Boa hora, amigos cultos e ocultos, seja antes ou seja agora! (só pra rimar, hehehe…) E vamos nós nos disquinhos compactos portugueses. Desta vez apresentando Fernando Tordo, outro dos mais destacados e polêmicos artistas portugueses, dono de um extensa discografia. Morou no Brasil por uns quatro anos e também gravou disco por aqui. “Cavalo à solta” foi uma das suas primeiras composições com o poeta José Carlos Ary dos Santos e concorreu ao VIII Grande Prêmio TV da Canção Portuguesa e aqui está juntamente com outra composição dos dois, “Aconteceu na primavera”. Confiram no GTM…
Um bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mostra portuguesa (com certeza), temos desta vez a presença de Duarte Mendes, mais um artista de destaque na música portuguesa dos anos 70. Ao que consta, José Henrique Duarte Mendes foi um dos chamados “capitães de abril’, por conta da sua participação na Revolução de 25 de abril, de 1974, também conhecida como “Revolução dos Cravos”. Duarte Mendes era um militar, parte do grupo dos capitães que se revoltaram contra a ditadura portuguesa. Na música, gravou vários discos, principalmente compactos e participou também dos festivais, muito comuns naquela época. Este é um dos seus discos mais conhecidos e traz duas canções, sendo “Adolescente” uma da músicas que concorreu ao VIII Grande Premio da TV Portuguesa, em 1971. Eis aqui um disquinho com um leve frescor de bossa nova, principalmente nesta canção. Confiram o ‘single’ no GTM…
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje temos em nosso encontro este compacto simples do cantor português, Hugo Maia de Loureiro, um artista que segundo consta, teve uma carreira curta, pelo menos em disco. Se tornou conhecido em programa da RTP, o Zip Zip, onde se apresentavam diversos artistas da época e o qual se tornaria um selo, editando assim, principalmente em discos compactos, os seus artistas. Como vocês já devem ter percebido, outros dos disquinhos que postamos aqui são deste selo. Aqui, no presente compacto, temos Hugo Maia de Loureiro interpretando duas canções de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, “Canção de madrugar” e “Canção de amanhecer”, sendo a primeira, defendida pelo cantor em um festival. Se tornaria uma música bem popular em Portugal. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Continuando nossa mostra ‘luso-musical’, temos para hoje Bártolo Valença e seu conjunto (Rapazes do Ritmo). E havia dito que não teríamos fados, mas isso é quase inevitável. Como diz uma das músicas deste disco, “tudo é fado” quando o assunto é Portugal. E no caso aqui, temos um artista típico da ‘terrinha’ acompanhado pelo conjunto “Rapazes do Ritmo”, seu primeiro grupo musical que mais tarde se tornaria em, Rapsódia Portuguesa, dando mais ênfase as tradições e folclore lusitano. Bártolo Valença iniciou-se nos anos 50 e esteve atuante por toda a década de 60 e no inicio dos 70. Era um artista bem popular, se apresentava em festejos e casas de espetáculos e também gravou vários discos. Aqui temos dele o compacto “Até a vista Lisboa”, lançado ao que costa, em 1966. Ora pois… temos aqui a música portuguesa, com certeza…
Bom dia e em boa hora, amigos cultos e ocultos! Em tempos de ameaças ao estado democrático, na eminência de uma tentativa de ditadura por parte de uma direita burra que deu palanque a um imbecil, qualquer manifestação contrária a tudo isso é uma bandeira de resistência. E aqui, como já sabem, a esperança corre pela esquerda. Embora toda vez que faço alguma menção a política sofro alguma retaliação por parte de gente que está aqui só para vigiar, vou continuar levantando bandeiras de nossos ideais libertários. Ditadura, o caralho! Se pregam a máxima de “liberdade de expressão”, então que seja válida tanto para Chico quanto para Francisco, ok?
Então, temos aqui um precioso disquinho do compositor português Manuel Freire que eternizou musicando o poema “Pedra filosofal” do poeta António Gedeão, originalmente publicado em 1956, se tornando em uma espécie de hino de resistência contra a ditadura portuguesa. E, por certo, reflete também para outros países que enfrentaram e enfrentam regimes militares totalitários. Pelas informações colhidas na internet, Manuel Freire tem uma longa trajetória musical, gravando vários discos, sendo “Pedra Filosofal” uma constante de destaque em sua obra. Confiram no GTM…
Boa hora, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aqui mais um disquinho, um compacto de cantores portugueses. Desta vez um disco de 1971 trazendo a cantora Tonicha, uma artista bem popular em Portugal. Tem em sua carreira uma dezena de discos gravados e ao que consta, ainda continua atuante.
Este compacto traz duas canções de Nuno Nazareth e Ary dos Santos, sendo que “Menina do alta da serra” foi a música classificada e defendida por Tonicha, no festival Eurovisão e no qual alcançou o nono lugar. Confiram no GTM….
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia dito, estarei nas próximas postagens trazendo alguns discos da música popular portuguesa. São em sua maioria discos compactos, singles, muito comuns naquela época e diferente dos nacionais que por aqui nem sempre caprichavam nas capinhas. As capas de compactos europeus são sempre bacaninhas, laminadas, bem acabadas e geralmente atraentes. E acho que foi muito por conta disso que resolvi trazê-los para um toque musical. Procurei também separar bem as coisas… Nada contra, mas aqui não vai ter fado. Afinal nem só de fado vive a música popular portuguesa e vamos ver isso.
Para começar, temos aqui um raro exemplar, até mesmo em Portugal deste interessante compacto trazendo a cantora Simone de Oliveira. Simone esteve no Brasil, em 1966, no primeiro Festival Internacional da Canção defendendo a canção de seu país. E foi nesta oportunidade que conheceu vários artistas brasileiros e no caso aqui, a compositora Vera Brasil. Coincidentemente, há poucos dias atrás eu postei aqui um disco sobre a obra de Sivan Castelo Neto, que era o pai de Vera Brasil. E neste disquinho, um compacto duplo, a cantora Simone de Oliveira interpreta quatro composições de Vera, sendo duas delas com seu pai Sivan e uma com Adilson Godoy. Como se pode ver, na contracapa há um texto de apresentação, de Vera Brasil no qual ela comenta esse encontro da cantora portuguesa com a música brasileira. O disco foi gravado em Portugal quase um ano depois deste festival. Bem interessante. Vale a pena conhecer e conferir 🙂
Olá, amigos cultos e ocultos! Que tal passarmos o mês nos compactos? Estou aqui com uma porção deles, disquinhos dos mais variados, inclusive, tenho alguns portugueses que acho interessante de mostrar e que por certo vocês também irão gostar. Mas, vou procurar alternar também com os lps, principalmente aqueles que já trazem um texto informativo na contracapa, assim a gente não atrasa, ok?
E pra começarmos bem, aqui vai um compacto da Elenco trazendo o delicioso Quarteto em Cy em disco lançado em 1966. Como se vê, trazendo duas pérolas, “Pedro pedreiro”, um dos primeiros sucessos de Chico Buarque e “Amaralina”, de Carlos Castilho e Chico de Assis. Creio que este compacto saiu primeiro, antes do lp, o terceiro das baianinhas. Confiram no GTM…
Boa tarde, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Entre umas e outras, vamos trazendo por aqui também alguns discos que nos são enviados e que por certo já estiveram nas postagens de outros blogs. Desta, temos um compacto bem interessante de bossa nova apresentando Carlos Penha e Nonato Silva. Nessas horas é que eu sinto falta do Samuca. Eu, por certo teria passado essa pra ele e ele por certo teria destrinchado quem é esta dupla. Eu, definitivamente, não consegui ir muito longe, até porque já não tenho tanto tempo para fazer aquelas pesquisas investigativas como fazia antes. Em resumo, não tenho nenhuma informação sobre esses artista, mas acredito que sejam baianos. O compacto é duplo e traz quatro sambas com muita bossa. dois deles até conhecidos, “Balanço do mar”, de Zil Rozendo, música também gravada pela cantora Ana Lúcia e pelo próprio autor, Zil Rozendo. É dele também “Sambambá”. Do lado 2 do disquinho tem mais duas bossas, “Bossa do Gerereco”, de Augusto Messias, Daltro e Zarani e “Tim-dom-dom”, de Codó e João Mello. Compacto lançado pela Philips, segundo informação, lançado em 1964. Confiram no GTM…
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Entre tropeços, enganos e por certo, correções, aqui vamos nós sempre atrasados 🙂 Para hoje, temos este compacto triplo da pianista e compositora Babi Oliveira, a qual já apresentamos aqui em outra oportunidade. Mais uma vez a Bahia mostrando seu talento musical. Trata-se de uma artista que trilhou tanto pelo caminho da música erudita (a canção erudita brasileira), quanto a popular tradicional, a música folclórica brasileira. Podemos encontrar algumas de suas mais conhecidas obras na interpretação de artistas como Inezita Barroso, Vanja Orico, Vitor e Laurici Ávila Pochet, Vicente Celestino e muitos outros. Por certo, como já foi dito aqui, em outro disco dela que postamos, Trata-se de uma artista que até bem pouco tempo quase nada se encontrava sobre ela na internet. Hoje já temos várias fontes, sendo a melhor delas uma dissertação de mestrado em Artes, de Vânia Maria dos Guimarães Alvim, a qual está incluída no arquivo que vocês irão encontrar no GTM.
Sobre o disco que hoje apresentamos, trata-se de um compacto produzido pela Academia Santa Cecília de Discos, que foi uma editora musical surgida em 1971 e na qual existem mais coisas sobre Babi de Oliveira em seu catálogo. E neste compacto, como se pode ver, temos dela seis composições. Babi dedica este disco as mães brasileiras, em homenagem a Mãe de Deus. Um belo e singelo disquinho que teria caído melhor se hoje fosse o Dia das Mães. Mas, como todo dia é dia da mães, acho que hoje está valendo também 🙂
Digam aí, amiguinhos cultos e ocultos, o que acharam desta nossa grande mostra de discos de sete polegadas? Hoje damos por encerrada a apresentação exclusiva de compactos, mas eles sempre voltam, sozinhos ou em bloco, ok?
Aqui temos mais uma raridade para fechar de vez a mostra. Em meio a tantos disquinhos fui escolher este compacto simples, lançado em 1968 pela CBS, através de seu selo Epic. Trata-se de um grupo vocal da era Jovem Guarda, Os Inocentes. Eis aí um nome de conjunto que tem tudo a ver com aquela época e por outra, parece que muitos grupos adotaram esse nome já desde essa época dos anos 60 e aí, se a gente não tem a informação correta, corre o risco de gerar mais confusão para quem busca um pouco da história. O fato é que não foi fácil descobrir quem era mesmo esses Inocentes, mas acabei chegando a conclusão que este era mesmo um quarteto vocal vindo do interior de São Paulo, descobertos por Carlos Imperial com quem gravaram o primeiro compacto e posteriormente caíram nas graças de Rossini Pinto, passado para a RCA Victor onde gravaram outro compacto. O grupo se apresentou em shows e programas de televisão, fizeram um relativo sucesso local. E ao que parece, gravaram apenas mais um disquinho, que é este que aqui publicamos. Confiram essa raridade no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como hoje é domingo, Silvio Santos vem aí… Reservei essa curiosidade para hoje, afinal os domingos sempre foram dele na televisão. Fala sobre Silvio Santos é chover no molhado, figura bastante popular nesse nosso Brasil já há décadas. Um homem que soube enriquecer explorando o povão com seu Baú da Felicidade, apoiado sempre pelos governos militares (e vice-versa), conseguiu se dar bem, se tornando um homem poderoso da televisão. Nada como ser conivente com qualquer tipo de governo, seja de direita, militar ou de esquerda. Silvio Santos sempre soube como lidar e tirar proveito dos momentos e é por isso que ele ainda está por aí, mumificado, mas ainda se arrastando… Admiro o sujeito pela sua inteligência e sagacidade. Popular e populista, Silvio Santos é mais que um simples apresentador de programas dominicais. Um tipo que chegou a ser cotado para Presidente de República, mas experto como é, prefere ser ‘eminência oculta’, comendo pelas beiradas. Uma prova de que os meios ‘televisivos’ deram e ainda dão aos seus donos todo o poder e riqueza. Mas deixemos esse lado as canalhices e politicagens, vamos focar na diversão. E neste sentido, SS foi um mestre, como apresentador de programas, comunicador, encantou milhares de brasileiros, se tornou também uma celebridade, que eventualmente gostava de cantar, participar da festa… Certamente, não podemos considerá-lo como um bom cantor, mas este soube também usar da voz para vida a coisas como essa… Aqui temos dele, em produção independente, um compacto que se não me engano foi lançado em 1969. Um disquinho curioso e raro hoje em dia no qual ele aparece cantando um samba feito para (provavelmente seu time) o Corinthians e do outro lado recitando apaixonadamente uma poesia, que por certo deve ser sua. Musicalmente, o que salva o compacto é a presença do maestro Francisco Moraes, responsável pelos arranjos e orquestração. Uma curiosidade que, por certo, a torcida do Corinthians conhece bem. Confiram no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nada como ser independente, não estar atrelado a regras e poder seguir livremente fazendo as coisas do jeito que a gente quer. Me refiro, por certo, ao próprio blog Toque Musical, esse ‘arremedo informativo fonomusical’ que está na ativa já há quase quinze anos. Sabemos o quanto somos menosprezados pela turma dos expertise da música, gente graduada que escreve em jornais e revistas, publicam livros e coisa e tal, mas torcem o nariz para o nosso blog. Eu até entendo, principalmente por conta de uma certa vaidade e orgulho, ter seu nome associado ao TM pode por em descrédito o profissionalismo. E isso se dá pelo fato de não termos normas, por ser um blog que compartilha no assunto da música o fundamental, a própria música. Ainda hoje somos associados a pirataria, como se tivéssemos mesmo interessados em fazer dinheiro. Estamos há 15 anos por aqui e ao contrário do que possa parecer, nunca ganhamos nada além da satisfação de apresentar diariamente uma produção fonográfica, coisa que, modéstia a parte nós, os blogs musicais, ajudamos a resgatar. Sinceramente, acho mesmo até bom que não tenhamos nos vinculado a parceiros robustos. Por certo, numa dessas já teríamos fechado as portas, como fizeram tantos outros blogs, seja pela pretensão ou pela falta mesmo de estímulos (melhor um incompetente animado do que um competente limitado). É ótimo trabalhar assim, sem amarras, sem uma ordem que nos imponha limite. É bom contar com parceiros que se unem ao TM apenas pelo prazer em cooperar. E se ainda estamos no jogo, isso se deve ao fato de somos exatamente isso o que queremos ser, um blog de caráter pessoal, que posta e compartilha em seu grupo privado, o GTM, o conteúdo de suas publicações. Alguns, por certo, irão questionar o fato de pedirmos doação, coisa que fazemos somente e mediante a solicitação para postagens antigas cujo os links já tenham caducado. Consideramos isso como uma contrapartida, um valor simbólico que nos ajuda a manter a hospedagem da versão WordPress e sua manutenção, nada a mais. Nosso ganho é apenas o prazer de fazermos novas amizades e nesse sentido, temos os melhores amigos cultos e ocultos do mundo, que são vocês…
Mas, deixemos esse assunto para um próximo momento, vamos dando sequencia às nossas postagens que hoje está trazendo o genial Jards Macalé. Já o apresentamos aqui em outros trabalhos, mas como estamos na onda dos discos de sete polegadas, vamos aproveitar a oportunidade para postarmos dele este disquinho que foi seu filho primogênito, um compacto duplo lançado pela RGE, em 1970. “Só morto (burning night)” foi um trabalho produzido pelo próprio Macalé e por Carlos Eduardo Machado, contou com a participação de um time de primeira linha, como se pode ver na ficha da contracapa. Trazia o grupo de rock carioca Soma, Zé Rodrix no piano e orgão e Naná Vasconcelos na percussão. As quatro músicas que compõe o compacto são todas de Macalé em parcerias, sendo uma com Capinan e as outras três com Duda (Carlos Eduardo Machado). Nas quatro faixas Macalé é o responsável pelos arranjos e é quem toca o violão. Neste primeiro disco temos, por exemplo, a música “Sem essa”, que voltaria a ser regravada por ele em seu disco de 1977. Embora seja uma joinha, o disquinho tem uma qualidade de som que ficou a desejar e foi nesse desejo que décadas depois ele mereceu uma segunda edição, feita com maestria pela Discobertas, transformando aquele compacto duplo em um lp/cd e no qual trazia mais dez faixas bônus que são gravações também antigas, feitas ao vivo. Esta versão vocês ainda encontram com facilidade para comprar. Já o compacto original, esse já virou artigo de especulação no Mercado Livre e Discogs. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Um artista que sempre gostamos de ver (e ouvir) no Toque Musical é o Dick Farney. E aqui está ele novamente, marcando presença com sua orquestra, neste disquinho de 7 polegadas, lançado em 1963 pelo selo RGE. Como podemos ver logo na contracapa, aqui temos uma seleção de ouro para este compacto duplo, com quatro sambas clássicos, a ver e ouvir com prazer…
Boa noite, meus caros e prezados amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com Fagner, Raimundo Fagner, em seu primeiro disco, no caso, um compacto duplo lançado em 1972. Fagner havia chegado ao Rio de Janeiro há pouco tempo, mas já trazia na bagagem um currículo interessante, que logo foi notado. Quem primeiro gravou sua música foi Elis Regina, uma garantia de sucesso para qualquer compositor e foi nessas e outras que o cearense logo conseguiu um contrato com a Philips para gravar este disquinho, um compacto com quatro músicas, tendo como carro-chefe a faixa “Cavalo Ferro”. Aqui também está presente “Quatro graus”, música sua que concorreu ao VII FIC, mas foi desclassificada. Confiram no GTM mais este disquinho, que hoje é coisa rara.
Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais uma curiosidade fonográfica extraída por debaixo da poeira do tempo. Mais um disquinho obscuro que teria passado batido, não tivesse antes caído em nossa graça. Como todos já devem saber, o Toque Musical se destaca pela variedade. Aqui cabe música, mas também cabe qualquer coisa produzida para ser um fonograma, de textos narrativos, poesias e histórias a documentos sonoros, jingles e até mesmo toques, barulhos e efeitos sonoros. Afinal, para um bom ouvido, tudo pode ser música, inclusive poesia. E sobre poesia que nos encontramos agora. Eis aqui este obscuro disquinho de sete polegadas, uma produção independente de 1967, coisa feita aqui mesmo na capital da ‘Geraes’. Um disco de sete polegadas que cumpre aqui o seu papel de compacto, mas compacto não de um lp, mas de um livro. Sim, aqui temos uma amostra com quatro poemas da poetisa Ulta Nunes Machado, um nome o qual eu não encontrei nenhuma referência na enciclopédia Google. Por certo, esta será a primeira menção a esta poetisa e também a esse disquinho raro. Suas poesias são interpretadas pelo moço, galã da foto e quase meu xará, Antonio Augusto, que conta ainda com um fundo musical feito pelo violonista José Eugênio. Ao que se entende, este compacto foi uma prévia do livro de poesias de Ulta Nunes Machado que estava par ser lançado.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós, mais uma vez, ouvindo discos com outros olhos… Eis que me cai às mãos este disquinho, um compacto com uma capa que me chamou a atenção. Edson da Paz, quem seria? Pela capa, logo pensei se tratar de um samba-rock. O nosso artista aqui é bem estiloso, de cabelo ‘blackpower’, óculos tipo ray-ban e uma guitarra nas mãos. Estava eu com os ouvidos bem abertos achando que viria alguma coisa swingada… qual o quê… Não foi de todo uma decepção, até porque quem vê capa não ouve a canção. E lá estava eu descobrindo o Edson da Paz. O compacto foi lançado em 1981, mas tem aquele ranço de 10 anos trás, aquela pegada meio brega, meio pós jovem guarda, aquela influência ‘robertocaliana’ até mesmo nos timbres vocais deste cantor. É mesmo curioso e disso eu gosto bem e acho que cabe aqui como uma luva, afinal, adoramos as obscuridades ‘fonomusicais’, não é mesmo? Pois bem, mas eis que numa pesquisa rápida pelo Google, descubro que Edson da Paz continua em atividade. É conhecido como o “Cantor Especial”, um artista com deficiências, ele é cadeirante. Segundo informações, ele é um cantor palestrante, que se dedica a levar mensagem positivas e de esperanças ao seu público. Também se apresenta em praças, principalmente na cidade de Aparecida do Norte (SP). Gravou vários discos, vinil e cds e também foi candidato a deputado federal, pelo PT. É um autêntico artista popular, alagoano que fez sua fama em São Paulo. Confiram este disquinho…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Em nossa última semana de janeiro, ainda nos compactos, trago aqui este disquinho do Trio Esperança. Ele já foi apresentado aqui há algum tempo atrás, mas em bloco, com outros discos de sete polegadas e na época foi sem a capa original. Assim, já com o disco na mão, porque não postá-lo novamente, né? 🙂 Então, aqui temos dois sucessos que ficaram marcados nos anos 60: “Festa do Bolinha”, música de Roberto e Erasmo Carlos e “Downtown”, hit internacional em uma versão de Rossini Pinto que se chamou “Não me abandone”. Nada de novo no ‘front’, mas que agrada em cheio. Confiram no GTM…
Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mês de janeiro dedicado ao disco de 7 polegadas, hoje temos aqui este raro disquinho lançado pela Continental, em 1974. Trata-se de um compacto duplo do cantor e compositor pernambucano Carlos Pinto. Um artista que sempre esteve ligado as artes cênicas, desde a adolescência e através dessa veio também a música que, o levou para as capitais, os grandes centros e a conhecer e se envolver com outros artistas também saídos da região nordeste. Quando foi morar na Bahia conheceu a turma dos Novos Baianos e chegou até a tocar com eles no show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio universal”. Mas ele só viria para o Rio de Janeiro em 1970 onde se integraria a uma turma de amigos como, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos, Torquato Neto e outros. E foi com Torquato Neto que Carlos Pinto começa uma parceria musical, depois vem Waly Salomão e por aí vai… Gravou apenas dois compactos pela Continental, um primeiro simples e na sequência este duplo no qual aparecem seus dois grandes sucessos, “Luz do sol”, gravado por Gal Costa e “Todo dia é dia d”, gravado por Gilberto Gil. Carlos Pinto seguiu se apresentando em show e com outros parceiros, mas acabou voltando para o seu nordeste nos anos 90, onde se tornaria um produtor cultural, desenvolvendo vários projetos e programas na áreas das artes e cultura de sua região. Também se tornaria compositor de hinos e marchas de carnaval. Sempre muito atuante também como membro de ONGs. Segundo informações colhidas em outros sites, Carlo Pinto faleceu em 2019, vitimado por um AVC.
Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Porque hoje é sábado… hehehe… Uma boa desculpa ou razão para trazer de volta este compacto do Marcos Valle, uma amostra do seu lp de 1968, “Viola Enluarada”. Eu já havia postado este disquinho aqui há uns 10 anos atrás, mas só que foi em bloco, num conjunto de outros discos de sete polegadas, creio que ninguém nem lembra mais, nem eu me lembrava e talvez sabendo disso, nem teria re-postado, mas em se tratando de um artista como o Marcos Valle, sempre vale a pena ver e ouvir de novo. Aqui temos ele em dois momentos apresentando a canção título do lp, “Viola enluarada”, com a participação de Milton Nascimento e “Pelas ruas do Recife”, também de sua autoria com o irmão Paulo Sérgio. Disquinho encantador, merece estar aqui e em destaque 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me lembro ainda de uma viagem que fiz a São Paulo nos anos 80. Fiquei em um hotel no centro e por acaso fiquei conhecendo um rapaz que era do interior paulista. Estava na capital para assistir a apresentação de um conjunto musical de sua cidade que iria se apresentar num programa de televisão. Estive com ele em dois momentos, no café da manhã do hotel, onde conversamos e foi justamente no segundo dia que ele me mostrou este disquinho, da banda do primo. Creio que ele havia comprado ou ganhado na noite anterior, mas por infelicidade, acabou esquecendo o compacto na cadeira. Tomamos café e ele se foi. Meia hora depois alguém do hotel veio me trazer o disco, eu informei que não era meu, mas nessa altura o dono já estava voltando para a sua cidade. Sabendo eu da felicidade do cara, por conta do disquinho, achei por bem enviar a ele pelo Correios e foi o que fiz, peguei o endereço no hotel e ainda pela manhã enviei o disco para ele. Duas semanas depois recebi uma carta dele super agradecido. Coincidentemente, mais de trinta anos depois volto a encontrar esse disquinho e não poderia dessa vez deixar passar em branco, fui ouvir…
A Apollus Band era um conjunto de baile que se apresentava em cidades do interior paulista. Acredito que eram da cidade de Apucarana. Gravaram este disquinho, com produção de Osmar Zan, músico, filho do lendário Mario Zan, que também é o autor das versões para as duas músicas deste compacto. Os arranjos e regências são de Hélio Santisteban, do conjunto Pholhas. Achei bem interessante, perfeito para o nosso ‘hall de curiosidades fonomusicais’. Confiram no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Definitivamente, eu não estou conseguindo manter nossas postagens diárias, mas também não quero deixá-las espaçadas, considerando apenas os dias em que realmente faço as publicações. Por isso elas seguem, embora com atrasos, sempre na sequencia dos dias.
Hoje tenho para vocês este disquinho lançado pela RGE/Fermata, em 1973. Nele temos quatro temas que fizeram parte da novela “Carinhoso”, da Rede Globo. Nesta época, embora a Globo já tivesse seu editorial para trilhas e o selo Som Livre, era muito comum se pegar carona no sucesso deles e aqui temos um bom exemplo disso. A RGE. aproveitando desse sucesso, produziu um disco com temas musicais da novela, no caso, versões geradas certamente por músicos de estúdio da gravadora que aqui aparecem como grupos: Thad Sunshine, Nuvens e Clouds. A direção artística é de Toninho Paladinho e os arranjos e solos de sintetizador é do mestre Renato Mendes, que dá uma outra roupagem as músicas. Disquinho curioso, que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Aqui para vocês, um compacto de uma dupla inesquecível, não é nada de raro, no sentido de restrito, mas é raro sim na qualidade. Este sete polegadas lançado em 1972pela RGE, é uma amostra do álbum “São demais os perigos desta vida”, terceiro disco da dupla. Neste disquinho temos dois sucessos…
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Na sequencia de nossa mostra em discos de 7 polegadas, hoje vamos com The Clevers, uma das pioneiras bandas de rock brasileira. Nascida em São Paulo no início dos anos 60, fez bastante sucesso ao longo de sua existência, se transformando em seguida em Os Incríveis, banda que alcançou ainda mais sucesso, ainda nos anos 60 e início dos 70. A história é longa e para quem não conhece eu sugiro pesquisar no Google. Informações não faltam, exceto aqui, tanto pela redundância quanto pele pressa. Como sabem, meu tempo sempre é muito curto 🙂 Mas eis aqui o que podemos considerar como sendo o segundo compacto lançado pelo grupo, em 1964, quando estavam em excursão pela Europa, acompanhando a cantora italiana Rita Pavone. Logo em seguida ao retorno o grupo, cheio de fama, encerra com o empresário Antonio Aguillar e começam uma nova fase como os Incríveis The Clevers. Neste compacto duplo temos quatro ‘roquinhos instrumentais’ que na época estavam em moda como ‘hully gully’, um gênero dançante que agradava bem a juventude. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nosso disquinho deste domingo vai ser este aqui da Rita Lee. Lançado em 1970, trazia dois grandes sucesso de seu primeiro disco solo, o “Build Up”: “José”, uma versão adaptada de Nara Leão para “Joseph”, de George Moustaki e rock “Eu vou me salvar”, de sua autoria e Elcio Decário. Compacto de pré-lançamento do álbum, o qual nós já apresentamos aqui. Vale a lembrança. Bem legalzinho 🙂
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de compactos, disquinhos de 7 polegadas, tenho hoje para vocês o Caetano Veloso, um artista que dispensa comentário, ou por outra, que merece até demais. Porém, aqui, vamos apenas apresentar uma sugestão fonomusical, compacta, simples, mas sempre agradável. Esta postagem tem apenas o intuito de ser agradável e Caetano Veloso, por certo, representa muito bem. Tenho aqui este compacto simples lançado pela Philips, em 1978, trazendo duas canções na voz do artista que fizeram parte da trilha de dois filmes nacionais: “Amante amado”, música de Jorge Ben para “Na boca do mundo”, filme de Antônio Pitanga e “Pecado original”, música do próprio Caetano para o filme “A dama do lotação”, de Neville d’Almeida. Todos os dois filmes foram lançados naquele ano de 1978. Essas duas músicas nunca foram editadas em lps, só vieram a aparecer no cd “Singles” anos mais tarde. Está aí, mais uma curiosidade e um disquinho ótimo de se ouvir. Confiram no GTM…
Olá, meus amigos cultos e ocultos! Lembrei que tinha este arquivo aqui que me foi enviado há algum tempo atrás. Como verifiquei, ainda não foi postado, então é agora mesmo… 🙂
Aqui temos Geraldo Vandré em duas gravações feitas no Chile, em 1969, durante seu período de exílio naquele país. No compacto simples “Desacordonar”, composta no Chile e em espanhol e uma versão para “Pra não dizer que não falei de flores”, aqui chamada apenas de “Caminando. Essas gravações nunca chegaram a ser lançadas aqui no Brasil até 1983, quando então apareceu em uma produção independente e limitada. Eu, sinceramente, nunca tive em mãos este disquinho. Coisa rara, mas já bem rodado em outros blogs musicais e lá no Youtube. Ou seja, já está lá no GTM aguardando vocês.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Fique neste mês com a promessa de postar somente discos compactos, de sete polegadas. No fundo, queria mesmo é revisitar o arquivo, descobrir o que tem além nesses disquinhos que muitas vezes, apenas pelo selo, considerando suas capas genéricas, não é possível saber o seu conteúdo. E é assim que eu vou descobrindo…
Entre tantos, eu hoje escolhi este compacto lançado pela CBS, através de seu selo Epic. Leonardo… para mm, até então um desconhecido. E para se ter uma ideia do meu descontrole, só agora percebi que já havia postado este disquinho aqui, há coisa de uns sete anos atrás, em uma dessas nossas mostras de compactos. Porém, relendo a postagem, percebo que (assim como tantas outras) a fiz meio a ‘toque de caixa’, como dizem por aí. Não dei a devida atenção… há vezes, em que escrever essas postagens como um ato diário e obrigatório me dá um tremendo desânimo, por isso, as vezes sai ‘merda’ (com o perdão da palavra) e a postagem fica mesmo muito pobre. O que, então, reforça a necessidade de uma nova postagem para esclarecer melhor os fatos 🙂
Então, temos aqui Leonardo, neste compacto lançado em 1968. Numa rápida pesquisa que fiz aqui, acabei caindo no Youtube e foi lá que encontrei as informações que faltavam. E que interessante, até aqui, meu saudoso amigo virtual Samuca está presente. Foi através de seu comentário e de outros na postagem deste disquinho, no Youtube, que colhei as informações necessárias…
Leonardo foi um pseudônimo usado pelo compositor carioca Nenéo (Nelson de Moraes Filho). Um cara que por conta da tragédia, a morte num mesmo momento dos pais e irmão, lhe deixou aos 13 anos sozinho, como tutor de seus outros irmãos mais novos. Encontrou na música, na composição, inspirada em seu ídolo Roberto Carlos, a retomada da vida e o sucesso como músico. Na verdade, foi através do cantor Paulo Sérgio, que tudo começou. Foi ele quem gravou primeiro a sua música. Depois viria Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Márcio Greick, Zezé de Camargo & Luciano, Sandy & Junior e muitos outros. Enfim, este foi o primeiro momento, o primeiro disco deste compositor que continua ativo, compondo e também gravando. Confiram o disquinho no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Vez por outra a gente precisa chegar direito os disquinhos de 7 polegadas que muitas vezes, por virem embalados em capas genéricas, acabam não sendo muito atrativos. Muitos compactos, principalmente aqueles feitos nos intuito de promoção artística pelas gravadoras, traziam capas simples com aquele recorte redondo para mostrar o selo. E nesses, poucos se interessam numa ‘garimpagem-pente-fino’, principalmente quando se está num sebo/loja cheio de outros tantos discos. Só mesmo sendo pontual, direto ao foco, só mesmo quem gosta de compactos e sabe reconhecer o trigo no joio, ou vice-versa. Estou dizendo isso porque em minha última ‘garimpagem’ de vinil me dediquei exclusivamente a esse tipo de disquinho entre muitos havia também este que agora aqui eu apresento. Certamente, pouquíssimos devem conhecer e eu também não conhecia. Mas em se tratando de discos com selo Bemol a gente precisa dar atenção. Principalmente quando o disquinho ainda está todo original, incluindo a capinha. Enfim, aqui temos os Zoroastros do Ritmo. Um nome bem curioso para um conjunto musical e por esse, pensei que talvez não fosse tão difícil achar informações sobre o grupo. Qual o quê… O máximo que consegui foi achar uma nota em um jornal antigo de 1970, da cidade de Lavras (MG), na qual trazia a informação da vinda da orquestra Zoroastros do Ritmo para uma apresentação. Na nota constava que o grupo era da cidade também do sul de Minas, Campo Belo. Por acaso, tenho um vizinho que é desta cidade e fui perguntar a ele se acaso conhecia. Coincidentemente, ele era amigo dos filhos dos membros desse conjunto. Os Zoroastros do Ritmo foi um grupo musical formado por irmãos, inicialmente como um conjunto, chegando depois a se tornar uma orquestra de bailes. Segundo informações, eram eles um dos famosos grupos musicais que animavam a região do sul de Minas naqueles tempos. Embora até o momento eu ainda não tenha entrado em contato com um dos seus membros para pegar mais informações, sei que eles gravaram apenas este compacto duplo, em 1967. No disquinho, como se pode ver temos quatro sucessos internacionais da época, sendo duas faixas instrumentais e duas versões que já eram sucessos da Jovem Guarda. Os Zoroastros do Ritmo era mesmo um competente conjunto de bailes e se destacou também na cena pop musical da época. Estão presentes em coletâneas e citações de grupos obscuros da Jovem Guarda. Confiram essa raridade no GTM…