Boa hora, meus prezados amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui desta vez trazendo o mestre Radamés Gnattali, em lp lançado pela Continental, em 1958. Como podemos ver, pela capa, trata-se de um disco dedicado ao samba. Uma seleção de sambas que hoje são verdadeiros clássicos da nossa música. Como já disse, quando houver um texto descritivo na contracapa sobre o trabalho, não irei me estender na ‘resenha’. É o que me pede a preguiça e mais ainda, a falta de tempo. Taí, um belo disco, que vocês não podem deixar de conferir…
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Segue aqui um disco raro, que eu mesmo nunca tinha visto. São coisas que fazem parte dos meus arquivos, de coisas que encontro ou que me são enviadas. Daí, vou guardando até achar uma hora para postar. E no caso deste lp, o que temos é quase nada em matéria de informação. Estou entendendo este artista como sendo o gaúcho Auro Pedro Tomaz, nascido na cidade de Santo Ângelo, segundo informações colhidas pelo nosso saudoso Samuca e que aqui eu apenas copio e colo. “Seu primeiro instrumento foi o banjo, então na moda, que tocava no conjunto orquestral de seu pai, o Jazz Elite, em 1942. Mais tarde, transferiu-se para a capital do estado, Porto Alegre, e ficou três anos na Rádio Gaúcha, atuando no conjunto de Paraná e na orquestra típica da emissora. Aperfeiçoando sua técnica no acordeom, do qual seria autêntico virtuose, logo que ingressou na Aeronáutica, foi nomeado sargento-músico, depois mudando-se para a capital pernambucana, Recife, onde tomou parte nos festejos de inauguração da Rádio Tamandaré, como chefe do conjunto dançante. De lá, foi para a Rádio Jornal do Commercio, criando uma orquestra de danças, e seu acordeom é inclusive ouvido nos primeiros discos de Jackson do Pandeiro, lançados pela Copacabana entre 1953 e 1955. Em 1955, Gaúcho desliga-se da Aeronáutica e muda-se para o Rio de Janeiro, ingressando na lendária PRE-8, Rádio Nacional, então “a estação das multidões”. Atuou ainda nos conjuntos do violonista Djalma de Andrade, o Bola Sete (com quem excursionou pelo Chile, Peru e Argentina), e do flautista e maestro Copinha. Participou ainda da terceira formação do Trio Surdina, com o violinista Al Quincas e violonista Nestor Campos, e teve orquestra própria, que tocava no Dancing Avenida”.
Porém, o que temos aqui neste lp são, na verdade, dois conjuntos, Gaúcho e seu Conjunto e Don Agustin e Sus Muchachos. Este último, ao que parece, era um saxofonista e possivelmente era um pseudônimo de algum instrumentista conhecido gravando por um selo obscuro. O disco, no geral, é bem interessante, com temas bem conhecidos por todos nós. Música de boate dos anos 50. Contudo, o disco tem uma cara de ser coisa produzida no início dos anos 60. Confiram no GTM…
Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje estamos fazendo uma espécie de reprise. Estou trazendo aqui seis compactos que representam bem a fase da música pop nacional, quando alguns grupos e artistas se travestiram de pop internacional, buscando mais destaque e sucesso. Afinal, este é o “Brazil”, que não fala inglês, mas sempre adorou a pompa de se ouvir e cantar em outra língua, é chique, é pop! E foi mesmo um sucesso quando começaram a aparecer nas rádios artistas com nomes como Chrystian, Lee Jackson, Ligh Reflections, Paul Bryan, Pholhas e tantos outros, que por sinal já citamos e postamos aqui no Toque Musical. Tudo artista brasileiro produzido com cara de importado. E o povo por aqui consumiu com gosto.
Agora estou trazendo em uma só postagem, seis compactos lançados por alguns desses grupos e artistas na década de 70. Alguns até já foram postados aqui em outros tempos, mas, achei que seria bom reunir esse grupinho, que equivale a um lp. Assim, vamos a eles, relembrando o que ainda hoje é sucesso, ou já seriam clássicos do pop (inter)nacional?
chrystian – for better
day by day – never goin’ back / we can work it out
lee jackson – hey girl / somenthing in the way she move
lee jackson – adelita / mais que nada / xica da silva / only you / el bodeguero
light reflections – tell me once again / send it for tomorrow
Boa noite, meus camaradinhas cultos e ocultos! Como dizem e como já disse outras vezes, toda araruta tem seu dia de mingau. Hoje resolvi postar este lp aqui de marchas militares, lançado em 1958, pelo selo Rádio. Me recordo bem dessas músicas e por certo muitos de vocês também. afinal esses eram os hits de um Brasil da ditadura, dos tempos de chumbo. Na escola onde eu estudava, o sinais de entrada e de saída eram sempre essas marchas. Se ouvia isso todos os dias, era um saco. Nunca pensei que viria uma hora a postar esse gênero musical, ainda mais nos tempos de hoje, onde cada vez mais tomamos antipatia por essa rainha da mamatas, a qual chamamos de Forças Armadas. Fica difícil desassociar… Porém e todavia, seria uma injustiça da minha parte condenar o que de menos ruim há nessa coisa… que pelo menos a música os salve e lhes dê sensibilidade…
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Já que o domingo amanheceu trazendo uma friagem danada, eu vou aqui mudando o disco… E mais ainda, tocando o que se escuta com outros olhos. Hoje, para variar um pouquinho, vamos com um disco internacional, mas sem perder o norte, ou seja, trazendo sempre um referência brasileira, é claro. E aqui temos um disquinho bem bacana e de uma certa forma até raro, considerando ser um lp de 10 polegadas, lançado em 1950. Aqui temos um importante músico americano, que por certo, muitos devem conhecer, o genial Les Paul. Músico que foi um dos pioneiros no uso da guitarra elétrica e se tornou mundialmente conhecido, não apenas pela sua técnica, mas também por ter projetado uma guitarra de corpo sólido, na década de 40, que viria a ser um protótipo das guitarras elétricas atuais e daí um dos modelos mais usados desde então, recebendo seu nome, as Gibson Les Paul, instrumento que hoje em dia é o sonho de consumo de muitos guitarristas.
“The New Sound” de Les Paul, segundo contam, foi o primeiro seu primeiro lp, lançado pelo selo Capitol, em 1950. Naqueles tempos havia um gênero musical adotado por muitos, chamado de ‘exotica’, no qual se destacava por uma sonoridade rica e diferenciada de ritmos e músicas de outros lugares do mundo e que para os americanos eram considerados exóticos. Fez muito sucesso e nesse embalo podemos lembrar nomes como Martin Denny, Enoch Light, Les Baxter, Raymond Scott, Arthur Lyman, Esquivel e outros… ‘The New Sound’ é também um pouco disso. Les Paul demonstra sua técnica virtuosa em uma sonoridade inovadora, em ‘standards’ nos quais se inclui o samba de Ary Barroso, “Aquarela do Brasil”, aqui chamado apenas de “Brazil”. Por certo, o disquinho não se limita a apenas esse sucesso e vocês podem conferir aqui na lista do repertório e se certificarem no GTM…
Bom dia, amiguinhos cultos e ocultos! Existem alguns artistas que, aqui no Toque Musical, que vez por outra sempre acabam aparecendo mais do que outros. Isso se deve ao fato de gostarmos deles, mas também porque temos muitos discos e de tão interessantes, seria um pecado não publicá-los. Este é o caso do gaúcho, pianista João Adelino Leal Brito, também conhecido como Leal Brito ou Britinho. Também compositor, maestro e arranjador, foi um músico muito atuante, principalmente entre os anos 40 e 60. Tocou em boates, quando então era conhecido como Britinho e a partir dos anos 50 entra na fase dos discos, das gravações e nas quais conta com mais de 120 discos. Eis aí uma razão para termos dele tantos discos e por certo, muitos desses discos ele aparece com pseudônimos, ou em participações. Aqui temos dele este lp de 10 polegadas, lanaçado em 1953 pela Musidisc. Um disco essencialmente de de choros, sendo três deles de sua própria autoria.. Confiram, no GTM….
Olá, amigos cultos e ocultos! Em tempos como os que estamos vivendo, em especial o momento político, onde militares (as Forças Armadas), se vendem por leite condensado e viagra, pela manutenção das mamatas que sempre tiveram, em troca de se sujeitarem a ser comandados por um capitãozinho louco, insubordinado e que chegou a ser expulso da corporação. Tempos vergonhosos para as fardas militares que mais uma vez se sujam, se sujeitam a serem comandados por um crápula e sua família de milicianos. Triste momento para o Brasil. E mais triste ainda é perceber o quanto este nosso povo é tosco, rude, mal informado e mal educado, burro, mas essencialmente pretencioso. Triste ver que uma boa parcela desse povo sofrido ainda não tenha conseguindo ver quem realmente é seu opressor. Gente com memória fraca, gente que ignora seu próprio câncer e acha graça da dor que sente no seu próprio estômago. Em momentos como este, de ataques a Democracia, ao Congresso e a Justiça em nome de um radicalismo de direita que assola o país, a gente as vezes precisa lembrar os fatos do passado, trazer de volta nossa luta por liberdade, palavra que hoje caiu na boca dessa gente de forma errada. Seria irônico se não fosse trágico ver essas ‘tosqueiras’ pedindo liberdade de expressão e ao mesmo tempo ditadura militar.
Estou fazendo esta introdução porque de certa forma ela tem a ver com Vanja Orico. Cantora, atriz e cineasta, surgiu no cenário artístico cantando o tema ‘Mulher rendeira” no filme “O Cangaceiro”. Foi uma artista internacional, mas sempre valorizou a cultura nacional e por ela esteve sempre a frente defendendo o que é nosso. Inclusive, há de se lembrar, em 1968, em plena ditadura, no dia 07 de novembro Vanja, em protesto se ajoelhou na rua, impedindo a passagem de um comboio militar que ia de encontro a manifestantes que carregavam o corpo de um estudante assassinado pela repressão. Uma cena triste de se ver e que boa parte dessa gente burra e sem noção, talvez não façam a mínima ideia do que foi e do que simbolizou aquele momento. Essa era uma das facetas dessa mulher incrível, a qual já falamos e postamos vários outros discos. Agora trazemos para vocês este lp, lançado em 1967, pela Chantecler. “A volta de Vanja Orico”, como o próprio título afirma, marca o retorno da artista ao Brasil. Neste lp ela canta um repertório cheio de clássicos, um disco maravilhoso de se ouvir, com músicas de Fernando Lona, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Gil e Torquato Neto, Catulo de Paula, Paulinho Nogueira, Tom e Vinícius, Nonato Buzar e Carlos Imperial. Por aí já dá para se ter uma ideia do quanto este disco é legal. Confiram no GTM…
Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com o carioca Adalberto José de Castilho e Souza, mais conhecido como Bebeto Castilho. Flautista, saxofonista e contrabaixista, cantor e também compositor. Entre muitas coisas, foi um dos integrantes do conceituado Tamba Trio. Ao longo de sua carreira gravou uma centena de discos, com o Tamba Trio, com outros artistas e também solo. Mas este disco que aqui apresentamos foi seu único lp e por certo uma joinha de trabalho que recebeu uma reedição, em cd, no início dos anos 2000. Está aí um disco que cabe muito bem em nossas fileiras e que vocês podem conferir no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Como se pode ver, por aqui gostamos bem das bandas de quermesse, de praças e coretos. E aqui, mais uma vez estamos trazendo um disco nessa linha. Numa produção do selo CID temos a Banda Patropi, a banda da grande família. Eis um disco bem gostoso de se ouvir, tanto pelo banda em si, como pelo seu repertório moderno, então bem atual para a época e ainda hoje soa bem. Confiram no GTM….
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco interessante e como o de ontem, um dos primeiros lps de 12 polegadas que começariam a chegar no final dos anos 50, quando até então ‘long plays’ eram só os de 10 polegadas e geralmente com apenas oito faixas.
Aqui temos Daniel Salinas, agora em seu primeiro lp de 12, numa seleção musical que remete a ‘cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Ou seja, um disco com muito samba e choro 🙂 Leiam o texto na contracapa e confiram o conteúdo no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! O toque musical de hoje é com o trompetista, arranjador, compositor e maestro Edmundo Maciel, conhecido como Ed Maciel. Músico exemplar, atuante nas décadas de 50 a 70. Passou por diversas orquestras, inclusive a Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Gravou dezenas ou até centenas de discos, se considerarmos sua participação também como músico de estúdio. Tocou também com todos os principais nomes da música brasileira
Aqui temos ele em seu primeiro disco, lançado em 1957 pelo selo Sinter, um dos primeiros lps de 12 polegadas lançados no Brasil. Leia mais na contracapa.
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Cá estamos, mais uma vez chovendo no molhado. Mas quando a chuva é boa e necessária, pode continuar chovendo, principalmente se for chuva de Noel Rosa. Creio que já postamos aqui, no Toque Musical, tudo ou quase tudo desse genial compositor. Porém, agora há pouco estava eu começando o meu domingo e peguei de cara este lp para ouvir. Seria um pecado não compartilhar ele também com vocês. Embora essas mesmas gravações já tenham aparecido em outros discos, esta edição de 1971 lançada pelo selo Imperial, da Odeon, foi a primeira a reunir num lp de 12 polegadas os poucos registros do compositor cantando seus próprios sambas. É, sem dúvida, um disco para se ter na estante. Um verdadeiro resumo da ópera na voz de seu próprio autor. Aqui estão reunidas algumas de suas mais expressivas composições. A ver e a ouvir…
Olá, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Olha, definitivamente… vejo que não vou conseguir atualizar um mês de atraso em nossas postagens. Isso, na verdade, nunca aconteceu antes. Eu nunca fiquei tanto tempo se fazer uma postagem como tem acontecido agora. As razões são diversas, mas eu vou sempre culpar a falta de tempo, o tempo que falta para eu me dedicar mais a essa cachaça. Digamos apenas que os tempos hoje são outros. Dessa forma, vamos considerar aqui a coisa de uma outra maneira. Entendam essa pausa como férias, como se eu tivesse tirado um mês de férias e agora estivesse voltando. E neste retorno, vamos trazendo aqui o gaúcho Bebeto Alves, um dos grandes expoentes da música popular gaúcha nos anos 80. Cantor e compositor, tem em sua carreira dezenas de discos lançados, sendo este, de 81, seu primeiro álbum, lançado pela CBS através de seu selo Epic. E diga-se de passagem, um excelente lp, com um repertório autoral e de primeira linha, trazendo também um time de músicos, não apenas gaúchos, que dão a este primeiro trabalho um gosto de ‘quero mais’. Já apresentamos outro disco deste artista por aqui e por certo, em uma outra oportunidade traremos outros. Confiram no GTM….
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui com o primeiro e único lp do cantor e compositor Paulinho Soares. Foi um artista mais conhecido pelas suas músicas cantadas por outros artistas, como é o caso da Beth Carvalho que, inclusive, é quem escreve o texto de apresentação do artista na contracapa. Paulinho chegou a gravar vários compactos. Algumas de suas músicas, principalmente no início de carreira fizeram sucesso em festivais. Infelizmente, veio a falecer aos 59 anos, vítima de enfarte. Curiosamente, seus discos, lp e compactos, ainda podem ser encontrados em sites com o Mercado Livre e Discogs por um preço honesto. Acho que os “colecionadores especulativos”, ainda não se tocaram das qualidades desse artista. Ainda não havia sido mencionado no Toque Musical. Agora vai… 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Uma coisa boa neste nosso Toque Musical é que a cada dia temos uma surpresa diferente. Ou a gente mergulha numa sequencia temática, ou quebra o ritmo, variando o máximo possível. E assim vamos nós, desta vez trazendo um disco do conceituado selo ECM, no qual gravaram grandes músicos, instrumentistas mundiais, principalmente do jazz contemporâneo e entre esses também músicos brasileiros, sendo os mais conhecidos, Naná Vasconcelos e Egberto Gismonti. A ECM (Edition of Contemporary Music) foi fundada na Alemanha por Manfred Eicher. Uma gravadora que surgiu no final dos anos 60. Primava pela qualidade técnica e uma seleta escolha musical. Embora tivesse lançado discos de gêneros diversos, foi na linha jazzística que o selo ganhou fama. Tinha como lema, a frase ‘o som mais belo depois do silêncio’. Produziram centenas de discos de altíssima qualidade, muitos desses chegaram ao Brasil, principalmente por conta da presença e participação de músicos brasileiros. Aqui temos um bom exemplo, “Codona”, disco originalmente gravado em 1979 trazendo os americanos Collin Walcott e Don Cherry e o nosso Naná Vasconcelos. “Codona” foi lançado no Brasil em 1983. Para quem gosta de jazz, world music, new age, experimentalismos sonoros e improvisações, está aí uma boa opção. Eu, pessoalmente, adoro 🙂
Olá, caros amigos cultos e ocultos! Se tem uma coisa que a gente gosta por aqui é de bandas, ao estilo as bandas de coreto, bandas de fanfarras, bandas de praças, de marchas, de rua… E depois de termos postado aqui a Bandinha do Irio, achei que seria legal mais uma dose :), visto que muita gente também gosta desse gênero musical. Nós já apresentamos aqui o primeiro volume dessa obscura Banda dos Coroas. Digo obscura pelo fato de não termo nenhuma referência sobre quem eram os músicos. Embora fosse um disco lançado pela Odeon através de seu selo internacional London, não era um disco de artista, mas antes um disco de músicas sortidas, cujo o repertório era de sucessos do momento. Por certo, também não era uma autêntica banda de coreto, de quermesse. Percebe-se que são músicos de estúdio, gente que toda de tudo em uma gravadora. Talvez fosse o multinstrumentista José Menezes e seu conjunto, pois ele esteve presente em boa parte de discos como este, um tanto que genéricos, mas de qualidade inquestionável. Como podemos ver, este volume 3 traz um repertório sortido, com temas populares da época. Vale a pena conferir…
Bom dia aos amigos cultos e ocultos! Eis um disco que há tempos estava para ser postado aqui, mas com tantas outras emoções, creio que acabei me esquecendo… Seguimos, então, com as Frenéticas, em seu primeiro lp, lançado em 1977, pela Warner, através de seu selo internacional Atlantic, que naquela época estava chegando ao Brasil.
As Frenéticas, como todos já devem saber, foi um grupo vocal feminino formado por seis cantoras. Surgiram no auge da discoteca, aqui no país. Incialmente foram contratadas para serem estilosas garçonetes da grande atração carioca daquele momento, a “Frenetic Dancing Days” a primeira discoteca da moda, criada por Nelson Motta. Por conta do nome da danceteria, as moças passaram a se chamar de Frenéticas. O grupo era formado por Dhu Moraes, Edyr Duque, Lidika Martuscelli, Leiloca Neves, Regina Chaves e Sandra Pera. Do sucesso das moças que cantavam umas quatro a seis músicas nas noitadas da discoteca, surgiu então a ideia de gravarem um disco. Como de costume, veio primeiro um compacto que trazia a música “A felicidade bate a sua porta”, de Gonzaguinha. A música foi muito executada nas rádios pelo Brasil, se tornando um grande sucesso, levando assim o grupo a este que foi o primeiro disco. Um lp muito bem produzido por Liminha, com uma ótima escolha de repertório. Contou com a assistência de muitos músicos e arranjadores e de cara, se tornou um disco muito bem aceito pelo público. As Frenéticas se destacaram de 1976 a 84, quando então gravaram quatro discos pela WEA. Em seguida o grupo se desfez com a saída de Sandra Pera e Regina Chaves. Como quarteto, as remanescentes, até tentaram um quinto álbum, mas que não chegou a fazer sucesso. Depois teve a morte de Lidoka que acabou selando de vez o sonho das Frenéticas. Surgiram depois outras coletâneas, inclusive com material inédito. Mas a fase daqueles dias frenéticos e dançantes se foi e ficaram apenas as lembranças…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Por mais que eu diga que para alguns discos, os que trazem um texto na contracapa, eu não farei apresentações, resenhas e coisa e tal…, acabo me vendo obrigado a ‘pitacar’ algumas palavras, como no caso deste lp “Quermesse”, de 1957, um disco de 10 polegadas lançado pelo selo Copacabana. Conforme o texto, trata-se de uma seleção musical típica das bandinhas de coreto, das quermesses que ainda hoje vemos por aí, em cidades do interior do Brasil. São dobrados e valsas que já embalaram muitas manhãs de domingo em praças por aí. Sobre a Bandinha do Irio, não há nenhuma informação, ficamos sem saber se Irio é o nome do maestro. Apenas são citados os nomes de Irvando Luiz, que é o produtor e idealizador do projeto e Ubaldo de Abreu como arranjador. Por certo, não acrescentamos nada aqui além da dica, do toque musical para este curioso disquinho que de qualquer forma merece a nossa atenção.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Iniciamos o mês de abril trazendo mais uma vez o maestro e violinista italiano Paolo Mazzaroma, aqui também chamado de Paulo Mazzaroma. Ele atuou no Brasil nos anos 50 e 60. Era amigo de infância de outro maestro famoso, o Simonetti, que também teve uma temporada aqui no país. Disco bacana, com um repertório misto, romântico e orquestral. Confiram no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Fechando o mês de março, aqui vai um disquinho que alegrou a vida de crianças e adultos nos anos 80. Uma produção bem interessante criada por Alberto Rosenblit e José Carlos Costa Neto e voltada para um público infanto-juvenil. São deles também a autoria de quase todas as composições. Um projeto que envolveu gente nova, como a então cantora mirim Tatiana e também gente de peso como Luis Avellar e Roberto Menescal, responsáveis também pelo arranjos. Lançado originalmente em 1987, teve uma reedição em cd, na qual foi incluída mais uma faixa, “Burocracia”. Divirtam!
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou atendendo a um pedido especial de uma amiga que para a minha surpresa não conhecia o Toque Musical e eu, por outro lado não sabia que ela era fã (de carteirinha) da cantora Simone. Tem todos os discos da cantora, exceto este. Eu até estranhei, afinal, “Amor e Paixão”, assim como outros discos dela, a gente encontra, literalmente, para dar e vender. E apesar de tudo, confesso, eu mesmo só tinha ouvido umas duas ou três músicas aqui deste disco, pelo rádio. Penso que discos de artistas, principalmente os mais populares e de grandes gravadoras, na década de oitenta, ficaram encalhados devido ao surgimento dos cds. A CBS foi uma das gravadoras que sempre investiu pesado em seus lançamentos e mesmo com essa transição ainda jogou no mercado um número acima do que venderiam. Acho que foi a forma que eles acharam de ‘desovar’ de vez o vinil e entrar de cara no cd. Enfim, temos aqui um desses lps e para a nossa felicidade, uma boa produção, ainda que nessa altura a cantora Simone tenha esgotado o brilhantismo da década passada. Seja como for, vale a pena conferir no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje, Chepsel Lerner, instrumentista e compositor, conhecido artisticamente como Chuca-Chuca. Com seu conjunto atuou e se destacou nos anos 40 a 60, no rádio, casas noturnas e clubes, fazendo bailes memoráveis. Era pianista e vibrafonista. Fez parte do conjunto Milionários do Ritmo, de Djalma Ferreira. Aqui temos ele e seu conjunto apresentando um repertório com muito balanço, por certo, alegria nas noites do Montanha Clube, um tradicional clube social carioca. Disquinho bem bacana, vale a pena uma conferida…
Bom dia, meus prezados amigos cultos e ocultos! Trazemos hoje e mais uma vez aqui no Toque Musical o instrumentista, maestro, compositor, arranjador e bandleader, Sylvio Mazzucca, nome de destaque na música instrumental e orquestral brasileira, principalmente nos anos 50 e 60, com sua orquestra, fazendo muito sucesso em bailes. Trabalhou também para rádio e televisão. Se destacou também como maestro nos festivais de música popular promovidos pela TV Excelsior. Gravou dezenas de discos e foram desses extraídos a seleção musical que agora aqui apresentamos. “Os Grandes Sucessos de Sylvio Mazzucca e Sua Orquestra” reúne um pouco do trabalho deste maestro ao longo de sua carreira. São temas dançantes famosos, em sua maioria música latina, cubana… Um verdadeiro show, vale a pena conferiri…
Boa hora, prezados amigos cultos e ocultos! Como já informado, não teremos mais nossas resenhas preguiçosas. Já nem temos mais o amigo Samuca e para piorar, o amigo Augusto aqui nem sempre está disposto e/ou disponível para essa nossa tarefa que busca ser diária. Deixemos as resenhas para discos como este, cuja contracapa não há informações além da lista de músicas.
Aqui temos a grande Carmen Costa, uma cantora que surgiu, apresentada por Francisco Alves e incentivada por Carmen Miranda. Foi vencedora no programa de calouros de Ary Barroso e logo passaria a cantar em dupla com o cantor Henricão. Passou uma boa temporada nos Estados Unidos, onde foi viver, ainda nos anos 40, quando se casou com um americano. Voltou ao Brasil nos anos 50, passando a manter um relacionamento com o compositor Mirabeu Pinheiro, com quem teve uma filha. Gravou dezenas de discos e também participou de outros, tanto aqui no Brasil como fora. Era considerada a Embaixatriz do Samba. Participou do lendário show da Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Também participou de vários filmes no auge de sua carreira, nos anos 50 e 60.
Neste lp de dez polegadas, o segundo lançado por Carmen através do selo Copacabana, em 1957, temos um repertório extraído de discos de 78 rpm gravados por ela nesta gravadora mais ou menos na mesma época.
Bom dia, boa tarde, boa noite, boa hora, amigos cultos e ocultos! Diante ao momento em que estou passando, cheio de outros trabalhos e sem contar com a colaboração da equipe, vejo que para manter as postagens de forma regular, terei que fazer algumas alterações. Inicialmente, estou eliminando essas resenhas e textinhos de apresentação, que de uma certa forma acaba tomando tempo. Mas isso não quer dizer que não iremos mais dar nosso ‘pitaco’. Sempre que necessário, principalmente quando o disco apresentado não tiver estampada as informações, a gente acaba complementando aqui com alguma informação. Com isso e por hora, vou procurar postar aqui discos que tenham algum texto informativo na contracapa, assim, pelo menos vocês poderão se inteirar do conteúdo já pela ilustração, ok?
Seguimos aqui com o grande Ataulfo Alves e suas pastoras, em disco de 10 polegadas lançado pelo selo Sinter, em 1956. Confiram pelo texto da contracapa e também no nosso GTM…
Boas horas, amigos cultos e ocultos! Como sempre digo, toda araruta tem seu dia de mingau. E aqui no Toque Musical tem espaço para tudo, inclusive para muitas ‘ararutas’, afinal, gosto e curiosidade é oque não nos falta! E para hoje eu trago uma coletânea da Continental, com vários artistas do seu ‘cast’ do chamado ‘gênero popular’, ou como passou a ser adotado, música brega. E ao contrário de que para muitos o brega é vergonhoso, para outros é motivo de orgulho. E para nós aqui… vamos só observando… e ouvindo, pois nosso lema é ouvir música com outros olhos.
Temos nesta coletânea, que originalmente foi lançada em 1966, quatorze temas populares românticos, nos quais desfilam diversos artistas, entre os quais estão, Cláudio de Barros, Poly e Orlando Dias. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com Corisco e seus Sambaloucos, um grupo de samba, jazz e bossa surgido em São Paulo nos anos 60. Corisco é o apelido do músico, percussionista e ‘bandleader’ Waldemar Marchetti, muito atuante nesse período. Com seu grupo Sambaloucos gravou pelo menos uns três lps, sempre contando com um time de músicos de primeiríssima linha e garantido repertórios da melhor qualidade. Aqui temos o que foi o segundo lp do grupo, lançado em 1964 pelo selo Philips. Um sequencia, ainda mais animada, de um show de bossa, como podemos ver estampada na contracapa. Disco muito bom, delicioso de ouvir. Confiram no GTM…