Neste mês de julho o Toque Musical chega aos seus dezoito anos de existência e percistência. Obrigado a todos os que aqui participam e nos segue. O TM só continua porque somos hoje mais de 4 mil associados, todos, por um motivo ou outro, ligados em música e curiosidades do mundo fonográfico.
E então, o Toque Musical chega a sua maioridade, completa 18 anos. E nesta data querida o que achamos de mais apropriado foi este disquinho, um compacto duplo lançado pelo selo Continental, no início dos anos 60. Trata-se de um disco de 7 polegadas de utilidade, aqueles que se tinha em casa para serem tocados na radiola em ocasiões especiais. No caso aqui, um disquinho para aniversário. E por certo, quantos aniversários este disquinho já embalou… São quatro temas na interpretação de Nilo Sérgio e Ciro Pereira e sua orquestra.
E assim, cantamos o parabéns para o Toque Musical e sua resistência. Poucos são os sites como este que ainda sobrevivem no ritmo das transformações, onde nada dura muito tempo…
Parabéns, Toque Musical!
canção de aniversário – nilo sérgio
parabéns a você – nilo sérgio
parabéns a você – ciro pereira e sua orquestra
valsa do aniversário – ciro pereira e sua orquestra
O disco de hoje é “Momentos de Alegria”, lançado em 1963 pelo selo Chantecler. E nosso artista é Lélio e Seu Conjunto. Um músico paraense que se destacou com seu conjunto em bailes e festas na cena social e cultural de Belém, no início dos anos 60. Infelizmente não temos muitas informações sobre o grupo além do próprio texto de contracapa. Um disco raro e por certo pouco conhecido, mas representativo do cenário musical dos anos 60, considerando também que se trata de um conjunto fora do eixo Rio-São Paulo. Disco muito bom que o Toque Musical recomenda…
E eis que no sorteio, na escolha do dia, temos mais uma vez a cantora baiana Thelma, ou Telma, como no último disco dela postado aqui há pouco menos de um mês. Por certo, não fosse o talento, a escolha do repertório e a raridade do trabalho em si, não teríamos postado uma mesma artista. Mas essa sim, merece e a gente merece ouvir. Este foi o lp de estréia da cantora, cheia de bossa e com apresentação de Vinícius de Moraes. Um disco realmente bom de se ouvir 😉
E vamos de compacto, porque disco de 7 polegadas aqui também sempre tem vez. E como tem…
Temos então, o Trio Marayá, grupo surgido nos anos 50, em Natal, no Rio Grande do Norte. Fromado por Behring Leiros, Marconi Campos e Hilton Acioli, foi um conjunto que atuou nos 50 e 60. Eles se destacaram em boates, no rádio e na televisão, partiparam de festivais e fizeram turnês internacionais.
Este compacto duplo, “Balanço Zona Sul”, foi lançado em 1966 pela Chantecler. E como podemos ver pela contracapa, temos quatro temas bem bacana…
Para esta sexta-feira vamos trazendo o primeiro disco solo de Leno (da dupla Lilian e Leno) lançado em 1968 pelo selo CBS. O disco foi produzido por Renato Barros, dos “Blues Caps”, com doze faixas entre versões, composições próprias e de outros autores, inclusive destacando uma versão para “Eu não existo sem você”, de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes. Leno conta com a participação especial do conjunto Renato e Seus Blues Caps. O lp foi uma produção caprichada, tendo sido gravado totalmente em estéreo. Interessante também o desenho na contracapa mostrando um show onde Leno canta acompanhado do conjunto Renato e Seus Blues Caps. Chacrinha aparece do lado direito com a sua buzina. Na platéia vamos descobrindo o público: Roberto Carlos, Big Boy, Juca Chaves, Martinha…
Seguimos em nossa colcha de retalhos, ou variedades sortidas no mês de aniversário.
Desta vez temos Patrício Bisso e Os Bokos-Mokos na versão/adaptação disco/lp do espetáculo musical estreado em 1985, em São Paulo: “Louca Pelo Saxofone – Uma Extavaganza Musical Em Dois Lados”.
Patrício Bisso fez muito sucesso no Brasil nos anos 80. Era de origem argentina e morou por mais de uma década em São Paulo. Era figurinista, ilustrador, ator, cenógrafo, atuando em vários nichos das artes cênicas e performáticas. Uma de suas personagens de maior sucesso era a sexóloga russa Olga Del Volga. Foi, sem dúvida, um dos precurssores da cena artística LGBT
Este lp foi lançado em 1987 pela RGE. É uma mistura irreverente de ritmos. Tem rock, baião twist e o pop entrelaçados por vinhetas, dando ao disco uma sequencia linear. Participam do disco nomes como Rita Lee, Wanderléa, Tony Campello e até a Lolita Rodrigues. Este trabalho voltaria a ser editado em cd pelo selo Discobertas em 2018, um ano antes da morte do artista.
Hoje vamos com Fats Elpídio, pianista pernambucano, o qual já apresentamos aqui em outras postagens. Agora temos este lp de 12 polegadas, lançado pela RCA Victor em 1958. Trata-se de uma continuação do seu lp de 57, o volume 1. Fats ainda gravaria um terceiro volume em 1960.
O repertório deste disco inclui versões de ‘standards’, como “On the Trail” de Grofé, montagens instrumentais e sambas-canção, oferecendo uma mescla de jazz instrumental e arranjos adaptados à estética brasileira da época. Por hora vamos com este segundo volume, logo que possível traremos os outro dois.
Hoje temos este disco aqui e que por certo, poucos conhecem. Estamos falando de Maria Nazareth, cantora paraense que iniciou sua carreira no inicio dos anos 60. Fez parte do conjunto de Alberto Mota, depois gravou seu primeiro disco, um compacto, o qual nós já apresentamos aqui. Maria Nazareth também acompanhou o violonista Sebastião Tapajós e gravou com ele um lp na Argentina. Em seguida, ainda na Argentina, ela gravou este lp, lançado por lá em 1976 e ao que parece, nunca foi lançado no Brasil. Chegou a ser relançado em cd tempos depois, mas numa tiragem pequena pela Ediciones Rayuela. Este é um disco que vale a pena ouvir tanto pelo repertório cheio de classicos da mpb, como pela sonoridade e arranjos. Nazareth vem acompanhada de um ótimo conjunto de músicos argentinos. Não há referência sobre quem está tocando o violão, seria a própria cantora? Ou quem sabe o Sebastião Tapajós, por questões contratuais, não teve o nome no disco? Essa é uma dúvida e uma suposição, quem tiver a resposta, encaminha para nós.
Outra boa que sempre prezamos por aqui são discos, não necessariamente musicais, mas também para outros fins sonoros, curiosidades de todos os tipos, música para se ouvir com outros olhos 🙂
Desta vez temos um dos relançamentos feitos pela PolyGram, em 1981 para alguns dos mais expressivos discos de 10 polegadas, do memorável selo Festa. Os discos foram relançados em formato 12 polegadas, tal qual como este de 1957, “O Pequeno Príncipe”, da obra de Antoine De Saint-Exupery na interpretação de Paulo Autran e Glória Cometh. A trilha de fundo musical é de Antonio Carlos Jobim. O lp de 10 polegadas e original da época já foi postado, em outros tempos, aqui no Toque Musical. Eis aí uma segunda chance para conhecer o disco…
Neste ‘drops’ sortido do nosso mês de julho, mês de aniversário, que representa bem a diversidade fonomusical do Toque Musical, hoje vamos com música instrumental moderna. Temos aqui “Anna”, album pouco conhecido do grande baterista, compositor e arranjador Pascoal Meireles. Já apresentamos ele por aqui e agora temos este trabalho dedicado à sua filha. Um trabalho de caráter um tanto íntimo e emotivo, totalmente autoral. Pascoal vem acompanhado por um time de músicos de primeiríssima como Mauro Senise, Arthur Maia, Jacques Morelenbaum, Wagner Tiso, Victor Biglione e outros que podem ser conferidos nos créditos e nas faixas….
Na sequencia de nossas postagem, temos para hoje este excelente lp de Abel Ferreira e seu conjunto, lançado em 1959 pelo selo Copacabana. Este disco, conforme indica o título, é o númro 2, um segundo lançamento com o artista. Acopanhado por um conjunto com um time de músicos de primeiríssima, Abel Ferreira faz o “Jantar Dançante Nº2 ser dos mais apetitosos e agradáveis. O álbum reflete um repertório dançante, com estilo misto de samba, bolero, baião e músicas internacionais adaptadas. Muito bom, super recomendado 😉
Mais um sortido, buscado aleatóriamente em nossos arquivos. Desta vez temos um disco jovem, jovem dos anos 60, quando a ‘onda’ era o “iê iê iê”. Trata-se de uma coletânea ao vivo, lançada pela gravadora Odeon, em 1967, reunindo vários artistas do movimento da Jovem Guarda, uma espécie de ‘snapshot’ do cenário ‘iê‑iê‑iê’no palco daquela época. O repertório mescla músicas autorais e covers de hits internacionais, como Beatles, clássico latino-americano e sucessos da Jovem Guarda. Um lp que ainda pode ser encontrado no Mercado Livre e por um preço acessível.
Marco Antônio Vilalba, mais conhecido como Passoca é um violeiro, cantor e compositor paulista. Seu estilo musical lembra muito outros artistas como Almir Sater e Renato Teixeira. Iniciou a carreira nos anos 70, quando fez parte do grupo Flying Banana. Mas logo ao seguir uma carreira solo, tomou o rumo da viola. Gravou primeiro um compacto em 1978 e no ano seguinte lançava este lp pela RCA, “Que moda”, que é a expressão máxima dessas suas influências rurais, inclusive a faixa “Bicho de pé” é uma co-autoria com Renato Teixeira. Sem dúvida, um disco muito bom. Vale a pena conhecer…
Seguimos com nosso toque musical, hoje apresentando e já pela terceira vez, Sylvio Vianna.
Sylvio Vianna era um pianista, gaitista e vibrafonista que fez muito sucesso em casas noturnas do Rio de Janeiro. Ele fez parte do conjunto de Dick Farney e posteriormente formou seu próprio conjunto no qual fazia o que todos os músicos/artistas da época faziam, música para dançar.
Aqui temos ele e seu conjunto em mais um disco para dançar. Desta vez, “Samba do bom”, lp lançado em 1962 pela RCA Victor. Como o próprio título indica, trata-se de um seleção de clássicos da música brasileira, sambas e também, em ritmo de samba, outros dois clássicos, só que da música americana, “A little more of your amor” e “Over the rainbow”. Sylvio Vianna vem acompanhado de conjunto, coro e a voz de Dalva Barbosa em duas das faixas.
Dentro da escolha aleatória, eis que temos aqui “Barracas Barrocas”, lp de Fernando Falcão, lançado pelo selo Carmo, em 1987. Não faz muito tempo, publicamos um outro disco deste músico percussionista. Agora e mais uma vez temos outro trabalho seu. Um disco curioso com encontros inusitados. De Lelo Nazário à Alceu Valença. Um trem de doido que merece uma boa audição…
Desta vez vamos com o lp “Samba da Bahia”, trazendo três grandes nomes do samba baiano: Batatinha, Panela e Riachão. Lançado em 1973 pelo selo Fontana, este é mais um disco que merecia um relançamento, mesmo que em cd. “Samba da Bahia” é um disco que se inicia com Riachão por todo o lado A, são sete músicas/faixas. No lado B temos Batatinha e Panela.. Disco bonito de samba, o samba feito na Bahia…
“Edil Pacheco, destaca a trajetória da gravação e importância deste álbum “A experiência foi conviver com Riachão… você conviver com Riachão, Panela e Batatinha, fazer um disco num teatro sem acústica nenhuma, ou seja, com metade de barulho da rua e que teve a história do grilo também que apareceu… a gente não gravou. Mas isso tudo talvez tenha sido o magnetismo que conduziu pra que esse disco ficasse tão bonito e se encontra hoje. É um disco que parece que foi feito hoje, atualíssimo. Então é isso aí. Quem gosta de música brasileira, quem gosta do samba, não tenha dúvida que vai adorar esse trabalho “, concluiu o cantor e compositor.”
Aqui um ‘long play’ que há tempos queríamos postar… Um disco realmente dos mais raros e que curiosamente despertou o interesse de muita gente de uns tempos para cá, desde foi mostrado ao Ed Motta, que por sua vez amplificou a coisa com seu toque de Midas. O disco é uma espécie de copilação musical de uma peça de autoria do polonês Miécio Askanazy chamada “Brasiliana”, dos anos 30. Ao que se sabe, ela foi apresentada ao longo dos tempos em vários lugares pelo mundo, sempre fazendo muito sucesso. E isso se deve, certamente, ao tema que explora a música regional, de terreiro, macumbas, batuques, candoblés, sambas e maracatus. E mais ainda, à presença de uma excelente orquestra sob a direção e arranjos do maetro mineiro José Prates e vocais de Ivan de Oliveira, cantor que sabia como poucos executar pontes musicais entre o erudito e o popular. Este lp foi gravado na Europa e lançado por aqui também, mas parece não ter feito muito sucesso na época. Hoje, um exemplar, pela sua raridade, se tornou objeto de especulação no Mercado Livre e Discogs.
E pelo jeito, neste mês de sortidos, escolhidos aleatoriamente, as mulheres tem sido as mais contempladas. Cantoras, autoras e instrumentistas… E aqui, mais uma cantora, Leny Andrade. Aliás uma das nossas grandes cantoras, infelizmente falecida em 2023.
Aqui temos dela “Eu Quero Ver”, lp lançado em 1990 pelo selo Estúdio Eldorado. Neste, temos nove canções escolhidas a dedo pela cantora. Leny vem acompanhada por João Carlos Coutinho no piano, Luizão Maia no baixo e Adriano de Oliveira (Bacamarte) na bateria.
Não faz muito tempo, nós postamos aqui um disco da cantora Telma cantando com Nelson Cavaquinho. Agora, no acaso dos sortidos e sorteados, temos ela mais uma vez em disco lançado em 1982, pelo selo RCA, “Joana Flor das Alagoas”, música que dá nome ao disco é uma composição de Elomar. E como podemos ver, as demais músicas do repertório é do mesmo nível. Ou seja, um disco de primeiríssima, com produção de Fagner. Vale a pena ouvir…
Seguimos aqui trazendo, “Dracula I Love You”, lp de 1974 da cantora e compositora Tuca. Este foi seu último trabalho, um disco gravado orginalmente na França, onde ela viveu uma boa temporada. Foi na volta ao Brasil que ela lançou este lp pela Som Livre. Um trabalho que, infelizmente, poucos ainda hoje conhecem. Nunca foi relançado, nem mesmo em cd. Vale muito conhecer…
Puxando na casa do R, aleatóriamente, veio este disco do Ribamar e seu conjunto, lançado pelo selo Equipe, que acima de tudo tinha uma ótima equipe de arte, as capas despertavam interesse no disco. E aqui não é diferente, faz do disco do Ribamar algo ainda mais interessante. “Duas faces do amor” é um lp onde o pianista, acompanhado de seu conjunto nos apresenta uma seleção musical com 19 sambas românticos, onde ele mistura sucessos antigos e modernos, da época.
Então, temos desta vez a presença de Daudeth Azevedo, músico carioca, mais conhecido pela alcunha de Neco. Foi um instrumentista e arranjador. Participou de shows e gravações de centenas de discos da MPB. Era essencialmente um músico de estúdio, mas também foi integrante de grupos como Os Ipanemas, com Astor Silva; Banda Veneno, de Erlon Chaves; Os Catedráticos, de Eumir Deodato e Os Gatos, de Durval Ferreira. Gravou também quatro discos solos, sendo este o segundo, lançado em 1967 pelo selo London. Como o próprio título indica, Neco nos apresenta um repertório de sambas clássicos ao violão, acompanhado de flauta e percussão. Simplesmente uma delícia de se ouvir. Confira no GTM…
Neste mês de julho, mês de aniversário do Toque Musical, estamos escolhendo os discos de forma bem aleatória, quase no escuro. E nessa, vale de tudo, por isso não estranhem o que vem no dia seguinte. Pode ser um lp, um compacto, um cd e até mesmo uma criação nossa.
Temos nesta postagem o trombonista carioca Nelson Martins dos Santos, o Nelsinho, como ficou conhecido. Instrumentisnta exemplar, também tocava outros instrumentos de sopro, mas foi no trombone que se destacou. Fez parte do corpo de importantes orquestras desde os anos 40. Também tocou em boates, rádio e televisão. Gravou diversos discos e por certo está presente em tantas outras gravações com outros artistas. Aqui temos ele e sua orquestra já nos anos 70 e com um repetório moderno, condizente com a época, sambas de sucesso e da melhor qualidade.
Hoje nossa postagem é dedicada à cantora lírica Maria Lúcia Godoy, artista que já apresentamos aqui por outras vezes. Centenária, faleceu no dia 16 de maio deste ano, em Belo Horizonte, onde residia.
Aqui temos um disco que ela gravou, lançado pela Philips em 1979. Um álbum dos mais interessantes onde a cantora interpreta canções populares. No caso, são músicas populares brasileira e napolitana. O disco se divede entre esses dois momentos. O lado A é dedicado a canção brasileira, com arranjos e regências do maestro Gaya. O lado B são canções italianas, com arranjos e regências do maestro Francisco Mignone. Um trabalho realmente muito bonito.
E aqui temos Nema – Pássaro Livre, disco lançado em 1980 pela RCA Victor. Essa cantora é um verdadeiro mistério, não se encontra nada sobre ela . Nenhuma informação, nem mesmo algum comentário no Youtube, mas nem neste canal ela aparece com alguma dsa faixas. Realmente um mistério e de se estranhar, visto que o trabalho é muito bom, com um excelente repertório. A cantora também, não deixa nada a desejar. Muito afinada e uma voz muito agradável. Para quem não conhece, eis aqui a oportunidade…
Aqui uma coletânea da Sinter, uma das primeiras da gravadora em lps de 10 polegas. Temos nesta seleção sete artistas entre cantores e instrumentistas, todos, obviamente integrantes do cast da Sinter. As músicas escolhidas aqui fazem parte de lançamentos originais em discos de 78 rpm. Coisa muito comum para o formato lp de 10 polegadas, um formato de transição que serviu mais para atualizar e agrupar aquilo que havia sido lançado nos bolachões de 78 rpm.
somos dois – lyrio panicali e sua orquestra
noites do rio – heleninha costa
luar de paquetá – carolina cardoso de menezes e zé menezes
Há pouco tempo atrás postamos um disco deste artista, J. Rocha, até então um tanto obscuro para nós. Mas logo percebemos que havia um outro disco gravado por ele pela mesma gravadora, Rosenblit/Selo Mocambo e ao que tudo indica, o primeiro e no qual temos na contracapa um texto de apresentação do artista. José Magalhães Rocha, multinstrumentista das cordas e como bom baiano foi um pioneiro na eletrificação em seu violão, que mais fazia lembrar uma guitarra. E nessa sonoridade ele passeia neste lp, pelo baião, jazz, blues, bolero, samba… e claro, feito para dançar. 🙂
Trazemos hoje um lp do selo Caboclo/Continental, criado exclusivamente para o gênero sertanejo. Por este passaram algumas das mais expressivas duplas da autêntica música rural brasileira. Infelizmente, hoje em dia, a coisa se transformou em um arremedo financiando pelo ‘agro’. Muito pouco restou de raiz. Então, nada como termos em um só disco a autenticidade de várias duplas sertanejas numa seleção rara de 14 sucessos. Disco bem bacana que encanta pela ingenuidade e simplicidade.
Nos primeiros anos do Toque Musical chegamos a postar vários discos do grupo instrumental Os Populares lançados nos anos 60. Eis que de repente nos aparece outro, agora o de 1970.
Os Populares surgiram em 1967 no Rio de Janeiro, de uma dissidencia do The Pop’s. O guitarrista J. Cesar, por sinal um dos melhores do Brasil, resolveu criar o grupo em paralelo com os Pop’s que ainda continuavam a existir.Eles se lançaram em um compacto com músicas de Natal, hoje muito raro. O grupo se apresentou em diversos programas de rádio e TV, gravaram alguns discos e atuaram até por volta de 1978, conseguindo alguma popularidade. Seu estilo era a basicamente instrumental, bem na linha ‘conjunto de beira de piscina e bailes’. Nós aqui do Toque Musical gostamos bastante e recomendamos…