Jurava que já havíamos postado este disquinho do Ary Toledo. Mas pelo index e pela pesquisa no blog ele não apareceu, então vai agora nesta nossa mostra de compactos. Temos aqui uma prévia, como era boa parte de discos compactos e do lp deste artista, lançado no mesmo ano pela Fermata. Nele, compacto simples, vamos encontrar duas ótimas…
Mais uma vez, numa mostra de compactos, aqui temos o pernambucano Carlos Pinto. Há tempos atrás postamos um disco dele, um compacto de 1974 e agora vamos para este lançamento de 1973, pela Continental, que foi seu primeiro trabalho. Ele gravou apenas esses dois compactos e pelo que vemos e ouvimos, trata-se de um artista engajado, autor ao lado de Torquato Neto da belíssima “Três da madrugada” gravada pelos Novos Baianos e que também está presente neste disqiunho. E a propósito, participa do compacto a trupe de baianos.
Carlos Pinto seguiu se apresentando em show e com outros parceiros, mas acabou voltando para o seu nordeste nos anos 90, onde se tornaria um produtor cultural, desenvolvendo vários projetos e programas na áreas das artes e cultura de sua região. Também se tornaria compositor de hinos e marchas de carnaval. Sempre muito atuante também como membro de ONGs. Segundo informações colhidas em outros sites, Carlo Pinto faleceu em 2019, vitimado por um AVC.
Abrimos fevereiro nos compactos… Começando por este promocional lançado em 1970 para O Pasquim, o memorável tabloide semanal subversivo que circulou no Brasil por quase trinta anos. “O Som do Pasquim” foi uma série fonomusical que saiu como brinde do jornal para os seus leitores. Ainda hoje é possível encontrar esses disquinhos. Aqui, temos o Trio Mocotó e Jorge Ben num registro que só consta neste diquinho. Muito legal, confiram…
Seguindo em nossas postagens, temos desta vez Rildo Hora, um dos nomes mais importante da música popular brasileira e como outros que apresentamos aqui, um desconhecido, pois é desses artista que também trabalho nos bastidores, nos estúdios. Violonista e gaitista, também compositor e mais ainda produtor, por trás de alguns dos mais mportantes discos da música brasileira.
Em “Suave é a noite” temos uma seleção variada de músicas de sucesso em estilo orquestral, sendo o acompanhamento e solo de gaita, deste grande artista, Confiram…
Aqui uma re-postagem… Em outros tempos postamos este disco do Rick Ferreira, um dos grandes guitarristas brasileiro, também compositor, músico que sempre esteve mais no apoio, tanto em estúdio quanto em shows. Acompanha, ainda hoje, os mais diversos e importantes artistas brasileiros. Se destacou como guitarrista da banda de Raul Seixas, na qual esteve presente com seus solos e acompanhamentos em vários discos, músico fiel do ‘maluco beleza’.
Em “Porta das Maravilhas”, seu primeiro e único lp (antes havia lançado um compacto) vamos encontrar um dos melhores discos lançados nos anos 70 e injustamente esquecido. Até hoje, nunca foi relançado, ainda mais agora que tanta coisa vem sendo relançada. O Rick, nada… Mas está aí um trabalho que vale a pena conhecer. Um lp no qual participam também outros grandes músicos. O repertório é praticamente todo autoral, com destaque para “Solitário”, Overtreze” e “Porta das Maravilhas” (Eveline Barki e Marcio Weneck e cabe também “Todo sujo de baton” de Belchior e “Cachorro Urubu” de Raul Seixas”. Realmente muito bom.
Seguindo em nossa salada mista, vamos agora relembrar os tempos do ‘farwest’ e a música de vaqueiros… ou melhor, dos ‘cowboys’. No tempo em que o cinema tinha o gênero ‘bang bang’, isso fazia muito sucesso por aqui. E nessa linha, temos Antonio Miranda Netto, o Miranda, músico experiente que atuou na noite e nas rádios a partir dos anos 50. Dominando com maestria diversos instrumentos de corda e também atuando em diferentes gêneros com seu conjunto, lançou este seu primeiro lp pela Beverly, em 1961. Um disco que procurava explorar comercialmente este gênero e o artista, moldando assim, Miranda e Seus Vaqueiros. No repertório alguns dos temas mais famosos do ‘country’ e também, curiosamente, o nosso baião tocado em estilo música do velho oeste americano. Vale a pena conhecer…
Seguindo em nossas postagens, temos agora “Nevoeiro”, primeiro disco do guitarrista paulista Faiska, um dos mais requisitados músicos, atuando em diferentes frentes de gravações e com os mais diferntes artistas da música brasileira. Este álbum, lançado de maneira independente é o que se pode chamar de um pequeno mostruário de versatilidades onde o músico demonstra suas proesas em um trabalho essencialmente voltado para o instrumental. Muito bom,
Um disquinho que sempre faltou por aqui. Aliás, uma promessa, um pedido que até então não se concretizou: Sérgio Sampaio em um dos seus raros compactos, este de 1974, lançado pelo selo Philips. Trata-se de um compacto simples, com apenas duas músicas, com destaque para “Meu pobre blues”, uma canção que, por ironia ou não, o Roberto Carlos precisava ter gravado. Mas, parece que o ‘rei’ não deu muita bola, preferindo cada dia mais ficar no seu repertório ‘arroz com feijão’ ou ‘baba-cueca’. O tempo passou,, já não cabe mais ao Roberto Carlos cantar essa canção. Por estranheza, creio que apenas a Zizi Possi e o próprio Sérgio gravaram este blues. Uma pena, ou muito bom que seja assim
No final dos ano 70 a Bandeirantes Discos e seu selo Clack, uma ramificação fonográfica da rede de televisão Bandeirantes, lançava no mercado os registros do Pastoril do Velho Faceta, figura folclórica em Pernambuco. Conforme contam, existiram dois Velhos Facetas. O primeiro e original foi Constantino Leite Moisakis. O segundo, Jonas Francisco Pereira, havia sido antes, músico do Pastoril de Constantino e conforme contam, se apropriou do personagem, bem como das músicas, conseguindo também mais destaque que o primeiro. Seria este segundo, visto e ouvido pelo jornalista e ensaísta Hermílio Borba Filho, que em 1978 era apresentado em disco e no caso, em três volumes ao longo dos dois anos seguintes. Por hora, apresentamos nesta postagem apenas o volume inicial, de 78.
Mais uma curiosidade fonomusical… Aqui temos Jonathan Gaivota, uma versão adaptada de “Jonathan Livingston Seagull”, a famosa história escrita por Richard Bach. Esta produção foi uma edição especial feita de brinde para os clientes das linhas aéreas Transbrasil. No tempo em que ainda se amarrava cachorro com linguiça, ou seja, um tempo onde se davam ao luxo de criar uma produção cara, a começar pelo lado artístico e técnico das gravações, envolvendo artistas e orquestras. Como produto final temos um álbum de capa dupla, laminado, que traz ainda um livreto com a história traduzida. A narração é de Ramos Calhelha. Participam dessa produção na parte musical Hebe Camargo e o cantor Wilson Miranda em três canções. A regência e arranjos é do maestro Moacyr Portes. Em nosso pacote, no GTM e como sempre, completo. Confiram…
Na pressa do dia, infelizmente, não deu para fazermos uma pesquisa mais apurada sobre quem foi J. Rocha. Daí, vamos nos contentar com as informações de contracapa, que também não diz muito sobre o artista. O que sabemos de certo é que se trata de um disco de um guitarrista/violonista, talvez pernambucano, acompanhado pelo mestre multinstrumentista Zé Menezes e seu conjunto. Tomando por base apenas esse detalhe, somado a um repertório de sambas e boletos, podemos logo acreditar que se trata de um disco que merece atenção. Este lp foi lançado pelo selo Mocambo, da fábrica de discos Rosenblit, no início dos anos 60 e em 1968 teve um novo relançamento com uma nova capa e pelo selo Rosenblit.
Novamente, estamos trazendo a grande cantora Helena de Lima, uma artista já bem apresentada aqui através de seus discos. E aqui, mais uma vez temos ela neste lp lançado pela RGE Ela já havia gravado dois 78 rpm pela mesma gravadora e no mesmo ano de 61 veio este, “A Voz e o Sorriso”, garantindo ainda mais o momento da cantora que era sucesso na noite. Aqui, temos um repertório da melhor qualidade de sambas, com arranjos e direção dos maestros Nelsinho e Pocho.
Depois de mais de três mil discos já apresentandos aqui, fica as vezes meio difícil pensar em algum que a gente gosta e ainda não postamos. Até porque, nosso index, infelizmente anda meio desatualizado com as tags. Daí, pode acontecer de publicarmos um disco mais de uma vez. Não é este o caso, com certeza. Desta vez temos Papudinho, um dos mais importantes instrumentistas brasileiro, pistonista presente em boa parte dos lançamentos nacionais, de diferentes artistas, dos anos 50 e 60. É curioso pensar no quanto este instrumentista era requisitado, quantos discos gravou… Três deles, juntamente com este, vocês podem encontrar aqui no Toque Musical.
Em “Papudinho – Especial” temos um repertório realmente especial com uma seleção musical moderna, voltada para um público jovem da época. No lp vamos encontrar doze músicas, temas nacionais e internacionais de sucesso. E claro, a arte desse grande instrumentista e seu conjunto. Muito bom.
Seguimos aqui em nossas postagens trazendo desta vez este excelente álbum, “Amazonas”, do grupo Família Jobim, lançado em 1989 pelo selo Som Livre. Família Jobim era um grupo formado por artistas e músicos encabeçados por Paulo Jobim e Jacques Morelenbaum. As músicas são todas de Tom Jobim, assim como os arranjos. “Amazonas” foi lançado também em Portugal, em reedição e com o título de “Nova Banda” e com as músicas em outra ordem.
Eis que hoje apresentamos um lp que há tempos já devia ter sido postado, mas por diferentes razões acabou ficando para hoje. Aqui temos Odair José, cantor e compositor que fez muito sucesso nos anos 70, dentro de uma linha romântico-popular, também chamada brega. Odair José é autor de pérolas como “Vou tirar você desse lugar”, “Pare de tomar a pírula”, “Cadê você” e outras mais. Sucessos que marcaram sua carreira e também o seu público. Porém, em 1977 ele faz um disco totalmente fora do seu comum, um trabalho que de uma certa forma lhe deu dor de cabeça, para não dizer mais… “O Filho de José e Maria”, uma criação ousada, com um tema específico que faz cada faixa ser uma sequencia de grande história. O projeto inicial de Odair era para um disco duplo, com 24 musicas. A proposta do álbum era para a Philips que recusou. Acabou então saíndo pela RCA Victor, mas como um disco simples, o que de certa forma picotou a obra, ficando de fora mais da metade das músicas. Ainda assim o disco foi lançado e para quem leu a ficha técnica na contracapa, vê-se logo que é algo diferente e acima de tudo de qualidade, com um time de músicos de primeiríssima (o Azymuth).Só que naquela época não, o disco foi um grande fracasso, pois além de tirá-lo do público popular romântico, também atiçou a Igreja Católica por conta do tema que remete a história de Cristo no mundo atual. Uma visão cristã que ia contra ao que pregava a Igreja. Acabou sendo excomungado e também por conta disso, viu em declínio sua carreira. Porém, justiça seja feita,muitos anos depois, o lp foi redescoberto, virou coisa ainda mais rara e mereceu uma reedição há poucos anos atrás. Se tornou uma obra ‘cult’, nas discotecas de colecionadores de vinil.
Se havia ainda a vontade de ouvir este lp, como falamos certa vez, quando então postamos o compacto deste disco, hoje, finalmente temso ele aqui no Toque Musical. Um disco bem bacana do quarteto vocal 004, com participação mais que especial de Tom Jobim e também Eumir Deodato, Ugo Marotta, Waltel Branco e Edino Krieger. Este foi o único lp gravado pelo grupo, embora tenha participado de diversos outros discos e também compactos nos anos 60. Este lp é, sem dúvida, uma dessas ratidades que já não se encontra fácil para adquirir.
Olha o Britinho aqui de novo… Mais uma vez marcando presença e também evidenciando sua importancia na música popular dos anos 50 através de inúmeros discos dos quais ele já participou. E desses muitos discos, alguns a gente já apresentou no Toque Musical. Desta vez temos, “Sambas e Boleros”, lp lançado pela Columbia, em 1959 trazendo Britinho e o Octeto Columbia, um conjunto certamente formado por músicos de estúdio. E como o título já anuncia, temos um disco para dançar, com sucessos nacionais e internacionais em ritmo de samba e bolero, que eram naquela época os gêneros mais populares.
E aqui mais um disco de música instrumental. Um bom disco, diga-se de passagem. Temos desta vez o grupo Papavento que surgiu na década de 80. Um time de músicos de primeira linha fazendo um som moderno e de qualidade valorizando cada qual seu instrumento. “Aurora Dórica” é um disco gostoso de ouvir, com muitas nuances que despertam o ouvinte, trazendo imagens como num filme. O álbum foi lançado em 1984 pelo selo Carmo, de Egberto Gismonti. Ou seja, o lp é por consequencia, uma trilha para as nossas próprias criações imaginéticas. Vale ouvir…
o dia que a seca acabou e o deseerto se encheu de regalo passaros e flores
Prezados, nosso encontro hoje é com Zito Righ, músicos multi-instrumentista, lider de orquestra/conjunto e compositor. Se destacou mais como saxofonista nos anos 50 e 60. Como tantos outros músicos de sua época passou por diferentes palcos, rádios e boates. Sua discografia é um tanto confusa, sendo que ele também gravou e se apresentou com outros nomes, os famosos pseudônimos. No final dos anos 60 ele gravou este lp, uma espécie de torpicalismo psicodélico, pelo menos na capa. Um disco ritmado e bem suingado, com samba, pop, jazz e o que vier, seguindo a linha de outros grupos da época como A Turma do Embalo, de Carlos Imperial. Destaque também neste disco para a cantora Sonia Santos em início de carreira. Inclusive, é dela a faixa de abertura, “Poema Rítmico do Malandro”, música esta que ela regravaria em nova versão mais cadenciada em samba de partido alto.
A década de 70 foi, sem dúvida, um dos melhores momentos da indústria fonográfica e porque não dizer, da música popular. Isso fica bem evidente nas produções daquela época. O ano de 1973 é notadamente sua melhor safra, quando então muitos discos bacanas e importantes foram lançados. Interessante também notar a qualidade que as gravadoras dispensavam às suas produções. Aqui um bom exemplo de um álbum lançado pela Top Tape, apresentando Salinas (Daniel Salinas), pianista, compositor e arranjador veterano com vários trabalhos em discos desde os anos 50. Aqui, nos anos 70, ele segue uma roupagem mais moderna, numa produção de Mickael e com a participação especial de Sérgio Sá. Um disco bem curioso e atraente, tanto na apresentação visual, capa dupla e laminada, com uma arte que lembra disco de banda de rock progressivo. Porém a pegada aqui é bem mais próxima de Eumir Deodato, inspiração total em “Prelude”, disco marcado pelo sucesso da versão para “Also Sprach Zarathustra”, de Stauss. Discaradamente, em Atlantis, Sérgio Sá traz sua “Straussmania” evidenciando as influencias no álbum americano. Mas tudo isso acaba tomando outro sentido considerando o repertório num todo e o empenho e a qualidade dos músicos envolvidos no projeto. Este disco voltou a ser relançado em 2005 em uma pequena tiragem para colecionadores. Vale a pena conhecer…
Em nossa sempre colcha de retalhos, nosso drops sortido, nossa miscelânea fonomusical… hoje temos o Sagrado Coração da Terra. Para os que não conhecem, trata-se da mais importante banda de rock progressivo das Minas Geraes. Na verdade o Sagrado é bem mais que uma simples banda de rock progressivo. É uma concepção musical criada pelo violinista e compositor Marcus Viana, com diferentes elementos dos quais fazem parte, por exemplo, os do rock sinfônico, progressivo… Já tivemos a oportunidade de apresentar o Sagrado Coração da Terra em outra postagem e agora voltamos com este lp que foi o disco de estréia, lançado em 1984 de forma um tanto que alternativa. O trabalho foi todo gravado na Bemol. E conforme salienta a contracapa, letras, músicas e orquestrações por Marcus Viana. Neste sim há muitos elementos do rock progressivo e é considerado, hoje, um clássico do gênero, repeitado inclusive na Europa e Japão.
Mais uma vez, para a alegria geral dos ‘amigos cultos e ocultos’, temos o prazer de trazer a Ipanema Pop Orchestra, Uma orquestra tipo exportação, para os mestres, Cipó, Luiz Eça, Eumir Deodato e K-Ximbinho. Aqui em mais um disco da série Bossa Nova e neste temos um repertório exclusivamente internacional, com temas clássicos e de sucesso em todo mundo. Por conta disso, talvez muita gente pensa que é coisa de gringo. Mas de gringo aqui só mesmo os temas. O músico brasileiro é muito foda e aqui temos esse grande exemplo, “Bossa Meets USA”. Tão bom que chega a ser lançado no mundo inteiro, na América do Norte, Europa e até Oceania (Autrália). E por certo, aqui também no Brasil, em 1965.
De volta aos lendários festivais de música popular, aqui temos um disco que ainda não havíamos apresentado. Trata-se da quinta edição do Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, cidade do sudoeste de Minas Gerais, que já naquele início dos anos 70 era palco para eventos históricos da música popular. Aliás, de 1968 a 1973 a cidade mineira (de sotaque carioca) já trazia esse gosto cultural, coisa que mesmo a capital, Belo Horizonte, mais distante que o Rio de Janeiro e talvez por conta disso mesmo, não se destacava com tanta desenvoltura. Conforme nota da época, o 5º Festival de Juiz de Fora, foi um festival dos mais concorridos, apresentando grandes nomes e expoentes da música popular, como Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Alaide Costa, João Nogueira, Gonzaguinha e muitos outros. Diferente de outros festivais, esse acabou, por decisão dos organizadores e juri, tendo um caráter não competitivo, sendo assim mais seletivo e visto mais como uma ‘feira muiscal’. O disco, lançado pela Odeon traz um registro histórico, gravado ao vivo, apresentando os onze finalistas…
Atendendo a um pedido especial (pois a vezes fazemos isso), voltamos mais uma vez com o grande instrumentista, o saxofonista Sandovala Dias. Aqui, em um lp lançado pelo selo Sinter, ainda nos anos 50. Um disco, como prenuncia o título exclusivamente dedicado ao bolero. São apenas seis faixas, mas cada qual trazendo uma espécie de pot pourri com três boleros em cada uma. Disco feito para dançar. Quem dançou, dançou… 🙂
E mais uma vez, vamos com Rosinha de Valença, compositora e violonista de primeiríssima linha, neste lp, “Encontro das Águas”, disco lançado de forma quase independente, produzido por Stella Fonseca, em 1983. Os arranjos são de Nelson Angelo que também participa como compositor e artista. Disco super bacana e por certo, pouco conhecido do grande público.
Olha aí, uma coletânea de sucessos nas cordas do genial Waldir Silva. Disquinho bacana onde o cavaquinista nos apresenta uma dezena de sucessos inesquecíveis. Ao que parece, não se trata de uma simples coletânea, de músicas extraídas de outros e antigos discos que o instrumentista gravou, mas sim de uma seleção com diferentes estilos (samba, choro, valsa, seresta, baião, frevo e também rock, balalaika e folclore latino americano) gravada para este selo Europa Music.
E agora, vamos com grande Elizeth Cardoso ao lado de outro grande nome, Radamés Gnattali e a Camerata Carioca num registro histórico de um show ao vivo, em espetáculo criado por Túlio Feliciano e dedicado à Pixinguinha, apresentando em 1983 na Sala Sidney Miller, da Funarte, RJ. “Uma Rosa Para Pixinguinha” foi um momento realmente memorável, que valeu ser lançado em disco naquele mesmo ano.
Entre tantos veteranos, maestros e líder de conjuntos, músicos que fizeram parte dos anos dourados, notamos que até então nunca postamos um disco do pianista, compositor, maestro e arranjador, Fernando Gallo. Ele iniciou a carreira nos anos 50 tocando em boates da noite paulista. Gravou uma dezena de discos por diferentes gravadoras. Como compositor e por certo sendo seu maior êxito, foi o autor de “Na cadência do samba”, uma música que ficou famosa se tornando uma espécie de hino do futebol, muito por conta de ser o tema de abertura do Canal 100, aquele programa sobre o futebol que atencedia aos filmes, nos cinemas. Esta música, de autoria de Gallo, também conhecida como “Que bonito é” tinha letra de Luiz Bandeira. Ficou famosa através de Waldir Calmon que a gravou ainda no final dos anos 50 e foi a versão instrumental usada como abertura do Canal 100, nos cinemas de todo o Brasil.
O disco que hoje apresentamos, trata-se de um álbum não comercial, produzido exclusivamente para o Banco do Brasil para presentear aos seus clientes. Um lp muito bom trazendo um repertório repleto de clássicos da música popular brasileira, com se pode ver na contracapa e na lista logo a baixo. Participam dessas gravações um time de músicos também de primeiríssima, oque garante ainda mais a qualidade deste trabalho. Não deixem de conferir…
Seguindo em nosso novo ano, desta vez trazendo a cantora Dalva de Andrade. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dela e agora vamos com este compacto duplo de 45 rpm lançado pelo selo Polydor em 1959. O disquinho, como se pode ver traz quatro faixas, sendo três sambas e um beguine.
Num grupo sobre música no Facebook alguém perguntava a respeito deste disco do músico gaúcho Carlinhos Hartlieb. Ao que parece, o lp não está totalmente acessível nas fontes músicais livres, como o Youtube e por certo também difícil de baixar em algum blog ou ‘torrent da vida” (isso ainda existe?). Por um instante, achei que já tivéssemos postado o disco aqui no Toque Musical. Há tempos atrás tínhamos uma dezena desse disco dando sopa. Hoje verifico que tudo já seguiu por aí e o úncio que sobrou faltava o encarte. Mas tudo bem, nada que a gente não consiga resolver. Agora digitalizado, na melhor qualidade e completo, vamos então publicá-lo, para a alegria geral de quem o procura.
Carlinhos Hartleib foi um artísta, ícone da música gaucha, que atuou do final dos anos 60 até a década 80. Teve uma tragetória artística voltada muito para festivais regionais, tocou com uma das mais importantes bandas de rock gaucha, a lendária Liverpool, de Mimi Lessa e Fughetti Luz. Teve importante atuação enquanto compositor, produtor de espetáculos e agitador cultural. Foi um dos reponsáveis por levar a música pop gaúcha para os grandes centros de Rio e São Paulo. No verão de 1984 ele foi encontrado morto, misteriosamente enforcado, em uma cabana que tinha no litoral catarinense. Até hoje não se sabe ao certo se ele suicidou ou se foi assassinado.. O fato é que este disco, Risco no Céu, foi uma obra póstuma, lançado quatro anos após seu falecimento. Produzido pela gravadora/editora independente, Nova Trilha, numa tiragem pequena, oque tornou o disco um objeto de procura por colecionadores.