêneros, do ‘dancing music’ ao carimbó, do pop internacional ao samba e não falta também rock e um instrumental. Inevitavelmente, soa como conjunto de baile e é bem certo que Guimarães e o Grupo Som Sagrado tenha feito muitos por aí a fora. Este lp é hoje uma raridade e de uma certa forma se tornou também um disco cultuado por colecionadores da nova geração. Vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Boa tarde, caríssimos amigos cultos e ocultos! Quando acontece algum imprevisto e eu me vejo sem condições para preparar uma nova postagem, eu recorro aos meus velhos e bons ‘discos de gaveta’, aqueles que são como notícias de jornal prontas para cobrir alguma lacuna. E nesses últimos dias eu acabei deixando as publicações de lado. No momento estou sozinho na empreitada e nem nosso bom amigo Samuca eu quis amolar. Daí, atrasamos o diário e para corrigir, as vezes, só postando o que já está pronto. Assim, hoje temos a presença do Agostinho dos Santos, artista que mais uma vez nos honra com sua arte. O disco em questão é um lançamento do selo Continental, de 1969. Eu tinha para mim que este lp era na verdade uma coletânea, pois geralmente nesses casos os discos não trazem informações técnicas. Mas segundo fontes confiáveis, por este selo ele gravou dois discos, este de 69 e outro lançado em 73, talvez por conta de sua morte, em julho desse mesmo ano. Neste lp de 1969, como podemos ver na foto da contracapa, ele interpreta um repertório bem interessante, onde cabem músicas nacionais e internacionais, todas bem conhecidas do público. Vale a pena conferir no GTM…
Boa noite companheiros, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro de samba é com o artista amazonense Chico da Silva, cantor, compositor e poeta. Temos dele este disco “Samba: Quem Sabe Diz…” que foi seu álbum de estréia, lançado em 1977 pelo selo Polydor. Ele cavou essa oportunidade quando no mesmo ano a cantora Alcione gravou dele o samba “Pandeiro é meu nome”, que fez muito sucesso. Essa mesma música ele gravou aqui neste disco e foi também grande sucesso, pois fez parte de uma trilha de novela da Rede Globo. Chico da Silva esteve muito atuante nas duas décadas seguintes, gravando com regularidade. Teve ao longo da carreira uma dezena de discos gravados. Outros artistas também gravaram suas composições. Na década de 90 acabou se afastando do palco por conta de uma doença que o impossibilitou de cantar. Acredito que hoje em dia ele viva no Amazonas. Pelas últimas informações que consegui, ele em 2008 chegou a se candidatar a vereador pela cidade de Manaus. Confiram no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Peço que me desculpem o atraso nos links das postagens no Grupo Toque Musical. Vez por outra acontece isso por conta de alguma falha, geralmente a qualidade do áudio não está boa, daí precisamos refazer tudo. Mas fiquem ligados, pois logo o link chega no GTM, ok? Bom, seguindo no ritmo do samba, aqui temos um disco lançado pelo selo CID, aquele do Harry Zuckerman, que investia em produções mais baratas, principalmente de artistas do samba. Aqui temos um bom exemplo neste que foi o volume 3 da série Partido Alto Nota 10. Nele encontramos, de um lado, o grande Bezerra da Silva e do outro, Reyjordão, sambista de partido alto, pagodeiro que é mais conhecido nas rodas de samba carioca. Essa série Partido Alto Nota 10 é um trabalho dos mais interessantes que busca reunir a nata desse gênero de samba. Eu sempre entendi o samba de partido alto como aquele original, de raiz que ao descer o morro se transforma em pagode, não na essência da palavra, mas como produto já manufaturado. Aqui, ele ainda é bruto em sua essência e seus personagens são autênticos. Para quem não conhece, vale a pena uma conferida… Logo está entrando no GTM 😉
Olá amigos cultos e ocultos! Cá estamos com mais um disco de samba. Desta vez temos aqui o Grupo Fundo de Quintal, que já teve aqui um outro de seus discos publicado. O Fundo de Quintal é um grupo de pagode formado no final dos anos 70. Surgiu a partir do bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Pelo grupo já passaram uma dezena de sambistas, principalmente da Escola de Samba Imperatriz Leopodinense. Pelo grupo passaram nomes de peso do samba, figuras como Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Bira Presidente, Arlindo Cruz, Cleber Augusto, Neocy, Walter Sete Cordas e outros feras… O grupo, ao que parece, continua na ativa, hoje com outros integrantes. Gravaram mais de 30 discos ao logo da carreira. E hoje o que apresentamos aqui é o primeiro. Disco de estréia no qual trazia Bira, Ubirany, Jorge Aragão, Sereno, Almir Guineto, Neoci e Nemeato. Neste primeiro disco o Fundo de Quintal emplacou sucessos com “Você quer voltar”, “Sou Flamengo, Cacique de Ramos”, “Gamação danada” e outros. Disco produzido por Durval Ferreira e apresentação da saudosa Beth Carvalho. Não deixem de conferir no nosso GTM.
Fala aí, amiguinhos cultos e ocultos! E o samba continua para a alegria de todos. Hoje o nosso encontro é com o Grupo Semba, nome, por certo, criado para um conjunto de estúdio neste projeto “20 Sambas Top”. Segundo informam na contracapa “Semba” é uma expressão Nagô que significa ‘umbigada’ e da qual se originou, por corruptela, a palavra ‘samba’. Este disco tem a produção de Waldir Santos e arranjos e regência de Messias Santos Jr. Traz um repertório de vinte sambas bem populares, duas músicas por faixa, que agradam em cheio. Como toda boa capa dessa época e para essas coletâneas sempre havia uma pitada de sensualidade. Essa moça com carinha sapeca, por exemplo, já apareceu estampando outros discos do mesmo naipe.
Olá amigos cultos e ocultos, olha nós aqui outra vez no balanço do samba! E hoje temos Genaro e o Grupo Favela. Disco bem popular nas rodas de samba, lançado no início dos anos 80 pelo selo Esquema. Aqui temos o Grupo Favela, um conjunto de pagode que seguia bem na linha de outro famoso, Os Originais do Samba. Na parceria temos o sambista Genaro Soalheiro, que fez parte do Conjunto Nosso Samba. Genaro foi também compositor e produtor, trabalhando com muitos artistas do mundo do samba. Com o Grupo Favela, Genaro gravou dois discos. Gravou também com Bezerra da Silva e em seus últimos anos de vida dedicou-se a produção de discos de samba enredo, do carnaval carioca. Através de suas produções revelou muitos sambistas. Injustamente, nunca gravou um disco solo. Mas fica eternizado em discos como este que traz um repertório bacana, cheio de músicas conhecidas de compositores como Donga, Pixinguinha, Martinho da Vila, Luiz Airão, entre outros… e o próprio Genaro em parceria com Nenem do Cavaco no samba “Ilusão de pobre”. Não deixem de conferir no GTM…
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! No balanço do samba eu hoje estou trazendo um disco que eu descobri recentemente. Um desses discos que logo de cara a gente vê que se trata de uma produção independente e até modesta. Num primeiro momento achei até que fosse algo regional, um disco de temática rural ou algo parecido. Mas bastou colocar o disco na vitrola para entender que se trata de um disco de samba. O lp tem informações na contracapa e também tem um encarte com as letras, mas nada o suficiente para falarmos de Dailton, seus amigos e o Grupo Coração da Massa. Não tem data e também parece não existir para o Google, tanto o disco quanto o artista, um verdadeiro mistério. Mas seguindo por pistas deixadas aqui e ali, acredito que seja um artista que veio do Rio de Janeiro, mais especificamente de Niterói. Quem é do samba e também da cidade deve conhecer o nosso artista. Aqui, o máximo que posso fazer é apresentar o trabalho, um disco de samba muito bom, competente e que vale o nosso toque musical. Confiram no GTM.. E se tiver informações sobre Dailton Ribeiro, manda pra gente, tá?
Boa tarde, meus queridos amigos cultos e ocultos! Na luz da inspiração da temática ‘samba’, um artista que não poderia faltar, Antonio Candeia Filho, ou simplesmente Candeia. Já postamos dele aqui, em outra época, o seu segundo e o quinto álbum. Desta vez voltamos trazendo “Luz da Inspiração”, disco lançado em 1977, pela Warner, através do selo internacional Atlantic. Este foi seu quarto e último trabalho lançado ainda em vida. O disco de samba super bem produzido por Guti e Mazola. Aqui temos doze sambas, quase todos autorais ou em parceria. Mais um clássico do gênero e sempre visitado pelas novas gerações de sambistas. Infelizmente, Candeia veio a falecer um ano depois, deixando o álbum póstumo Axé. Um artista com uma pequena discografia, porém compôs muita música, as quais foram gravadas por dezenas de artistas e entraram para a história da nossa música popular. Não deixem de conferir no GTM…
Fala aí, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Boa noite para todos! Estamos trazendo hoje mais um disco de samba. Um álbum hoje raro de se ver e também de se ouvir. Aliás, nosso artista, o cantor Djalma Dias, é um desses nomes esquecidos e seus discos, assim como sua biografia é coisa rara de se achar. Fiquei mesmo espantado por não ter nas fontes de referências musicais nada sobre esse artista. O cara gravou vários discos, cantou em festivais, na noite paulista e também no carnaval, onde foi puxador de escola de samba. Mencionam também que Djalma Pires procurava seguir a mesma trilha de Jair Rodrigues, inclusive cantava de modo parecido. Infelizmente, pouco existe sobre ele na internet além de suas próprias gravações, que podem ser encontradas no Youtube. Aqui temos dele um lp de 1978, lançado pelo selo Chantecler e com arranjos e regências do grande Zé Menezes. Dez sambas de gabarito, como se dizia antigamente. Não deixem de conferir no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! E enquanto a pandemia não passa e a gente fica nesse isolamento, melhor mesmo é se distrair com música, seguindo, por exemplo, as postagens do Toque Musical. Aqui sempre tem uma novidade e muitas surpresas. É só seguir no nosso ritmo… Olha aí, no ritmo do samba, temos para hoje um disco clássico. Disco da Elenco, com músicas de Baden Powell e Vinícius de Moraes e tendo Ciro Monteiro cantando, não precisa dizer mais nada. Este é um lp já bem rodado na ‘blogsfera’, mas como tantos, é aqui que ele encontra o seu lugar de referência. Maravilhoso disco de samba canção que não poderia faltar por aqui. Confiram…
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Cá estamos nós para mais uma postagem diária. É, neste ano voltamos aos velhos hábitos, ou pelo menos pretendemos. E hoje eu trago para vocês um disquinho enviado pelo amigo Denys, rapaz talentoso que recupera áudio, recria as capas e selos com grande precisão. Temos aqui um raríssimo compacto triplo de 45 rpm, do genial Lupicínio Rodrigues, lançado em 1960 pelo selo Copacabana. Taí um disquinho que eu não conhecia e certamente muita gente por aqui também não. Mas eis que buscando no Google algumas informações sobre ele, acabei chegando numa página que nos traz um texto dos mais interessante, da jornalista e escritora (e querida) Janaína Azevedo Lopes, que caí como uma luva nessa nossa postagem: Em 29 de dezembro de 2015, apareceu no YouTube a reprodução na íntegra do extended play Bossa Velha, de Lupicínio Rodrigues, com data de 1960 e selo da Copacabana. É um álbum raro, do qual se encontra pouca informação na internet. Neste link do CollectorsFrenzy, por exemplo, sabemos que uma edição do disco foi objeto de um leilão, em 2014, ao preço de 102,51 dólares. Segundo o site, três apostas foram feitas. Além da raridade, outro aspecto que Bossa Velha traz é o próprio som, extremamente refinado, resultado de uma gravação impecável. A “bossa velha” de Lupicínio é um samba cadenciado, com toques de jazz e uma interpretação elegante da poesia do porto-alegrense. Em seis faixas, Lupi canta o cotidiano de seu relacionamento, faz pedidos e alertas à mulher, tanto melancólico quanto apaixonado, e irreverente ao ponto de soar ofensivo hoje em dia. O desenho da vida boêmia está lá, por exemplo, na letra de “Esta eu conheço”, que inicia aos versos de “mandei buscar minha mulher pra casa, apesar do seu mau proceder. Pra solucionar minha casa, sem mulher não posso viver”. Duas faixas depois, o gaúcho canta “Prova de amor”, que nada mais é do que exigir que a esposa cuide da casa enquanto ele trabalha: “Que vantagem tenho em possuir o seu amor se eu que trabalho com o frio e com o calor, quem ama faz sacrifício você pra mim nunca fez eu que pago as contas quando chega o fim do mês”. Mas Lupi também canta sua ternura com, e quando o faz, é com um lirismo tão belo quanto simples: “querer desfazer a minha mágoa é tentar abrir buraco na água” canta ele em “Pegador de bolinha”…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Começando bem a semana, vamos seguir no samba. Ontem foi Jamelão, hoje temos Jorginho Pessanha, sambista, compositor e cantor. Célebre integrante a Ala dos Compositores da Escola Império Serrano. Segundo informações do Dicionário Cravo Albin da MPB, Jorginho Pessanha se destaca a partir dos anos 60, como compositor. Fez parte da delegação brasileira que se apresentou num festival de arte, em Dakar, no Senegal. Integrou o grupo de músicos que acompanhavam Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Heitor dos Prazeres e outros. Infelizmente, pelo Google há muito pouca informação sobre o artista e até mesmo no Cravo Albin essas são superficiais e incompletas. Este disco, por exemplo, “Tô muito na minha”, embora tenhamos fotos da capa e até as músicas no Youtube, não consta lá em sua discografia. Aliás, até onde eu pesquisei, Jorginho Pessanha gravou somente uns três ou quatro discos, incluindo este que estamos apresentando. Não deixem de conferir no GTM…
Boa noite de domingo, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais uma vez temos a honra de apresentar aqui um disco do grande Jamelão. Figura emblemática do Carnaval carioca e mais exatamente Mangueira, a qual ele pertenceu, sendo o intérprete oficial da Escola, de 1949 até 2006. Embora não gostasse de ser chamado de puxador de escola de samba, ele foi o maior cantor da ‘linha de frente’ de todos os tempos. Gravou muitos discos e entre esses temos aqui um lp de 1971, lançado pela Continental, trazendo doze sambas românticos, composições de João Roberto Kelly, José Bispo, Jair Amorim, Lúcio Cardin e outros. Confiram no GTM…
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Começamos o ‘sabadão de quarentena’ dentro de casa, relembrando os ‘sabadões’ do passado, quando haviam os bailes e o mundo era mais legal. Estou trazendo para vocês um disco raro, talvez o único de um conjunto de baile dos anos 60. Temos aqui o Tekila Ritmos, um conjunto de baile paulista, lá de Sorocaba. Segundo informações, o Tekila Ritmo fazia sucesso na cidade. Aliás, fazia sucesso em toda a região paulista e o que os levou a serem convidados para gravar este disco para um selo que também estava começando, o VS (Som e Indústria Vilela Santos). Acredito que este selo acabou não vingando, pois nunca vi outro disco, outro artista gravado por ele. Curiosamente, este lp do Tekila Ritmos veio a ser lançado por um outro, também obscuro selo, o Cartaz e chegou a ter neste duas edições. Como todo bom conjunto de baile, o Tekila Drink nos apresenta um repertório na medida, com sucessos nacionais e internacionais do momento. O grupo tem lá suas qualidades e manda bem, o que vale, sem dúvida, uma conferida no GTM.
Boa noite caríssimos amigos cultos e ocultos! Para celebrar a nossa sexta-feira quietinho em casa, eu trago hoje e mais uma vez o grande flautista Altamiro Carrilho, figura que nessa altura já dispensa maiores apresentações. Altamiro, ao longo de sua carreira, gravou mais de cem discos, tanto trabalhos autorais como em participações em diversos outros discos. No auge da Bossa Nova ele também deixou em disco a sua interpretação. Gravou em 1963 este belíssimo álbum, “Bossa Nova In Rio”, com seu conjunto e côro, originalmente pelo selo Copacabana. O lp viria a ser relançado novamente, desta vez pelo selo Beverly. Altamiro nos traz um repertório de sucessos, uma síntese do que é a Bossa Nova e em especial no Rio de Janeiro, o berço da coisa. Taí um disco que merece respeito. Confiram no GTM…
Digam lá, amigos cultos e ocultos! Em meio a pandemia e dentro de casa, porque nós temos juízo, vamos aproveitar o tempo desfrutando das raridades deste nosso Toque Musical. Hoje e mais uma vez temos aqui a felicidade de trazer o Manezinho Araújo, o Rei da Embolada. Um artista em duplo sentido, tanto na música quanto nas artes plásticas, mais exatamente na pintura. Manuel Pereira de Araújo, o Manezinho Araújo foi um cantor, compositor, jornalista e pintor. Dedicou-se a música até os anos 50. Gravou entre os anos 30 e 50 dezenas de discos e suas composições foram também gravadas por diversos artistas. Na década seguinte começou uma nova carreira, se entregando de corpo e alma a pintura. Nessa área também se destacou, sendo considerado um artista/pintor no estilo Arte Naïf, um termo francês cujo significado é ingênuo, ou seja, artistas geralmente auto-didatas, sem formação acadêmica, cujo os trabalhos são chamados de ‘Primitivo’. Manezinho Araújo se tornou um mestre, consagrado internacionalmente como pintor brasileiro, assim como Heitor dos Prazes e Sidney da Conceição. O álbum que trazemos de Manezinho, creio eu, foi seu último registro musical. Lançado pela RCA/Camden em 1974, foi um retorno em disco, onde ele regravou alguns de seus maiores sucessos. Disco bacana e realmente imperdível. Vale conferir no GTM…
Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Muita gente as vezes comenta ou pergunta sobre o meu gosto musical, tendo em vista a pluralidade e diversidade de títulos, artistas e gêneros. Eu, como sempre respondo, gosto de tudo que publico no Toque Musical, seja pela qualidade, empatia ou simplesmente pela curiosidade. Aliás, boa parte do que é postado no TM é feito visando despertar a curiosidade, o interesse em descobrir, conhecer e ouvir coisas que passaram e hoje já não estão mais em evidência. Aquilo que não se encontra fácil por aí. Torna-se fácil depois que chega até aqui. Daí, logo vai estar no Youtube e em outras praças… 🙂 Hoje, nosso toque musical relembra a Jovem Guarda. Estou trazendo aqui um disco do cantor José Roberto, baiano, que estreou na segunda metade dos anos 60. De estilo romântico, seguiu na onda da Jovem Guarda, quase um carbono de cantores como Roberto Carlos e Jerry Adriani, Conquistou muitos fãs e fez muito sucesso, inclusive em Portugal e em países da America Latina. Gravou, segundo consta, 27 discos, além de muitos shows pelo Brasil. Ainda hoje tem uma legião de fãs e seus discos são hoje difíceis de achar. Aqui temos o seu segundo lp, lançado em 1968, uma coletânea do supra-sumo romântico da Jovem Guarda. Confiram no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Olha só o que temos para hoje… Um autêntico disco de samba e da melhor qualidade. Reunindo cinco grandes nomes do samba carioca: Dona Ivone Lara, Sidney da Conceição, Flávio Moreira, Wilson Moreira e Casquinha. Um arranjo idealizado pelo produtor Adelzon Alves, que escalou os cinco sambistas e também João Donato, que havia recentemente voltado dos Estados Unidos, para cuidar da orquestração e regência ao lado do maestro Gaya. Em 1971 Adelozon produziu o que foi o primeiro volume, disco com o mesmo título e também lançado pela Odeon. Como podemos ver, trata-se de um disco trabalhado, pensado, onde seus produtores procuram captar a verdadeira essência do samba carioca através de seus verdadeiros representantes. A ilustração da capa é uma pintura de Sidney da Conceição, um sambista assim como Heitor dos Prazeres que se dedicava a pintura. Está aí um disco bem a cima da média e hoje uma raridade, que não pode passar batido. Confira no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vamos lá, disquinho de gaveta pra não dizer que não falei de flores… Hoje temos Madrugada e Seu Conjunto. Já postamos aqui outros discos desse pseudônimo que nada mais foi além de uma criação do pessoal da CBS, um artista fictício, que lançou ao longo dos anos 60 e 70 dezenove discos. Aqui temos o segundo volume, de 1964 trazendo um repertório ao ritmo do bolero, com músicas nacionais e internacionais. Confiram no GTM…
Olá, meus amigos cultos e ocultos, boa noite! Estou trazendo hoje um disco que eu acho muito bacana e também por ser uma edição importantíssima da fonografia nacional. “Melodias de Terreiro – Pontos Rituais” foi o primeiro disco do gênero lançado no Brasil. E para tanto, seus produtores decidiram convidar cinco grandes nomes da música popular, segundo o texto de contracapa, profundos conhecedores, para interpretar as melodias de Terreiro e os Pontos Rituais: Lenita Bruno, Ataúlfo Alves, Jorge Fernandes, Leo Peracchi e Heitor dos Prazeres. Pelas imagens podemos de imediato ter todas as devidas informações. Taí, um disco que merece a nossa atenção. Não é atoa que tem maluco pedido até 900 pilas, no Mercado Livre. Mas aqui vocês conferem no GTM…
aruanda – jorge fernandes e leo peracchi
agô-iê – ataulfo alves
oxum-maré – lenita bruno, jorge fernando e leo peracchi
nêgo véio – heitor dos prazeres
congo – lenita bruno, jorge fernandes e leo peracchi
E aqui mais um dia, mais um momento de toque musical aos amigos cultos e ocultos. Hoje o nosso ouvido está ligado numa dupla muito legal, Teca Calazans e Ricardo Vilas. Os dois atuaram juntos por mais de uma década, quando então moravam na França e por lá gravaram seus primeiros discos. Com a Anistia, eles acabaram retornando ao Brasil onde juntos gravaram outros quatro discos. Teca Calazans é uma artista capixaba, criada no Recife e podemos até dizer afrancesada, pois me parece que acabou voltando a morar na Europa. Ela iniciou carreira nos anos 60, cantora, compositora e também atriz. Gravou seu primeiro disco, um compacto, em 67 e até o início dos anos 70 trabalho como atriz no teatro e televisão, seguindo depois para a França onde começou o trabalho com Ricardo Vilas. Este, é outro artista que também iniciou carreira nos anos 60, sendo um dos integrantes do grupo Momento 4, ao lado de Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel. Ricardo Vilas era também militante político e talvez seja mais conhecido como um dos presos políticos da ditadura militar que foi trocado pelo embaixador americano Charles Burke, sequestrado pelo pessoal da Dissidência Comunista da Guanabara e Aliança Libertadora Nacional, em 1969. Ricardo seguiu então para a França e junto com Teca construíram uma carreira de sucesso, gravando uns quatro ou cinco discos por lá. Voltaram ao Brasil no início dos anos 80 e gravaram mais dois discos, sendo este “Eu não sou dois” o primeiro. Um trabalho bem bacana, praticamente quase todo autoral e com participações de uma dezena de músicos/artistas de primeira linha (nem vou listar). É um álbum já bem rodado em tantos outros tempos e em tantos outros blogs, mas é aqui que ele se eterniza, hehehe… Confiram no GTM.
Saudações, amigos cultos e ocultos! Vou aqui fechando a nossa mostra de cantoras, o que não quer dizer que não teremos outras tantas por aqui. Aliás, o que não nos falta são as cantoras, inclusive, na semana passada recebemos uma colaboração (e eu novamente agradeço), mas deixaremos essa para um dos nossos próximos encontros, ok? Segue aqui então este disco, com uma capa meio conceitual, sei lá…, o primeiro lp da cantora Clarisse Grova, lançado pela EMI em 1985. Este lp que eu consegui, infelizmente não traz o encarte, com informações e letras que sempre nos são muito importantes. Para os que não conhecem, Clarisse é uma cantora e compositora carioca que se iniciou na vida artística nos anos 70. Participou de diversos festivais ao longo dessa década. Fez parte do grupo vocal Arco-Iris. Lançou seu primeiro disco, um compacto, pela Copacabana em 81. A partir dessa década passou a se dedicar totalmente a carreira artística. Tocou em casas noturnas ao lado de grandes nomes como Aécio Flávio, Osmar Milito, Edson Frederico, Luiz Eça e muitos outros. Em 85 ela finalmente lançou este lp, super bem produzido por Renato Corrêa e nele podemos encontrar composições Sueli Costa e Abel Silva, Lô e Márcio Borges, Flávio Venturini, Aécio Flávio e Paulinho Tapajós e outros do mesmo ‘calibre’. Taí uma prova de que se trata de uma cantora de alto nível. De lá pra cá, Clarisse continua na batalha gravando, participando de shows e projetos, inclusive campanhas publicitárias. Passou a integrar o grupo Nós Quatro, ao lado de Márcio Lott, Fabyola e Célia Vaz. Confiram no GTM…
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Seguindo nossas postagens, hoje vamos de Carmem Miranda em um disco internacional, uma coletânea lançada lá fora em 1975. Em 79 o disco foi editado também por aqui e saiu através da Polygram. Este disco reúne gravações da ‘pequena notável’ feitas nos Estados Unidos durante o período em que esteve por lá. Nada de novidades, mas sempre Carmem Miranda e isso já nos basta. Confiram no GTM…