Bom dia, bom 2020 para todos os amigos cultos e ocultos! Para garantir a nossa presença neste novo ano, começamos logo já no primeiro dia. E para que seja um ano, musicalmente falando, da melhor qualidade, eu já começo com este disco aqui, “Sei lá”, do Hermínio Bello de Carvalho, tremendo letrista e inigualável produtor, poeta, compositor, escritor…. Seu nome está presente em boa parte dos melhores trabalhos fonográficos e musicais realizados nos anos 60, 70, 80 e 90 (isso para não falarmos dos anos dois mil). Hermínio tem uma longa ficha, um currículo invejável e na música, na área de criação se destaca pelas inúmeras parcerias. Entre os seus parceiros estão nomes como Chico Buarque, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Paulinho da Viola, Francis Hime, Cartola, Baden Powell, Elton Medeiros, Martinho da Vila, Rildo Hora, Sueli Costa e mais um montão de outros compositores da melhor música do mundo, a brasileira. Este lp procura mostrar um pouco disso, das autorias e parcerias. Lançado no início de 1974, o álbum traz quinze faixas onde nelas ele mesmo interpreta. Conta com a participação da cantora Simone, que pela primeira vez aparecia em disco de outro artista. Acompanhando tudo vem o Luizinho Eça e seu impecável Tamba Trio (com Hélcio e Bebeto Castilho). Por aí já se pode ter uma ideia do que traz essa produção. Um disco maravilhoso que por hora passa aqui em minhas mãos (pena que tenho que devolver, hehehe…) Não deixem de conferir no GTM!
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Então, finalizando nossas postagens de 2019, trago com prazer este raro lp com a cantora Marlene. Marlene é a maior! (e tenho dito!). Antes, porém, quero deixar aqui os meus votos de um feliz 2020. Desejo a todos um ano menos ruim do que foi este. Pois, sinceramente, não vejo muita luz no fim do túnel, pelo menos nesses próximos anos. Estamos vivendo hoje um momento de castigo, um país assolado pela ignorância, pela intolerância e pela falta de tudo que é básico, educação, saúde e cultura. Estamos tomados por uma onda de obscurantismo, uma regressão social de causar espanto. O brasileiro tem se mostrado um povo de uma tamanha ignorância que dá medo. Nessas horas fico pensando se vale a pena continuar levando cultura a essa gente. Aqui mesmo, entre nossos amigos cultos e ocultos há, com certeza, tipos reacionários retrógrados, pessoas toscas e mal informadas, gente que colaborou e ainda colabora para esse estado político crítico e polarizado. Na verdade, a polarização é uma consequência e essa, hoje, já não me permite sentir bem ao lado da toxidade de algumas pessoas. Acredito ter exorcizado boa parte desses diabos em minha vida e ao meu redor, mas eles continuam presentes, ocultos quase sempre. Toda essa situação é muito desanimadora e se nos últimos tempos nosso Toque Musical andou devagar, quase parando, podem ter certeza, foi mesmo por conta desses desencantos. Mas sei que não devemos parar, não é hora de entregar o jogo. O TM continua em 2020 acreditando no Brasil. Continuaremos nossas postagens, pois esse prazer que nós nos propomos não pode acabar. Ainda há sensibilidade por aqui… Feliz 2020! Selando então 2019, vamos com este disco “É a maior! com Marlene” que é literalmente um show. Um show criado por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, trazendo a extraordinária Marlene, que mesmo já longe dos tempos áureos do rádio continuava a fazer sucesso. Este disco é na verdade uma gravação ao vivo do show de sucesso, realizado em 1970. Neste, temos ainda a participação de gente importante com Arthur Verocai que foi o diretor musical e também fez parte do conjunto que acompanha a cantora formado por nomes de peso, Helvius Vilela (piano), Novelli (baixo) e Gegê (bateria). O álbum tem versões de clássicos da nossa música com composições de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento e outros… Taí, finalizando a parada com este disco já visto em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele encontra seu porto seguro. Confiram no GTM.
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Então, finalizando nossas postagens de 2019, trago com prazer este raro lp com a cantora Marlene. Marlene é a maior! (e tenho dito!). Antes, porém, quero deixar aqui os meus votos de um feliz 2020. Desejo a todos um ano menos ruim do que foi este. Pois, sinceramente, não vejo muita luz no fim do túnel, pelo menos nesses próximos anos. Estamos vivendo hoje um momento de castigo, um país assolado pela ignorância, pela intolerância e pela falta de tudo que é básico, educação, saúde e cultura. Estamos tomados por uma onda de obscurantismo, uma regressão social de causar espanto. O brasileiro tem se mostrado um povo de uma tamanha ignorância que dá medo. Nessas horas fico pensando se vale a pena continuar levando cultura a essa gente. Aqui mesmo, entre nossos amigos cultos e ocultos há, com certeza, tipos reacionários retrógrados, pessoas toscas e mal informadas, gente que colaborou e ainda colabora para esse estado político crítico e polarizado. Na verdade, a polarização é uma consequência e essa, hoje, já não me permite sentir bem ao lado da toxidade de algumas pessoas. Acredito ter exorcizado boa parte desses diabos em minha vida e ao meu redor, mas eles continuam presentes, ocultos quase sempre. Toda essa situação é muito desanimadora e se nos últimos tempos nosso Toque Musical andou devagar, quase parando, podem ter certeza, foi mesmo por conta desses desencantos. Mas sei que não devemos parar, não é hora de entregar o jogo. O TM continua em 2020 acreditando no Brasil. Continuaremos nossas postagens, pois esse prazer que nós nos propomos não pode acabar. Ainda há sensibilidade por aqui… Feliz 2020! Selando então 2019, vamos com este disco “É a maior! com Marlene” que é literalmente um show. Um show criado por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, trazendo a extraordinária Marlene, que mesmo já longe dos tempos áureos do rádio continuava a fazer sucesso. Este disco é na verdade uma gravação ao vivo do show de sucesso, realizado em 1970. Neste, temos ainda a participação de gente importante com Arthur Verocai que foi o diretor musical e também fez parte do conjunto que acompanha a cantora formado por nomes de peso, Helvius Vilela (piano), Novelli (baixo) e Gegê (bateria). O álbum tem versões de clássicos da nossa música com composições de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento e outros… Taí, finalizando a parada com este disco já visto em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele encontra seu porto seguro. Confiram no GTM.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Já na reta final, vamos aqui com mais um lp de cantoras, para fechar bem o ano. Hoje eu trago Telma Costa, em seu primeiro e único disco solo. Mineira, de Juiz de Fora, iniciou sua carreira ao lado das irmãs, as compositoras Lisieux e Sueli Costa formando o grupo vocal Trieto. No início da década de 70 mudou-se par o Rio de Janeiro e iniciou sua carreira profissionalmente integrando o grupo vocal que participou de shows de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ao lado das cantoras Miucha, Olívia Hime e Elizabeth Jobim. Participou ao longo dos anos 70 de shows e gravações de vários artistas, se apresentando também em casas noturnas. Em 1983, finalmente lançou este que foi o seu primeiro e único disco. Infelizmente, faleceu prematuramente, aos 36 anos. Telma, além de irmã de duas excelentes compositoras, também é a mãe das cantoras Branca Lima e Fernanda Cunha. Neste lp, lançado em 1983, Telma vem muito bem assessorada e acompanhada, a começar pela produção de Dori Caymmi, arranjos e regências de Dori, Cesar Camargo Mariano e Alberto Arantes. Participam também diversos artistas de peso, entre esses, Caetano Veloso, Danilo Caymmi, Gilson Peranzetta, Helio Delmiro. Luiz Alves, Robertinho Silva, Maurício Einhorn e muitos outros… Por aí já dá para se ter um ideia do conteúdo musical, dez belas canções de diferentes e consagrados autores. Um trabalho, sem dúvida, muito bonito que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nosso espaço, temos o prazer de postar mais um disco da maravilhosa Clementina de Jesus. Esta é outra que despensa apresentações, até porque neste lp que agora estou trazendo, temos um longo texto de Hermínio Bello de Carvalho que não só nos dá um apanhado geral dessa artista, como também de cada faixa do disco. Isso me facilita a vida, pois nesse corre-corre de fim de ano fica difícil me debruçar para uma resenha, tal qual faz o nosso Samuca. Confesso, sou um preguiçoso, kkkk… Mas, enfim, taí o disco de Clementina lançado originalmente em 1966, reeditado nos anos 80. Neste disco Clementina canta uma série de músicas, sambas tradicionais, coisas que ela traz em sua bagagem. Um verdadeiro mostruário das raízes do samba e da nossa música popular. Segundo o próprio Hermínio, a ideia era mostrar a diversidade e riqueza de nossa música, mesmo sendo essas, em grande parte, sem origem ou autoria. Velhos sambas e jongos remanescentes das rodas de pagode e candomblé. Confiram no GTM!
Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Para fecharmos bem o ano, aqui vai mais um disco de cantora. Este, por acaso, já era para ter entrado em nosso toque musical, mas acabei esquecendo, porém, hoje vai se encaixar perfeitamente. Temos aqui a paulista Denise Assunção. Esta, mais que cantora, é também compositora e atriz. Talvez a melhor definição seja ‘cantriz’, uma cantora atriz. Segundo contam, ela começou sua carreira ainda na infância, aos 12 anos já estava tocando percussão no espetáculo ‘Arena conta Zumbi, isso em 1968! Como atriz, trabalhou em dois filmes de Mazzaropi, “Jeca e seu filho preto”, de 1978 e “A banda das velhas virgens”, de 1979. Também trabalhou em novelas, na televisão. Denise é irmã de Itamar Assumpção e fez parte da banda Isca de Polícia, que acompanhou Itamar em seu primeiro disco. Sempre muito atuante, principalmente na cidade de São Paulo, ela se mantem como um artista completa, participando de espetáculos, discos e outras tantas parcerias no cenário artístico paulistano. “A maior bandeira brasileira” foi um disco gravado por ela em 1990, produzido pelo Luiz Calanca da lendária (e ainda viva) loja de discos Baratos Afins, que foi responsável pela produção e lançamento de muitos artistas e bandas nos anos 80 e 90. O álbum, como se pode ver aqui na apresentação traz oito faixas, oito música, por certo, escolhidas a dedo, sendo em sua maioria composições de Itamar e seus parceiros. Participam do disco, além de Itamar Assumpção, o trombonista Bocato e o trompetista Luiz Cláudio Faria. Por aí já dá para se ter uma ideia do nível da coisa. Um disco muito bom. Esse, por sinal, mais um presentão do amigo Fáres, o qual já está devidamente entre os meus discos colecionáveis. Confiram a pérola no GTM.
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nosso Toque Musical temos a cantora Marisa Gata Mansa, que iniciou sua carreira nos anos 50. Como muitas cantoras, se apresentou em boates e outras casas noturnas. Se engajou com a turma da bossa nova, foi casada com Cesar Camargo Mariano. Gravou uma dezena de discos. Seu maior sucesso foi a música “Viagem”, de João de Aquino e Paulo Cesar Pinheiro, que também aparece em uma nova gravação neste disco. Em 1981 ela lançou de forma independente o álbum, “Leopardo”, o qual deu origem a um show de mesmo nome e veio a ser reeditado dez anos depois pelo selo Line Records da Rede Record de Televisão, trazendo essa nova capa. Sem dúvida, um disco de qualidade que merece o nosso toque ainda nessa reta final de 2019. Vamos conferir?
Olá amigos cultos e ocultos! Hoje temos o prazer de apresentar aqui a cantora paulista Maria Thereza. Compositora e violonista, ela iniciou sua carreira nos anos 50, quando então gravou com Aloysio de Oliveira e seu conjunto o primeiro disco. Trabalhou na noite paulista se apresentando em boates e casas de show. Ganhou o nome de ‘Mecha Branca” por conta da mecha tão característica no cabelo. Esteve sempre ligada ao samba canção e a música romântica. Vez por outra se afastava da carreira e talvez por conta disso tenha gravado poucos discos. “Simplesmente Coração”, ao que parece, foi seu ultimo disco. Curiosamente, não há na internet informações recentes sobre ela. Achei no Youtube um vídeo de, talvez, uns seis anos atrás onde ela aparece cantando “Barração de zinco”. Acredito que hoje ela já tenha se afastado definitivamente da música. Mas não vamos deixá-la esquecida. Por essas e outras, temos ela aqui estreando no Toque Musical. Neste álbum, gravado em apenas três dias, de maneira bem espontânea e de forma direta, teve como produtor, arranjador e músico acompanhante o maestro José Briamonte. No repertório temos uma seleção de músicas próprias e também de outros autores, músicas consagradas, bem conhecidas do público. Não deixem de conferir no GTM.
Feliz Natal, amigos cultos e ocultos! Diferente dos anos anteriores, neste eu não fiz festa e nem publiquei discos com músicas natalinas. Sinceramente, não é de hoje que eu perdi o tesão com isso aqui. E não é por culpa do cansaço ou falta de tempo… É mesmo pela atual conjuntura política e social que passamos. Confesso, estou muito desanimado, decepcionado e desiludido com muita gente. A tamanha ignorância, estupidez e burrice tomaram conta desse nosso povo. Na verdade, as flores do mal se desabrocharam, um pensamento radical direitista, xucro e ignóbil se lançaram como uma onda sobre o Brasil. Vivemos hoje momentos tristes com a polarização social, um povo que antes era unido, agora se deixa levar por um plano diabólico de autodestruição. O país está partido, dividido entre conservadores adestrados de Direita com seu ‘baixo clero’ e uma Esquerda desunida e vaidosa, que não tem força para desbancar um idiota miliciano. Sinceramente, estou enojado com tanta estupidez e burrice. E isso, claro, se reflete também aqui, no Toque Musical. Sei que há muitos ‘bolsominions’ orbitando por aqui. Gente que até pouco tempo se dizia amigo culto. Gente que fazia parte desse nosso metiê. Por certo, eu não dou corda pra esse povo (a não ser que seja para eles se enforcarem), mas sei que estão por aqui e isso me incomoda, pois não penso mais em dividir com eles o que compartilho aqui. O Toque Musical é para pessoas com sensibilidade, pessoas que prezam e respeitam a cultura e arte, a música e sua história. Tenho tentado me livrar dessa gente, assim como faço nas redes sociais. Mas isso é uma praga, toda hora aparece. Daí, vem o desânimo… ficar aqui dando de bandeja esse toque musical pra gente ruim? Eu não! Por essas e outras é que o TM perdeu o encanto, o tesão diário. Porém, ainda assim, a gente continua, pois também sei que metade da maçã ainda está boa e é por essa que eu inspiro. O Toque Musical continua até não poder mais. E mais uma vez eu desejo, a este lado bom, um feliz Natal com muito amor, paz e consciência de classe! Classe musical, social e política. Somente a Educação é capaz de salvar o Brasil! Dito isso, segue aqui o meu presente de Natal para vocês. É claro que não é uma grande surpresa, mas é sem dúvida um grande disco, talvez o melhor de uma das nossas maiores cantoras, a excepcional Leny Andrade, que aqui dispensa maiores apresentações, pois há tempos já faz parte do nosso ‘cast’ de artistas. “Estamos aí” é uma obra fina, cujo o repertório nos apresenta um valioso leque da atmosfera do samba bossanovista, sendo também responsável por essa pérola Eumir Deodato quem cuidou dos arranjos. Não deixem de conferir no GTM.
Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos com mais um disco de cantora e diga-se de passagem, um super disco e uma super cantora, a inesquecível Maysa. Mais uma cantora que dispensa apresentações até porque, aqui ela já tem o seu lugar garantido. Já postamos outras ‘cositas’ de Maysa. E desta vez vamos com este lp lançado pela RCA Victor, em 1966. Este foi seu décimo quarto algum de estúdio. Marcando os seus dez anos de carreira. Um disco com um toque moderno, a começar pela capa onde não consta nenhuma informação, nem o seu nome, apenas o seu retrato. Na contracapa já encontramos um texto de apresentação, de Roberto Corte Real e a lista de músicas. O repertório segundo contam, foi uma copilação de músicas gravadas em programas de televisão, temas nacionais e internacionais.
Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Devido a algumas atualizações feitas nas plataformas dos nossos blogs (WordPress e Blogspot), acabei também mudando o layout das edições, coisa simples, mas que alguns poderão notar. Temos que nos adaptar as mudanças. Além do mais, estamos sempre sendo invadido por idiotas que pensam em surfar em nossa onda, mas aqui o mar é bravo! Muito bem, temos para hoje a cantora Márcia, uma das nossas grandes intérpretes, figura já apresentada aqui em outros discos, mas que merece sempre estar em nossas fileiras pela qualidade, talento e repertório. Este lp é na verdade o álbum “Rimas”, de 1973. Curiosamente lançado no mesmo ano pela Série Coronado, mas também trazendo no selo o ano 1972, isso por conta da faixas “Última forma”, “Pra não ser mais tristeza” e “Rimas”, que foram editas um ano antes, talvez em algum compacto, mas esse eu nunca vi. O certo é que se trata do mesmo disco, um excelente disco, diga-se de passagem, como se pode ver pela seleção musical. Não deixem de conferir no GTM.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para fechar o ano e não dizerem que não falamos de flores, aqui as melhores, as cantoras… Trago para abrilhantar nosso blog a cantora e também atriz Selma Reis, uma artista que marcou pela presença e pela voz. Infelizmente ela se foi prematuramente, mas deixou para nós a sua arte. Participou de várias novelas da TV Globo. Uma atriz consagrada. Como cantora gravou nada menos que 11 discos da melhor qualidade, demonstrando ser também uma de nossas maiores cantoras de todos os tempos. Temos aqui seu lp de 1990, um belíssimo trabalho no qual, entre tantas pérolas, podemos destacar a faixa “O que é o amor”, de Danilo Caymmi e Dudu Falcão, música que fez sucesso, sendo parte da trilha de uma novela, Quem não conhece o trabalho dessa moça, eu recomendo e tenho certeza de que vai gostar. Confiram no GTM.
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje tenho o prazer de trazer até vocês (outro náufrago) o álbum “Identificação”, do grande compositor Zé Ketti, lançado em 1979 pela Continental. Disco bacana, a começar pela capa que reproduz sua carteira de identidade. Produzido por Wilson Miranda, o disco traz 10 faixas, todas autorais. Composições em sua maioria inéditas, mas também há espaço para um de seus maiores clássicos, a marchinha carnavalesca “Máscara Negra”, lançada originalmente por Dalva de Oliveira. Taí, mais um disco que merecia constar em nosso acervo. Confiram no GTM.
Bom dia, amiguíssimos cultos e ocultos! Eu estava para passar essa bola para o amigo Samuca, pois acontece que eu não achei nenhuma referencia sobre este disco, ou mais exatamente sobre o Quarteto Monte Carlo. O Samuel, rapaz culto e conhecedor de música, por certo deve saber alguma coisa, mas achei melhor não o incomodá-lo nesse período de Natal e coisa e tal… Vamos apenas focar no que temos, as músicas e o texto da contracapa. Conforme a contracapa, este é o segundo disco do quarteto. Seguindo na mesma linha, temos um conjunto de boate com toques sofisticados, um repertório bem ao gosto de um público refinado. Acredito que por trás desse quarteto há um Durval Ferreira, pois esse era um típico conjunto que embalava as noites em suas boates, em especial a Drink. Certamente ele é o homem dos teclados. E como podemos ver, a lista musical é uma trilha européia de clássicos pops daqueles anos dourados. Músicas francesas, italianas, portuguesas e espanholas, bem ao gosto dos ‘gente-finas’, os ‘socialites’…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje trago para vocês o lp “Aquarela de Ritmos”, do pianista e tecladista José Scarambone, lançado pela RCA Victor em 1959. Um lp bem interessante, trazendo um repertório com temas nacionais e internacionais, com destaque, obviamente, para o samba e em especial para dois deles, prenúncio da Bossa Nova, “A felicidade” e “Eu sei que vou te amar”, de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes. Na contracapa, como pode ser visto, há um texto com mais informações sobre o artista e este disco. Adoro quanto isso acontece, assim me poupa palavras e agiliza nossas postagens. Confiram no GTM!
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não fugirmos do nosso drops misto, vamos hoje de música instrumental. Temos aqui um disco bacana, produção da gravadora Lira Paulistana no início da década de 80. Formado por um time de músicos de primeiríssima linha: André Dequech (piano), Robertinho Silva (bateria), Zeca Assumpção (contrabaixo) e Mauro Senise (sax e flauta). Em 1982 era lançado o Alquimia, um projeto de vanguarda que muito influenciou outros tantos e bons grupos de música instrumental brasileira. Gravado em apenas 3 dias, o disco seria lançado no ano seguinte. Como em tantos outros lançamentos da Lira Paulistana, Alquimia teve também uma única e pequena edição. O que quer dizer que se trata de um disco raro para colecionadores. Confiram esse belo trabalho no GTM.
Olá amiguinhos cultos e ocultos! Hoje nós vamos com um disco do renomado pianista Gaó, Odmar Amaral Gurgel. Músico paulista, foi maestro, arranjador, compositor e instrumentista. Gaó foi inspirado em suas iniciais ao contrário. Foi diretor artístico da gravadora Columbia e da famosa Orquestra Colbaz, a qual gravou pela primeira vez a música “Tico-tico no fubá”, de Zequinha de Abreu. Não bastasse, ele foi muito além seguindo uma carreira internacional. Gaó teve um currículo extenso que merece um aprofundamento, mas por hoje ficaremos apenas nessa breve apresentação. O disco que hora apresentamos é uma seleção musical com temas nacionais e internacionais. Um disco gravado por ele, segundo consta no texto de contracapa em um momento de sua passagem pelo Brasil, quando na época morava nos Estados Unidos. Confiram aí mais esse resgatado no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui, mais um náufrago resgatado, outro disco que merece o nosso toque musical. Hoje vamos com o organista argentino George Kenny, que segundo a contracapa nos informa ser este, na época, um dos grandes mestres dos teclados. Veio ao Brasil para se apresentar na lendária boate Beguin, do também lendário Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Embora tenha todo esse mérito no texto de contracapa, George Kenny é hoje um ilustre desconhecido, pois nem mesmo fazendo uma busca no Google conseguimos encontrar mais informações sobre esse artista. Fica então mais essa chance, imortalizado no TM enquanto existir. Confiram no GTM!
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Mais um exemplar que cai bem aqui no Toque Musical. Depois de haver sido postado em outros extintos blogs musicais, agora ele volta resgatado como náufrago para habitar nossa coleção. Temos aqui o lp Piano Brasileiro, editado pela Masterpiece-Musidisc, para o selo Audiola. Trata-se de uma dobradinha, ou seja, de um lado temos a dupla Gadé e Walfrido Silva e do outro Joe Pernambuco. Gadé e Walfrido são dois grandes nomes do samba-choro, compositores hoje em dia pouco comentados. Suas composições fazem muito lembrar Billy Blanco, Paulo Vanzolini ou Chico Buarque, com letras que retratam com humor a realidade brasileira. Suas composições foram gravadas por diversos artistas da nossa música desde o final dos anos 30. Do outro lado do disco temos Joe Pernambuco, pistonista, irmão do pianista Fats Elpídio, que aqui aparece como pianista também. Ele além de tocar piston também tocava piano e neste disco nos apresenta uma seleção de sambas clássicos e também composição própria (Policromia brasileira).em resumo, trata-se de um lp que tem como instrumento principal o piano. Daí o nome Piano Brasileiro. Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Oportunamente, estou trazendo aqui discos que muito nos interessam e que foram postados em outros blogs que hoje já não existem mais. É o caso do Sintonia Musikal e Sanduiche Musical, do amigo Chico, que desanimado com este trabalho sem retorno, acabou abandonando o barco. Como um dos poucos que ainda sobraram nesse mar de afogados, nós do Toque Musical estamos recolhendo os sobreviventes, no caso os seus discos. Entre tantos, temos um aqui bacana, “Ritmos Latino-Americanos, com Ruy Rey e Sua Orquestra. Este, me parece, foi seu primeiro disco em 33 rpm, lançado em 1957. Por certo, antes disso ele já havia participado de outros discos e gravações, inclusive aqui no Toque Musical temos ele na coletânea Grand Record Brazil e outras lançadas na década de 50. Neste lp de 12 polegadas temos o interprete num repertório para fazer frente a qualquer grande orquestra latino-americana. Apresentando doze temas clássicos entre boleros, sambas, mambos e cha-cha-cha. Sem dúvida, um dos grandes nomes dos anos 40 e 50 da música brasileira e porque não dizer, da latino-americana. Confiram já no GTM, pois esse náufrago, uma hora volta para o porto.
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta mais uma coletânea de MPB da melhor qualidade. É o segundo volume de “Som brasileiro”, lançado em 1976 pela EMI-Odeon (depois EMI e hoje Universal Music), na mesma linha do primeiro, que o TM já nos ofereceu. Em suas onze faixas, iremos encontrar muita coisa boa. Para começar, temos o dueto de Mílton Nascimento com Beto Guedes em “Nada será como antes”, extraído do álbum duplo “Clube da Esquina”, lançado em março de 1972. Dele também é a faixa “Trem azul”, com Lô Borges. Edu Lobo aqui comparece com “Vento bravo”, faixa de seu LP de 1973, oficialmente sem título mas conhecido como “Missa breve”. O inesquecível Zé Rodrix vem com sua versão do clássico “Casa no campo”, que fez com Tavito, gravada em 1976 para o álbum “Soy latino-americano”. Talentosa cantora e compositora, Sueli Costa vem com “Vamos dançar”, gravação de 1975. O grupo Som Imaginário, conhecido por acompanhar Mílton Nascimento em discos e shows, apresenta aqui uma composição de seu tecladista Wagner Tiso, “Armina”, gravação de 1973 pinçada do álbum “Matança do porco”. Dorival Caymmi, o poeta seresteiro da Bahia, interpreta aqui “Dona Chica (Francisca Santa das Flores)”, gravação de 1972. Gonzaguinha, o eterno aprendiz, mostra aqui “Mundo novo, vida nova”, música com a qual concorreu no II Festival Universitário de MPB, da TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1969, defendida por Claudette Soares, mas que ele próprio só viria a gravar em 1972. Compositor, cantor e pianista ainda hoje em atividade, João Donato aqui comparece com “Terremoto”, parceria com Paulo César Pinheiro e faixa do álbum “Quem é quem”, de 1973. Músico completo, Egberto Gismonti aqui nos mostra “Janela de ouro (A traição das esmeraldas)”, faixa extraída do álbum “Água e vinho”, de 1972. E, para encerrar com chave de ouro, “Sinal fechado”, de e com Paulinho da Viola, música com a qual ele venceu o quinto (e último) festival de MPB da antiga TV Record de São Paulo, em 1969. Enfim, um disco primoroso e repleto de bons momentos de nossa música popular. Confiram.
nada será como antes – milton nascimento e beto guedes
Olá, amigos cultos e ocultos! É com muita alegria que o Toque Musical oferece a vocês o segundo LP do Sexteto Rex, grupo formado no início dos anos 1950 em Porto Novo do Cunha, interior de Minas. É o segundo volume de “Ritmos favoritos de dança”, lançado pela Rádio em 1957 seguindo a mesma linha do primeiro, já postado anteriormente pelo TM, ou seja, sucessos antigos e então recentes, em arranjos dançantes. Entre eles, temos “Conceição”, eterno carro-chefe de Cauby Peixoto, “In the mood”, clássico do repertório do “bandleader” norte-americano Glenn Miller, aqui em ritmo de samba, “La mer”, fox do francês Charles Trenet que mereceu mais tarde, nos EUA, uma expressiva gravação da orquestra e coral de Ray Conniff, os boleros “Nunca jamais” e “História de um amor”, e um arranjo para fox do “Noturno”, de Chopin. Em suma, o disco apresenta, conforme diz a contracapa, “uma miscelânea bem cuidada, bem escolhida e magnificamente executada”. Portanto, merecedora de mais esta postagem do TM. É só conferir.
Gaitista, violonista, cantor, compositor, arranjador, maestro e produtor musical, Rildo Alexandre Barreto da Hora completou, em 2019, 80 anos de existência (nasceu em Caruaru, PE, a 20 de abril de 1939). Seu pai, o alagoano Misael Sérgio Pereira da Hora, era dentista, e sua mãe, a pernambucana Cenira Barreto Hora, foi sua primeira professora de teoria musical e piano. Em 1945, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, indo residir no subúrbio de Madureira. Aos seis anos de idade, interessou-se por harmônica de boca (a famosa gaita ou realejo, como é conhecida no Nordeste), e tornou-se autodidata, passando a estudar o instrumento, mesmo sem mestre. Rildo Hora desenvolveu sua técnica tocando frevos e choros que ouvia no rádio. Estudou harmonia, contraponto e composição na Escola de Música Pró-Arte com o maestro Guerra Peixe, e teve aulas de violão com Meira e Oswaldo Soares, tendo ainda frequentado outros cursos no Centro de Estudos Musicais. Aos 11 anos, tocava em festas populares pelos subúrbios do Rio. Apresentou-se na Rádio Mayrink Veiga, no programa “Trem da alegria”, apresentado por Lamartine Babo, Héber de Bôscoli e Iara Sales, o “trio de osso”. Nessa época, conheceu o violonista Manoel da Conceição, o Mão de Vaca, e apresentou-se no programa “A hora do pato”, na Rádio Nacional, passando a frequentar a lendária emissora da Praça Mauá. Aos doze anos, venceu um concurso de gaitas patrocinado pela fábrica Hering, na Rádio Mauá, e foi convidado por Fred Williams a fazer parte do grupo de gaitistas da emissora. Tocou cavaquinho em shows circenses, acompanhando cantores, e neles também atuou como solista de gaita de boca. Ainda faria parte do programa “Festival de gaitas”, na Rádio Nacional. Em 1958, formou, com Sérgio Leite e Luís Guimarães, o trio Malabaristas da Gaita. Na época da bossa nova, passou a tocar violão e cantar. Rildo Hora estreou em disco gravando, em 1960, um 78 rpm na marca Pawal, interpretando as músicas “Anjo” (de sua autoria com Alcino Diniz) e “Nem uma luz brilhou”(de Gilvan Chaves). A partir de 1968, passou a trabalhar como produtor musical, a convite de Geraldo Santos, trabalhando na gravadora RCA. Entre os artistas com quem ele trabalhou como produtor, destacam-se Martinho da Vila, João Bosco, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Clara Nunes, Maria Creuza e Chiquinho do Acordeom. Rildo Hora já marcou presença no Toque Musical com os álbuns “Sanfona e realejo” (com Sivuca) e “O tocador de realejo”. Agora, nossos amigos cultos e ocultos são brindados com “Suave é a noite”, que vem a ser seu primeiro LP, exclusivamente com solos de gaita, lançado em 1962 pela Som/Copacabana. São 14 faixas com acompanhamento de orquestra, incluindo sua primeira composição “Brigamos com o amor”, de parceria com Gracindo Júnior (que fez também o texto da contracapa, um acróstico com o nome do músico), e sucessos da época, tais como “Suave é a noite”, a faixa-título, “Meu querido lindo”, “E a vida continua” e “Não importa”. Enfim, é uma homenagem à altura que o TM presta a este notável músico que é Rildo Hora, pela passagem de seus oitenta anos de existência.
A música indígena brasileira é parte do vasto universo cultural e dos povos indígenas que habitaram e sempre habitam o Brasil. Sendo uma das atividades culturais mais importantes na socialização das tribos, a música dos índios brasileiros é uniforme e de grande variedade. E é justamente um pouco dessa manifestação de grande importância histórica e cultural que o Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Trata-se da edição italiana, sob o selo Albatros, de um álbum lançado em 1979 pela Folkways norte-americana, fruto do trabalho dos pesquisadores Harold Schultz e Vilma Chiara, de São Paulo. Ao que parece, este disco jamais foi lançado no Brasil. Mas é um documento importantíssimo, em que são apresentadas músicas de oito tribos indígenas brasileiras, que habitam as regiões Norte e Centro-Oeste de nosso território. Dentro da proposta do TM de oferecer o que é raro e curioso, este trabalho nos oferece uma preciosa amostra da música indígena brasileira, e torna-se obrigatório e indispensável para colecionadores e pesquisadores em geral.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Convenhamos. há discos que estarão sempre fadados ao obscurantismos, tanto por sua produção limitada quanto por seu conteúdo. Independente de suas qualidades ou não, serão sempre discos que poucos conhecem. É por essas e outras que existe o Toque Musical, um ponto de referência para aquilo que nem sempre se vê e se ouve por aí. Aqui temos um disco muito interessante, que merece o nosso ‘toque musical’. Como o título mesmo já anuncia, trata-se de um tributo ao nosso grande Ernesto Nazareth. Uma seleção de suas melhores e mais famosas composições, interpretadas pela excelente pianista mineira, a professora Tânia Mara Cançado, falecida em 2016. Tânia Mara foi professora na Escola de Música da UFMG, idealizadora do Centro de Musicalização Infantil e o Projeto Cariúnas, nesta Universidade. Dois projetos importantes de valorização da música e das artes no Estado de Minas Gerais e porque não dizer, no Brasil. Acredito que este tenha sido seu único registro musical em discos. Mais do que nunca, por suas qualidades como artista, professora e estudiosa da música, precisa ser recordada. E nada mais lindo que ouvi-la interpretando a obra de Ernesto Nazareth.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como sabem, a cada dia eu tenho espaçado ainda mais os nossos encontros e postagens. Sempre reclamei do tempo que tenho para me dedicar ao blog, principalmente quanto ainda tínhamos postagens diárias. Ainda me falta tempo e por conta disso, tenho buscado a ajuda de amigos que muito tem colaborado para a nossa sobrevivência. Hoje, aproveitando uns momentos de ócio, resolvi postar algumas coisas. Estava ouvindo até agora há pouco este disco da cantora Luiza Maria, um álbum realmente bacana, bem setentão e inesquecível. Creio que a primeira vez que pus a mão nesse disco, eu ainda estava na minha segunda década, por volta dos 17 anos. Na época, esse era mais um dos muitos discos bons que rolavam na vitrola lá de casa. Não sei que fim levou e por muito tempo eu nem mais me lembrava. Foi só a partir do ‘bum’ dos blogs musicais que ele voltou, cheio de críticas positivas e interesse, pois afinal tratava-se de um disco que teve uma edição pequena, que nunca voltou a cena, nunca foi relançado… Redescoberto, se tornou como muitos outros raridade, disputada a tapas e tiros por colecionadores. Hoje, mais que raro, virou objeto de ostentação de endinheirados, pretensos colecionadores, que chegam a pagar mil pratas num exemplar! Pena que o meu sumiu, pois se o ainda tivesse, teria passado no cobre. Acho absurdo essa jogada de preços de vinil, mas se tem gente para pagar, que seja… Como colecionador, eu jamais pagaria, Enfim, cada um faz com seu dinheiro o que quer. Bom, mas falando do disco em si, dessa artista pouco conhecida, achei melhor continuar na preguiça e colar aqui o texto bacana do jornalista Fernando Rosa (Senhor F), publicando originalmente na extinta revista Bizz: Mesmo que insista em não saber disso, o Brasil teve a sua Carole King, com direito até mesmo a beleza da cantora e compositora americana. A moça atende pelo nome de Luiza Maria e gravou um raro e clássico disco em 1975, pela Philips. Com ela, músicos como o ex-Traffic Jim Capaldi, os iniciantes Lulu Santos, Rick Ferreira e Antônio Adolfo e outros cobras. E um repertório moderno e carregado de um frescor pop, que incluia uma canção inédita da Raul Seixas. Com uma carreira tão promissora quanto meteórica, Luiza Maria registrou seu nome na história do rock nacional com o disco “Eu Queria Ser Um Anjo”, produzido pelo guitarrista Rick Ferreira, que tocou com Raul Seixas. Em dez músicas, a maior parte de sua autoria, ela mostra seus refinados atributos de compositora, desfilando canções, roques, blues e climas zeppelianos, produzindo um resultado sem similar na época. E com sua voz um pouca rouca – mas quente e afinada, e transitando entre o rock de Rita Lee e a MPB de Gal Costa, disputa o espaço entre as melhores cantoras de sua geração. Atualíssimo em todos os aspectos, o disco abre com o folk-rock “Na Casca do Ovo”, parceria com Rick Ferreira e Paulo Coelho, sinalizando o tom alegre e comovente da obra. “Você precisa entender que o seu charme já era/E se você fecha a porta/Eu entro pela janela/Te mostro o verso que eu fiz/Te ensino o rock de novo/E com um beijo bem dado/Eu quebro a casca do ovo …”, canta ela. “Maya”, só dela, com arranjos de Capaldi, traz a guitarra de Lulu Santos, com o Vímana, em um dos momentos mais inspirados de sua carreira. O blues “Tão Quente” destaca, além da jazzística interpretação vocal, o piano “feito em casa” de Antônio Adolfo. E o envolvente funk-latino “Miro Giro” paga tributo ao então – e sempre! – obrigatório Santana. “O Príncipe Valente” assinala a presença de Raul Seixas/Paulo Coelho (novamente) no disco, com acompanhamento de Rick, Dadi (A Cor do Som) e Gustavo (A Bolha). “Não Corra Atrás do Sol”, com um saltitante piano de Mu (também A Cor do Som) e fuzz-guitar de Rick tem a clássica pegada roqueira dos anos setenta. Mas, é em “Universo e Fantasia”, uma espécie de “Starway to Heaven” (Led Zeppelin) brazuca, que o clássico rock setentista deixa sua marca mais profunda. O disco é um desfile de cobras do rock e da música popular brasileira, como raras vezes se reuniu. Além dos já citados, acompanham Luiza Maria os músicos Arnaldo Brandão (baixo, d’A Bolha), Fernando Gama (baixo, do Veludo Elétrico e Vímana), Rui Motta (também Veludo Elétrico e, depois, Mutantes, na fase Serginho), Luiz Paulo (teclados, ex-Módulo 1000) e Chico Batera, entre outros. Na capa, a jovem e bela Luiza Maria com longos cabelos cacheados e vestindo uma clássica bata, formatando o tradicional visual hippie setentão. Após três décadas, “Eu Queria Ser Anjo” continua moderno, em nada devendo aos melhores discos gravados em sua época, e esperando que sua beleza desperte a sensibilidade (ainda resta uma esperança!) de algum homem- ou mulher, quem sabe – de gravadora. Enquanto isso, na falta de uma edição oficial caprichada, incluindo as letras e a ficha técnica, rolam CDrs Brasil a fora, suprindo a necessidade e a curiosidade dos ouvintes mais ligados.
Olá amiguíssimos, cultos e ocultos! Hoje temos o lp The Magnetic Sounds, disco lançado originalmente em 1972 e relançado novamente nos anos 80. Como todos já devem saber o The Magnetic Sounds era na verdade o grupo Carbono, especialista em covers. Aqui, eles adotam outro nome, talvez por questões contratuais. E ao que falam, eles gravaram também com outros nomes outros tantos discos. Como TMS, essa é a segunda vez que os apresentamos aqui no Toque Musical. Neste álbum , como todos podem ver, trazem um repertório totalmente internacional com temas de trilhas de filmes famosos. Um disco totalmente instrumental e que procura ser o mais carbono possível, mantendo os arranjos o mais próximo dos originais. Para quem gosta do gênero, taí… Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje resolvi fazer uma re-postagem deste disco do maestro André Penazzi.. Na verdade, comecei ela no engano, pois não havia percebido que já tinha postado este lp aqui. É que na postagem de 11 anos atrás eu o fiz usando o lançamento original, lançado pela Audio Fidelity, em 1963. Agora, refaço essa postagem com um relançamento, feito em 1965, através do selo Som Maior. Aproveito para também rever minha crítica, pois, confesso, naquela época eu não dei a devida atenção ao disco. Sem dúvida, algo diferente do convencional, mas nada de bizarro, como disse anteriormente. Um disco bem gravado e sem dúvida de qualidade, a começar pelo próprio maestro e organista André Penazzi, que selecionou um repertório inteiramente de sambas, clássicos da nossa música brasileira. Nesta edição temos um texto na contracapa que nos poupa aqui de maiores informações. Quer saber, que ouvir? Vai buscar o seu no GTM, poque o tempo é limitado.
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje apresentamos um álbum da cantora Sueli, que começou sua carreira depois da Jovem Guarda, no início dos anos 1970, mas com características do movimento que encantou os jovens nos anos 60. Seu primeiro grande sucesso foi “Férias na praia”, uma versão da música “Ring ring”, do grupo sueco Abba, gravado em 1973. Neste LP de 1976, Sueli (que mais tarde passaria a interpretar sucessos sertanejos) revive versões que fizeram sucesso nos anos 1960, tais como “Estúpido Cupido”, “Banho de lua”, “Dominique”, “Alguém é sempre bobo de alguém” e “Filme triste”. Curiosamente, o responsável pelos arranjos e regências é o maestro Waldemiro Lemke, o mesmo que fez as orquestrações do álbum “Brotinho encantador”, de Celly Campello, já oferecido a vocês pelo TM. É uma credencial que por si só recomenda este disco, mais uma joia rara que o TM apresenta, e que vale a pena conferir.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Há tempos não trazemos aqui as produções do lendário selo mineiro Paladium. Houve um tempo em que eu até pensei em criar um blog exclusivo só para publicarmos os discos dos selos MGL, Paladium e Bemol, que na verdade era tudo a mesma coisa, ou por outra, foi a sequencia de nomes da gravadora do engenheiro de som Dirceu Cheib. Nem vou entrar no mérito histórico da coisa, pois quem procurar aqui por discos desses selos vai encontrar toda a história. O fato é que a Paladium era um selo especializado em vendas diretas, a domicílio, de suas caixas/box trazendo um variado cardápio musical, como diferentes artistas e gêneros. Tudo de forma genérica, ou seja, músicas conhecidas e consagradas interpretadas por orquestras, grupos e artistas obscuros, em geral, músicos mineiros até então desconhecidos ou que viriam num futuro se tornarem famosos, como Wagner Tiso, Célio Balona, Nivaldo Ornellas e muitos outros… A Paladium também intercambiava fonogramas com outras editoras nacionais e dava a esses nomes fantasiosos para comporem assim um ‘cast’, comum a época. Por isso é comum encontrarmos discos dessas pequenas editoras/gravadoras com títulos diferentes para um mesmo fonograma. Coisas do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, quando não havia aqui no Brasil um controle mais rígido dos direitos autorais. Em resumo, aqui temos um exemplar que certamente fazia parte de uma desses box/coleção e o nome do artista é Johnny Heyman And Orchestra. Nome pomposo, que remete de imediato a algum possível maestro gringo famoso. Aliás, pela capa, tem-se a ideia de que se trata de um cantor acompanhado de orquestra, mas não é nada disso. Aqui é somente uma orquestra, que pela ficha técnica na contracapa nos informa que o disco foi gravado pela Bemol, com arranjos do maestro José Vicente, tendo como técnico de som Haroldo Mauro. A capa, uma criação que também já foi usada em outros discos do mesmo selo. Já o repertório, trata-se, como se pode ver ‘standards’ da música internacional, vigente naqueles tempos. Mais uma curiosidade para compor aqui o nosso toque musical. Confiram no GTM.