Eis aqui um disco que merece a nossa atenção. Desta vez estamos trazendo um 10 polegadas. Um dos primeiros discos realmente de vinil, flexível e como no próprio selo indica, ‘inquebrável’, porém, o último suspiro desse formato e rotação, pois já no início dos anos 60, ainda era muito comum discos e vitrolas em 78 rpm por aqui.
Mas, o que queremos destacar é bem mais que isso. Inclusive, essas mesmas gravações já foram apresentadas aqui em uma outra postagem, dentro da mostra “Grand Record Brazil – Seleção de 78 RPM do Toque Musical”, pelo nosso saudoso Samuca. Mesmo assim, vale a pena esta postagem por ser tratar de um disco bastante raro e que merece este post solo. Segue um trecho da postagem, o número 3 da série GRB escrita pelo Samuel Machado Filho, sobre esta ‘bolacha moderna’:
… outra preciosidade é o segundo e último 78 rpm do cantor Jonas Silva, sobre o qual não há informações disponíveis. Ele estreou em 1955 na Mocambo, com os sambas “Andorinha” e “Eu gosto de você”, e – um mistério! – só fez o segundo 78 seis anos mais tarde. Ele saiu pela Philips em julho de 1960, com o número P61068H e a vantagem de ser inquebrável, prensado em vinil! No lado A, uma das mais conhecidas composições de Tito Madi, o samba “Saudade querida”, hit absoluto naquele ano, gravado por inúmeros intérpretes e, claro, pelo próprio Tito. No lado B, outro samba, “Complicação”, dos mesmos Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli que nos deram, nesse mesmo ano, o samba-canção “Fim de noite”, na voz de Alaíde Costa. É a única gravação desta preciosidade, ao menos em 78 rpm, e o acompanhamento no selo diz apenas que é por conjunto.
Começamos a semana trazendo de volta os ‘long plays’. Por certo, ainda não esgotamos nossas postagens de compactos, esses também continuam alternando dentro da nossa vontade e necessidade. Por hora, vamos com este lp lançado em 1960, pela Odeon. Temos aqui e mais uma vez no Toque Musical o instrumentista Avena de Castro numa seleção de sucessos dançantes, nacionais e internacionais, bem comum naquela época, com arranjos e regido por Leo Peracchi e Lindolfo Gaya. Avena de Castro foi um citarista que adaptou a cítara para a música popular, fazendo muito sucesso e despertando novos entusiastas para o instrumento.
E como é domingo… Continuamos… Desta vez trazendo outra curiosidade, Chucho Martinez, possivelmente um artista estrangeiro, mexicano talvez (Chucho Martinez Gil?), em compacto, pelo selo Fermata. O que nos traz a este compacto duplo, possivelmente de 1964, é a sua produção. Certamente gravado aqui mesmo no Brasil e o que deixa isso muito claro é o fato de termos no disquinho duas composições da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorin, “Oferenda” e “Que queres tu de mim” em versões feitas por Chucho Martinez. Outro detalhe importante é que o artista vem acompanhado pelo Trio Cristal e orquestração do maestro Daniel Salinas. (estou quase achando que não tem nada de mexicano aqui, só uruguaios). Para os amantes do bolero, eis aqui um pratinho cheio…
Mais uma curiosidade que nos interessa, aqui no Toque Musical. Desta vez temos Pocho e sua orquestra, neste compacto de 45 rpm, ou seja, mais um dos primeiros lançamentos nesse formato de 7 polegadas. Como já dissemos, os primeiros compactos brasileiros seguiam o padrão americano e europeu, com gravações em velocidade de 45 rpm, além do buracão no centro, que era comum para as radiolinhas e ‘jukebox’. Aqui no Brasil usava-se os adaptadores.
Temos assim, Pocho, apelido para maestro uruguaio Rubens Perez que atuou no Brasil nos anos 50 e 60, contratado pela RGE. Já postamos dele outros discos por aqui e agora vamos com este raro compacto duplo onde ele com sua orquestra nos trazem quatro diferentes temas da época…
Nosso compacto de hoje é com a cantora Lucienne Franco, uma das poucas remanescentes da chamada “Era do Rádio”. Até pouco tempo atrás ela ainda fazia apresentações, retomando uma carreira interrompida por conta da administração de hotéis de sua família, durante as décadas de 80 e 90. Luciene iniciou-se na carreira no rádio, tendo como padrinho Luiz Bonfá. Também era uma das intérpretes favoritas de Ary Barroso. Atuou no rádio e na televisão. Cantou em boates, excursionou por várias cidades brasileiras e também se apresentou em países latino-americanos e na Europa. Seu repertório, como o de tantas outras cantoras de sua época era música brasileira, o samba. Mas também interpretava músicas estrangeiras, como aqui neste disquinho que foi o maior sucesso por conta da canção “Ma vie”.
Olha aí o toque desta quinta feira… Aqui temos um raríssimo e porque não dizer, obscuro disquinho que os amig@s vão tod@s apreciar. E logo, não demora, vai estar completo no Youtube, monetizado como cabe a tudo que passa por aqui de graça. A graça e o prazer de ouvir com outros olhos…
Mas voltando ao que interessa, aqui temos um compacto duplo, em 45 rpm, lançado pela Odeon no ano de 1959, trazendo um grupo musical vindo da cidade de Ouro Preto. Trata-se de um jovem quinteto formado por estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto. Formado por Ubirajara Quaranta Cabral (Bira) no piano; Helser Dornas Antunes (Madrugada) no acordeon; Fernando Versiani dos Anjos (Passarinho) no sax; Roberto Augusto Barbosa (Menescau) no contrabaixo e Petronius Trópia Marzano (Van Johnson) na bateria. Este conjunto fazia sucesso nas noites frias daquela cidade barroca. Segundo consta, o grupo se apresentava nos finais de semana, em bailes e shows, tinham um repertório sofisticado, antenados com o jazz e a bossa nova que ecoava entre as montanhas e em especial nesta cidade turística. Infelizmente, não ficou muita coisa registrada sobre eles, não muita referência na rede e talvez quem ainda se lembra do quinteto é o povo do lugar. E este disquinho… ah, este disquinho, apesar dos estalos, vale ter na coleção 😉
Mais uma boa curiosidade fonomusical, um raro compacto do selo Arpège, produção artística do grande Waldir Calmon que também empresariava uma famosa casa noturna do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Do selo Arpège eu pensava que, como Djalma Ferreira e seu selo Drink, Calmon só tivesse editado seus próprios trabalhos. Mas aqui, como se pode ver, temos este raro exemplar em sete polegadas, ainda em 45 rpm, trazendo a cantora Daisy Guastini. Para muitos, uma cantora pouco conhecida, ainda mais nos dias de hoje. Ela já apareceu aqui em uma série da nossa coletânea exclusiva Grand Record Brazil, mas até onde sei, ela não gravou muita coisa. Paulista, mudou-se ainda jovem para Belo Horizonte onde iniciou sua carreira artística, inicialmente como garota propaganda. Trabalhou no rádio e na televisão mineira, onde também chegou a comandar programas locais de entrevistas e também como cantora. Cantou na famosa orquestra do maestro Delé, em diversos clubes e casas noturnas. No final dos anos 50 ela já se projetava para além das montanhas de Minas, atuando com destaque em casas noturnas de São Paulo e Rio de Janeiro. E foi numa dessas que ela também cruzou com Waldir Calmon, por certo, também cantou na boate e daí nasceu seu primeiro disco, este compacto duplo, onde aparece logo de entrada o samba/bossa “O que tinha de ser” (no disco como “Porque tinha de ser”), composição até então inédita de Jobim e Vinicius. Também se destaca outra famosa de Tom, “Esquecendo você”. As outras duas faixas são os samba-canção, “Noite triste sem ninguém”, de Fred Chateubriant e Vinicius de Carvalho e “Basta a luz da lua”, do maestro mineiro Delé (José Bráz de Andrade) que também não deixam nada a desejar. Confiram essa raridade no GTM…
Um dos artistas mais presentes aqui no Toque Musical é, sem dúvida, o Djalma Ferreira. Já postamos muitos dos seus discos e pelo jeito não vamos parar. Só que desta vez vamos com os não menos charmosos compactos. Lá pelo início dos anos 60 esses disquinhos passaram a pipocar, as gravadoras perceberam que mais que uma amostra, o sete polegadas era um produto alternativo e muita gente estava gostando do formato. Djalma Ferreira e seu selo Drink não ficou para trás, também lançou seus compactos. E como se pode ver na contracapa deste aqui, houve pelo menos mais três disquinhos, coisa rara de se encontrar. Colecionador aqui só dá valor depois que os gringos levam tudo.
Começando mais uma semana, vamos dar sequencia a mais alguns compactos variados 🙂 Nesta postagem estamos trazendo um compacto duplo, lançado em 1962 pela RCA e seu selo Camden. Temos aqui Os Três Amigos, um trio vocal formado ainda nos anos 50, composto por Cide Mineiro, João da Matta e Lúcio Sampaio. O disquinho traz quatro músicas que originalmente foram lançadas em dois discos de 78 rpm, pelo selo Victor, em 1961 e 62. Este compacto veio na sequencia, certamente por conta do sucesso rancheiro de músicas como “Zorro” e “Sarita”. O trio, parece, ainda voltaria a gravar mais dois discos nos anos 80. Curiosidades que vale a pena conhecer 😉
Olá, meus amigos… seguindo com mais um compacto. Desta vez trazendo o cantor Teddy Milton, representante da Jovem Guarda no interior paulista, vindo de Jundiaí. Foi descoberto por Tony Campello, que também foi quem cunhou o nome artístico do cantor Milton da Cunha. Como tantos outros artistas da fase Jovem Guarda, ficou também só nos compactos, ao que se sabe, gravou ao longo da carreira uns cinco 7 polegadas até por volta dos anos 70. Este, ao que parece, foi seu segundo disco, lançado pela Odeon em 1964. Compacto simples, traz duas versões…
Olha aí, mais obscuro objeto de desejo dos colecionadores e apaixonados pela Jovem Guarda. Aqui temos Sissi, artista que eu também não me recordo e ao ouvir o disquinho tive a impressão que fosse a cantora Silvinha, mas em nenhum momento há referencias sobre isso na biografia da cantora. Por outra, não achei nenhuma informação sobre esta cantora, Sissi. Mais um mistério do nosso mundinho fonográfico, aqui no Toque Musical. Enquanto não aparece mais informações, vamos pelo menos ouvir o que a garota tem para a gente ouvir…
Olha aí mais um disquinho de sete polegadas para conhecer, reconhecer e relembrar. Entre os mais diversos grupos de música jovem daqueles anos 60, aqui temos mais um, eternizado neste compacto que agora apresentamos. Tom & Jerry, dupla que pelo que visto e ouvido, só gravou este disquinho, pela RCA Victor. Com produção de Ramalho Neto e direção artística de Fred Jorge, a dupla se destaca entre outras do gênero, mas também como essas, não passaram das ‘jukebox’ daqueles tempos. Na contracapa, como se pode ver, há um texto de apresentação da dupla. Disquinho legal, podem conferir…
Seguimos hoje nossa mostra de compactos trazendo Vic Barone, um artista que eu acreditava que fosse mineiro, pois naqueles anos 60 ele participava de programas na antiga TV Itacolomi. Mas segundo informações, Vic era paulista. Porém foi morando em Belo Horizonte que ele iniciou sua carreira como cantor. Venceu um concurso nacional de novos talentos da Jovem Guarda, o que o levou ao primeiro disco, um compacto lançado em 1967. Voltou a gravar, desta vez pelo selo Beverly, onde aqui aparece neste compacto simples. Gravou ainda mais uns dois ou três compactos. Ele também aparece no lp da montagem nacional do musical “Jesus Cristo Super Star”. Ao longo desse tempo também fez teatro, televisão e cinema. Curiosamente, não há muita informação sobre este artista. Nem mesmo se ele ainda está vivo. Mais uma aí para a nossa seção de histórias incompletas…
Mais uma curiosidade em compactos para a alegria de vocês. Como sabemos, esses disquinhos de 7 polegadas foram criados para lançarem pelas gravadoras um determinado artista, uma pequena amostra musical do que poderia vir a ser um ‘long play’. Conforme a aceitação das músicas no compacto, este viria a se tornar um lp. Muitos artistas e projetos acabaram ficando mesmo, apenas no compacto. Isso, óbvio, me refiro a indústria fonográfica musical, as grandes gravadoras e selos. Os discos compactos também atenderiam a outras funções de áudio, num tempo em que esse mundo ainda era analógico (cursos de línguas, poesias, propagandas, experimentos sonoros alternativos, registros pessoais e inclusive produções musicais independentes)
Aqui, por exemplo, temos este compacto simples lançado pela RCA Victor, em 1968, trazendo Wagner, um cantor romântico da Jovem Guarda, ao estilo de Wanderley Cardoso. Até procuramos informações sobre o artista, mas apenas por este nome tão genérico, ou mesmo associando ao nome das músicas, não foram suficiente… Daí, só nos resta postar e aguardar alguém que saiba quem foi este Wagner. Por hora, vamos apenas ouvir…
Olha aí, mais uma curiosidade fonográfica dos anos 60, mais um disquinho da Mocambo, desta vez apostando na figura de Valéria, também chamada de Divina Valéria, personagem incorporado por Walter Fernandez Gonzalez, na época um performista, que atuava em boates e teatros do Rio de Janeiro. Atuou ao lado de outras artistas do gênero, como Rogéria. Também trabalhou na Europa nos anos 70. Na música, gravou apenas este compacto, em 1965 e um cd em 2020. Ao que consta, continua ativa na cena LGBTQI+ participando de show e eventos.
Neste compacto, como se pode ver temos Valéria, o travesti, numa seleção de sambas famosos em ‘pot pourri’ e fechando com a marcha rancho de João Roberto Kelly e Chico Anísio, “Rancho da Praça Onze”. Aproveitem, pois essa ainda não chegou no Youtube 😉
Nesta semana eu vou tentar facilitar a minha vida e de quebra alegrar a de vocês com uma série variada de compactos que já havia digitalizado recentemente. Curiosidades que caem como uma luva em nossa proposta de ouvir com outros olhos.
Aqui temos Zakiel’ 60. Um disquinho compacto que chama atenção. Psicodelia pura, pelo menos na capa. Curiosidade que não pode faltar na discoteca de todo amante da Jovem Guarda. Zakiel’ 60 é um grupo um tanto obscuro. Não consegui achar nenhuma informação sobre eles. A expectativa é grande, mas a realidade não vai além do comum, entre tantos grupos jovens que se aventuraram naqueles anos 60. Tudo se espelhando em Beatles, inclusive temos até uma versão para “Eleanor Rigby”. A outra faixa/face, autoral, peca pela caricatura vocal, que não chamaria muita atenção se não fosse tão desafinada. Mas, está valendo, faz parte e dentro de um contexto, a gente escuta mesmo com outros olhos 😉
eleanor rigby
eu, viver só, não sei
PS: Agradecemos ao nosso amigo culto Rafael Moreira que nos enviou as informações que ele encontrou em um antigo blog (Mopho Discos)…
Este compacto foi gravado e lançado por volta de abril/maio de 1967, pelo Selo Rozemblit – Mocambo, com capa elaborada pelo publicitário Paulo Orlando (Polé), e sob a direção do José Mauro Filho.
O conjunto, formado na Vila Mariana, executava em sua grande maioria músicas de sua autoria e repertório com músicas dos Beatles e Hollies, como era comum na época”.
A banda tinha a seguinte formação, Luís Antonio Peçanha nas guitarras de seis e de doze cordas (construída pelo próprio conjunto) e vocal, Persio Dario Reale no contra-baixo acústico e elétrico, violino eletrificado e xilofone (no solo de ‘Eu Viver Só Não Sei’, versão de ‘Walk Away Renée’, original dos americanos The Left Bank), Francisco Heraldo Turra Vieira, no pandeiro, pratos e vocal e Ronaldo Miranda Borges no bongo e vocal.
Essa formação era derivada de um grupo anterior, dos idos de 1962/63, de nome Les Aigles, que tocava músicas dos Ventures e dos Shadows, do qual participou inicialmente Carlos Bogossian (Bogô, ex-The Hits) na guitarra-base, e que, posteriormente, fundou os Beatniks, José Henrique Serra Russo, guitarra-solo, que também tocou com o Zakiel’60, Nei Martins Gaspar na bateria e Persio Dario Reale no contra-baixo elétrico”.
Já com o nome de Zakiel’60, e durante e após o período de gravação do disco, o conjunto apresentou-se em uma das mais importantes casas de show da época, a Boate Cheetah, localizada na antiga praça Roosevelt. Um desses shows, segundo Persio, foi assistido pelo empresário Marcos Lázaro, que convidou a banda para participar do programa Jovem Guarda, em sua edição carioca. Eles foram apresentados pelo Rei como um conjunto com “uma roupagem nova para o iê-iê-iê, com violino e outras coisas mais”. O grupo também apresentou-se no programa de Ronnie Von e no programa dos Incríveis, na época dirigido por Brancato Júnior.
Com a nova formação, o grupo fez uma temporada na Boate Playboy, localizada na rua Augusta, em São Paulo, de propriedade de Luís Vassalo, também dono da Boate Cave, na rua da Consolação. A Boate Cave, lembra Persio, “reunia o pessoal da Jovem Guarda, principalmente aos sábados, véspera do programa, quando promoviam as famosas ‘canjas’, após fechar as portas, depois das quatro horas da manhã”. Assim como a maioria das bandas de garagem dos anos sessenta, Zakiel’60 também teve vida curta, com alguns de seus membros passando a integrar o grupo Heritage, em 1969.
Abrindo mais uma de nossas janelas, a partir deste ano estamos replicando nossas postagens também em nosso perfil no Instagram. Desta forma, vocês poderão também acessar nossas postagens pelo aplicativo. Sejam bem vindos!
Vejam vocês que disquinho ótimo para se ouvir neste domingo. Aqui temos um registro dos mais interessantes, coisa que agrada muito dj’s e colecionadores, principalmente os gringos que nessa altura já levaram embora todos os que ainda existiam. Por isso também vale uma baba. Não falta quem pague pra mais de 500 pratas no compacto de 7 polegadas.
Aqui temos (em verdade) a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, acompanhando seu ritmista/percussionista, o genial Pedro Santos (Sorongo). Não sei se é um momento especial de Severino ao amigo Pedro, dando a este a oportunidade de se destacar com suas pesquisas rítmicas, ou se atende ao apelo comercial da época, ao estilos de outras orquestras americanas, que faziam sucesso explorando os chamados ritmos exóticos, tipo Arthur Lyman, Martin Denny… Claro que, sem puxar a sardinha, em termos de ritmos e originalidade e até da competência, “Sorongo” vai além…
Um disco que pensei já termos postado, só agora verifico que não. Que bom, então, chegou sua hora…
Aqui temos e mais uma vez em nosso Toque Musical, o cantor, compositor e sambista Dilermando Pinheiro, figura das mais importantes na música popular brasileira, lembrado sempre como parceiro de Cyro Monteiro em dupla, primeiro no final dos anos 30 (Dupla Onze, por conta da magreza dos dois artistas) e depois um reencontro nos anos 60, quando voltaram a se apresentar a convite do jornalista Sérgio Cabral e de onde nasceu o lp “Telecoteco Opus 1”, de 1966, disco este que já postamos aqui. Agora, segue o “Batuque na palhinha”, produzido por Marcus Vinicius e seu memorável selo Discos Marcus Pereira, lançado dois anos após a morte prematura do artista, trazendo alguns de seus maiores sucessos.
Olá meus amigos… Hoje trago para vocês a grande e internacional Leny Eversong, uma das maiores cantoras brasileiras, injustamente, pouco lembrada quando falamos das grandes vozes femininas da música popular brasileira. Mas talvez Leny Eversong saia um pouco do padrão, pois além de brilhar como as demais cantoras brasileiras de sua época, conquistou também projeção internacional, gravando e lançando discos nos Estados Unidos da América. Talvez, também pelo nome e por um repertório internacional, para muitos ela deve ter passando por mais uma cantora estrangeira.
Aqui temos Leny Eversong acompanhada pela orquestra de Neal Hefti, em disco lançado originalmente pelo selo americano Coral Records, em 1957, lá. O lp também foi lançado no Brasil e no mesmo ano, pela Copacabana, com a mesma capa e o título “Leny Eversong na América do Norte”.
Nossa postagem de hoje traz este disquinho compacto, lançado de forma independente aqui nas Minas Gerais. Trata-se do Grupo Estrada, conjunto formado nos anos 80 e ao que sei, só chegaram a lançar este compacto simples, gravado na Bemol, em 1981. Segundo algumas informações colhidas em um site sobre um dos membros do grupo, Sérgio Seidel, este conjunto ganhou alguma projeção quando se apresentou em programas de televisão como o “Viola Minha Viola” e o “Som Brasil”. Também acompanharam o cantor e compositor Zé Geraldo bom um bom tempo. Sérgio Seidel também foi empresário de Zé Geraldo e parceiro na música “Caminhos de Minas” e ‘Quatro cantos da saudade”, lançadas no disco do Zé, em 1983.
Aqui temos um autêntico grupo musical mineiro, com todas aquelas características da música que se fazia por aqui naqueles anos 80. Disquinho bacana que em outros tempos talvez fosse um ‘debut’ para um lp. Hoje é uma raridade, pois se trata de uma edição independente e limitada.
Verificando em nossos arquivos, tenho agora (quase) certeza de que o “Waltinho no Mangueira’s”, do compacto que postamos, abrindo 2024 é o mesmo Walter Gonçalves que agora trazemos para vocês. Como se pode ler nitidamente na contracapa do lp “Ecos de boite”, lançado pelo selo Sinter em 1955, este foi o primeiro disco do então jovem pianista Walter Gonçalves, mineiro de Belo Horizonte que já com 15 anos atuava na orquestra do maestro Delê, no antigo e charmoso cassino da Pampulha, nos anos 40. Com o fim dos cassinos e também na falta de boas casas noturnas para se apresentar, Waltinho acabou indo para o Rio de Janeiro, onde então conseguiu na época projeção nacional, se tornando como todos, músico da noite, se apresentando em grandes boates. Neste seu primeiro lp temos um repertório que contempla os ritmos quentes daquela época, ou seja, choros, sambas, baião, mambos e fox-trote. Um disco que mesmo hoje ainda atrai a atenção. Se não conhecem, vale a pena ouvir 🙂
Para o nosso encontro de hoje temos o baiano Clodoaldo Brito, violonista e compositor, mais conhecido como Codó. Um artista dos mais interessante e que curiosamente, até hoje, só havíamos postado um disco, seu álbum de 1970, o “Vim Pra Ficar”. Creio que não postamos outros porque há até algum tempo atrás havia um site/blog dedicado inteiramente ao Codó, trazendo toda a sua discografia. Pena que eu já não me lembro mais, pois também gostaria de baixar esse tesouro.
Não vou aqui tomar tempo, a contracapa do lp que apresentamos já traz toda a informação necessária. Fiquem a vontade para se deleitar com essa postagem cujo o conteúdo vocês já sabem onde encontrar, ou seja, no nosso GTM (Grupo do Toque Musical). Não conhece ainda? Então, dá uma passada de olho nos textos laterais e de aba do nosso site principal (www.toque-musicall.com). Solicite a sua participação e boas colheitas 😉
Olá, amigos. Sejam bem vindos ao Toque Musical 2024! Neste ano voltamos ao estilo ‘drops misto’, uma variedade de cores, sabores e sons. Um balaio musical atemporal para agradar gregos, troianos e principalmente a nós que ouvimos música com outros olhos 🙂
Começando aqui nossos trabalhos trazendo um disquinho bem raro, compacto lançado pelo obscuro selo/editora Opus, Belo Horizonte e conforme tudo indica, no início dos anos 70. Digo isso porque em todo, o disquinho ainda é um mistério, trazendo Walter Gonçalves ou ainda, Waltinho (e seu conjunto), em um registro ao vivo no Mangueiras, um grande restaurante e churrascaria que havia em Belo Horizonte, na região da Pampulha, nos anos 70. Por se tratar de um disco compacto, sem capa e com pouquíssimas informações no selo, fica ainda a dúvida se este Walter Gonçalves é o mesmo pianista que gravou alguns discos nos anos 50 e 60. Eu acredito que sim, pois o estilo é bem parecido e naqueles anos 70 muitos músicos de gerações anteriores, as vezes em decadência, acabavam se dedicando a apresentações em boates e restaurantes.
Neste compacto, Waltinho acompanhado de um conjunto nos apresenta uma sessão bem ritmada de sambas numa sequencia em ‘pot pourri’ e a vibração que só se tem numa gravação ao vivo. Disquinho bem interessante de se ouvir e que por certo, logo vai estar também no Youtube através da turma que monetiza esses “filhos sem pais” que a gente posta por aqui… 🙂
Olá, meus caros amigos! Chegamos então ao fim de mais um ano. Ano este dedicado exclusivamente à música erudita/clássica brasileira. Publicamos aqui dezenas de títulos e artistas, discos, compositores, intérpretes e instrumentistas. Um panorama da produção fonográfica ao longo de quase 50 anos.
Em 2024, voltamos à publicações outras e das mais variadas para agradar não apenas os gregos, como também os troianos 🙂
Hoje fechamos com nossa missão cumprida. Amanhã não será apenas um outro dia, mas um novo ano começando. Queremos assim, desejar a todos um ótimo ano novo. Tudo de bom e com muita música!